Semana de 26 de janeiro a 1 de fevereiro de 2025 III DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C
Hoje é o dia! Hoje é o dia de Orar Em Família! Sintamo-nos em família… com Jesus. Tenhamos o coração aberto para receber a Sua Palavra e disponível para a partilha. Coloquemos no meio de nós uma Bíblia, aberta em Lucas 4, e uma vela acesa.
“Hoje”, aqui e agora, comprometidos com a “Palavra” que Deus nos dirige, benzemo-nos.
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor. Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
Em nome do Pai…
À Palavra de Jesus “lancemos as nossas redes pois sabemos que Ele está ao nosso lado”; “Façamo-nos ao largo, pois só n´Ele confiamos!” E… querendo ser luz e sal, louvemos a Deus!
Eu quero ser a luz eu quero ser o Sal chamaste-me Senhor e eu respondo: Eis-me aqui
Eu quero ser a luz eu quero ser o Sal Tu deste-me a vida e eu me entrego a Ti
Este mundo anseia pela paz e a verdade Uma terra que não salga um coração que não arde
Eu quero ser a Luz que as trevas enfrentam com a força, a coragem de vencer
À Tua Palavra lançarei minhas redes sei que estás ao meu lado e eu quero arriscar por Ti
Faço-me ao largo, só em Ti eu confio e quando me sentir cansado é em Teu regaço que descansarei
Abracemos a oportunidade de escutar e acolher a Palavra de Deus, com veneração e respeito, para fazermos “encontro” com Ele! Como Jesus, queiramos ser membros de um tempo novo, um “jubileu” de alegria, de graça, de paz e de felicidade sem fim! E com o Espírito de Deus sobre nós, os ungidos de Senhor, digamos ao Pai o quanto Lhe estamos gratos pelo que Ele “Hoje” nos oferta…
Na voz de um de nós, escutemos as indicações de Deus, deixemo-nos questionar por elas e sintamos o apelo à conversão que a Palavra nos faz, em Lc 4, 14-21
Naquele tempo, Jesus voltou da Galileia, com a força do Espírito, e a sua fama propagou-se por toda a região. Ensinava nas sinagogas e era elogiado por todos. Foi então a Nazaré, onde Se tinha criado. Segundo o seu costume, entrou na sinagoga a um sábado e levantou-Se para fazer a leitura. Entregaram-Lhe o livro do profeta Isaías e, ao abrir o livro, encontrou a passagem em que estava escrito: «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres. Ele me enviou a proclamar a redenção aos cativos e a vista aos cegos, a restituir a liberdade aos oprimidos e a proclamar o ano da graça do Senhor». Depois enrolou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-Se. Estavam fixos em Jesus os olhos de toda a sinagoga. Começou então a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir».
Se contabilizássemos o tempo e as energias gastas com as preocupações do passado e as ansiedades do futuro, certamente, veríamos o enorme desperdício de vida que consumimos. O importante do passado é o que nos permite agradecer, crescer em sabedoria e ter os pés assentes no dia de hoje. As mágoas, ressentimentos, culpas, remorsos, as coisas passadas que servem de desculpa para não avançar e não perdoar, matam a vida em nós. Os medos do futuro, o “sofrer por antecipação”, o pensar que “não vai dar certo”, o querer que “todas as condições estejam reunidas”, são os maiores obstáculos à esperança.
No texto desta oração, percebemos que o nosso Deus é o Deus do hoje. Terminada a leitura, “estavam fixos em Jesus os olhos de toda a sinagoga. Começou então a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir».” A Palavra de Deus é sempre “hoje”. Começa um “hoje”. A profecia de Isaías tinha séculos, mas Jesus, pela força do Espírito Santo, atualiza-a. O profeta fala de um ungido do Senhor que traz a boa notícia da salvação e o anúncio de que Deus livrará o povo das suas aflições. São palavras de consolo, dirigidas às gentes de Judá que se afadigam em tarefas de reconstrução depois de muitas décadas de ruína e decadência, consequência da conquista do seu território pelas tropas da Babilónia.
