Semana de 1 a 7 de dezembro de 2024 I DOMINGO DO ADVENTO – Ano C
Orar em família é um desafio, na disponibilidade, na motivação, na partilha e, principalmente, na empatia. Vamos preparar este momento de forma a que todos possam participar: agregado familiar, família alargada, amigos, vizinhos; quem quisermos e pudermos juntar. Claro que devemos ter em conta as particularidades, gostos, dificuldades e formas de estar de cada um. Tentemos agradar a todos, a cada um, proporcionando um momento especial de encontro com Jesus e uns com os outros.
Preparando-nos para a vinda do Senhor, fiéis e vigilantes, escutando a Deus e aos Seus apelos, benzemo-nos
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor. Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
Em nome do Pai…
Com a certeza que és a minha vida e o meu caminho, Te louvo, Senhor
A vinda do Messias é um tempo de renovação, de compromisso,de transformação e de verdadeiro encontro com Deus… Deve ser aguardada com alegria, com esperança, com sentimento de genuína gratidão e aceitação dos desafios do Pai. Procuremos tornar-nos íntimos de Deus e aprofundar a nossa comunhão com Ele e ofereçamos-Lhe a nossa sentida oração de agradecimento por tanto que d´Ele recebemos.
Busquemos o encontro vital e a comunhão com Deus, escutando na voz de um de nós, o texto de 1Tes 3, 12–4, 2
Irmãos: O Senhor vos faça crescer e abundar na caridade uns para com os outros e para com todos, tal como nós a temos tido para convosco.
O Senhor confirme os vossos corações numa santidade irrepreensível, diante de Deus, nosso Pai, no dia da vinda de Jesus, nosso Senhor, com todos os santos.
Finalmente, irmãos, eis o que vos pedimos e recomendamos no Senhor Jesus: recebestes de nós instruções sobre o modo como deveis proceder para agradar a Deus, e assim estais procedendo; mas deveis progredir ainda mais.
Conheceis bem as normas que vos demos da parte do Senhor Jesus.
Deixemos amadurecer no nosso coração um amor ardente por Deus, tentando perceber a Palavra que escutámos.
Agradar O ato de querer agradar aos outros é algo natural e espontâneo e tem na sua base receber um momento de felicidade, de partilha e de satisfação entre as pessoas. Há situações em que temos de agradar aos outros para que a relação funcione melhor, mas isso não quer dizer que façamos tudo, muito menos que esperemos que o outro o faça. Tem de existir um equilíbrio entre o dar e o receber, procurando sempre o bem-estar e o prazer para ambas as partes. Todas as pessoas vivem para agradar a alguém e algumas vivem para agradar a si mesmas.
Agradar a Deus Neste texto, São Paulo diz aos cristãos de Tessalónica: “recebestes de nós instruções sobre o modo como deveis proceder para agradar a Deus, e assim estais procedendo”. Agradar a Deus deve ser o nosso principal objetivo de vida. A vida de Jesus é um contínuo viver para agradar ao Pai, fazer a sua vontade, como nós rezamos no Pai Nosso.
Agradar a Deus significa muito mais do que fazer a sua vontade, é muito mais que obedecer. É possível obedecer a Deus e não Lhe agradar. Na parábola do filho pródigo, o irmão mais velho obedecia em tudo ao seu pai, mas não se agradava nele, não se deleitava na comunhão com o pai, vivia como escravo na casa do pai. Agradava, mas não com todo o coração, com todas as forças e entendimento. O profeta Jonas é outro exemplo disto. Ele obedeceu às ordens de ir pregar a Nínive, mas não o fez de coração. O seu coração não estava naquele projeto. Jonas foi, mas foi contrariado, zangado com Deus. O meu processo de santificação passa por agradar a Deus, fazer a sua vontade, obedecer aos seus mandamentos, cumprir o Evangelho com todo o coração e não porque é uma imposição e faço-o contrariado só para mostrar que obedeço, mas não o faço com alegria e prazer.
Progredir no agradar a Deus Não chega agradar é preciso progredir nesse agradar. A caminhada cristã nunca é um processo acabado, mas uma construção permanente que recomeça em cada instante da vida. Como cristãos, não podemos ter um sentimento de estagnação espiritual na nossa vida. O sentimento próprio do cristão é o progresso que deve ir até ao dia da nossa morte. Muitos cristãos não querem caminhar, fazer progresso espiritual, aprofundar a fé. Não querem ler a Palavra de Deus, não querem rezar, ir à Missa, catequese… e ficam raquíticos espirituais. Se queremos progredir em tantas coisas na nossa vida e ainda bem porque descoramos o crescimento e progresso espiritual?
São Paulo reconhece que os cristãos de Tessalónica estão a caminhar na fé, no “agradar a Deus”, “mas devem progredir ainda mais”. O crescimento é muito importante na nossa vida cristã e é o remédio contra a acomodação. O caminho do cristão não é uma perfeição alcançada e acabada, mas uma contínua conversão à santidade. O importante é nunca ficarmos satisfeitos com o que somos, mas cada dia devemos procurar progredir no que foi bom e eliminar o que foi errado. Penso que precisamos sempre de crescer mais nas nossas relações familiares, na escola, no trabalho, na dedicação à Igreja, no amor a Deus e à Sua Palavras, na dedicação ao próximo. Progredir ainda mais em tudo isto é progredir no “agradar a Deus”.
Peregrinamos num caminho sempre a fazer-se, que implica compromisso, esforço e fidelidade a cada passo; um caminho de conversão constante, nunca terminada. Dispostos a renovarmos a nossa vida, a redirecionar os nossos passos e a questionarmos as opções que temos vindo a fazer, para nos comprometermos mais e mais em progredir e agradar a Deus, reflitamos.
O que fiz para agradar aos outros neste momento de oração?
Costumo pensar no outro, em como ele sente e moldo-me, de forma empática, para o agradar?
Deus estará agradado comigo, com as minhas ações, com a minha maneira de ser?
Sou consciente das minhas limitações, dos pontos onde posso melhorar e faço algum esforço para o concretizar?
Deus proporciona-nos o encontro cara a cara com o Seu coração misericordioso e paternal, através de Jesus, que vem ter connosco, que “veste” a nossa humanidade e se torna um de nós… Acolhidos e confortados por Deus, que permanece fiel às Suas promessas e jamais abandona os Seus filhos, dirijamos-Lhe os nossos pedidos.
Disponíveis para acolher, escutar e aceitar as indicações do enviado do Pai, rezemos
Senhor, queremos falar contigo de coração aberto! Queremos obedecer-te em todos os momentos e agradar-te em tudo o que fazemos! Queremos viver de acordo com a Tua vontade, para glorificar e honrar o Teu nome, e que todas as nossas ações sejam um reflexo do Teu amor! Abençoa-nos, protege-nos, e cuida de nós, da nossa família e de todos aqueles que amamos, ajudando-nos a dar o nosso melhor às pessoas que nos rodeiam. Amen.
Com vontade de progredir na nossa história de amor com Deus, agradando-O, benzemo-nos.