O que Jesus acaba de ler, na sinagoga, não é uma simples lembrança dum anúncio esperançado que Deus tornou realidade no passado, é uma notícia daquilo que está a suceder na realidade no meio deles. “Hoje”, aqui e agora, está a cumprir-se esta Escritura que acabais de escutar. Jesus é o redentor anunciado, é o Profeta esperado pelas Escrituras mas isto Ele nunca o diz abertamente deixa que os que O ouvem compreendam a sua identidade a partir das suas ações: ser boa-nova para os pobres, ser libertador para os que se sentem amarrados, ser olhos para quem é cego, ser perdão para quem pecou, ser anúncio do amor gratuito de Deus, amor de que nunca se é suficientemente merecedor.
Este “hoje” de que fala Jesus não é apenas um instante sucedido há mais de vinte séculos. Jesus também fala a cada um de nós “hoje”, em pleno século XXI, porque também agora o “ungido do Senhor”, Jesus Cristo, está vivo e dirige-se a cada um de nós para sarar as nossas doenças, debilidades e pecados. O velho provérbio pagão “carpe diem” (aproveita o dia) tem algo a dizer a cada um de nós: aproveita o “hoje” em que Deus vem ao teu encontro para te sarar e de fazer feliz. Não deixemos para amanhã a decisão que o Senhor Jesus espera de nós “hoje”.
“Hoje” é para cada um de nós a hora de escutar a voz de Deus, para não endurecer o coração e de colher o cumprimento das suas promessas. “Hoje” escuta-se e obedece-se à Palavra ou rejeita-se; “hoje” decide-se o juízo pela vida e pela morte daquilo que nos acontece na vida; “hoje” é sempre a altura de dizer que “vimos maravilhas”. “Hoje” recomeço, porque a vida cristã é andar de início em início através de inícios que não têm fim. Terá havido para mim um “hoje” de Deus? Ou como tantas vezes acontece, Deus dirige-me a sua Palavra e eu não a escuto, preferindo lamentar-me pelo seu silêncio, que é mudo, que se esconde, antes de reconhecer que eu, “hoje”, estou surdo e com o coração endurecido? O Senhor tenha “hoje” misericórdia de mim.
A Palavra é um anúncio feliz e renovador que traz alegria e desperta a esperança; é uma realidade “tocante” e um anúncio verdadeiramente transformador e libertador, capaz de iluminar a vida daqueles que a escutam! Interessados em aproximarmo-nos, “Hoje” de Jesus, reflitamos.
Terá havido para mim um “hoje” de Deus? Quando? Como foi? Como poderá ser?
Escuto a Palavra de Deus? O que me diz?
Como poderei ter “hoje” Jesus na minha vida?
Que diferenças sinto nos vários “inícios” (hoje) da minha vida?
O que vou fazer neste “hoje” da minha vida? Com compromisso…
Jesus nunca ficou indiferente diante das lágrimas, das angústias, dos sofrimentos de qualquer homem ou mulher. Os evangelhos dizem-nos que Ele se “comovia profundamente” e tomava posição no sentido de devolver a vida e a esperança a todos os sofredores. É com esta certeza em mente e com uma fé ardente que depositamos aos pés de Deus, os nossos pedidos.
Reconhecendo que a Palavra de Jesus ainda é, “Hoje”, viva e eficaz, capaz de penetrar nos nossos corações e moldar-nos, rezemos.
Pai, quero ser verdadeiramente transformado pela Tua Palavra… Desejo buscar mais a Tua Palavra e a Tua presença, em busca da Tua sabedoria e orientação em todas as áreas da minha vida. A Tua Palavra é uma lâmpada para os meus pés e uma luz para o meu caminho, guiando-me nos caminhos da justiça e da verdade, e tornando-me irreconhecível. Entrego-me completamente à Tua vontade, para que assim aconteça.
Querendo vivenciar, “Hoje”, e em cada “hoje” das nossas vidas, a escuta atenta da “Palavra” de Deus, deixando-nos transformar por ela, benzemo-nos