Semana de 25 a 31 de agosto de 2024 XXI DOMINGO DO TEMPO COMUM – Ano B
Que faremos se não orarmos? Todos os momentos de oração, solitários, em grupo, em família, comunitários, planeados ou inesperados podem ser momentos de intensa intimidade, emoção, maravilhamento e descoberta. Provavelmente, aproveitaremos mais se prepararmos o espaço, as condições e até a expetativa dos participantes. Tenhamos também uma Bíblia aberta em Josué 24 e uma vela a iluminar o nosso compromisso.
Disponíveis para seguir Jesus no caminho do amor e do dom da vida, benzemo-nos
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor. Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
Em nome do Pai…
O amor de Deus ensina-nos a viver, a dar e a receber, quando escutamos a Sua voz no nosso caminho. Louvemo-Lo
Senhor eu peço o Teu amor por nós, é tão mais fácil conviver. Com atenção ouvimos Tua voz para podermos aprender.
Oh, Senhor dá-nos Tua graça e luz para podermos caminhar e carregando esta nossa cruz fica mais facil suportar.
Senhor, ensina-me a viver a dar e receber de Ti o que eu mereço é tudo o que eu Te peço para continuar a poder caminhar para a frente
(Oh, Senhor) Dá-me a Tua mão, que eu nunca diga não. Tu és a minha luz, és Tu quem me conduz até à eternidade com toda a liberdade para sempre… Oh, Senhor!
Como cristãos, aceitamos, por livre escolha, o compromisso com o nosso Deus de bondade e de amor, com a convicção de que “servir o Senhor” é o caminho para sermos felizes.
Ofereçamos, com fé, o nosso testemunho firme e coerente, e ergamos a nossa voz a Deus, numa oração de profunda gratidão pelo que d´Ele recebemos.
Na voz de um de nós, escutemos atentamente a provocação que Josué coloca ao povo: Jos 24, 1-2a.15-17.18b
Naqueles dias, Josué reuniu todas as tribos de Israel em Siquém. Convocou os anciãos de Israel, os chefes, os juízes e os magistrados, que se apresentaram diante de Deus. Josué disse então a todo o povo: «Se não vos agrada servir o Senhor, escolhei hoje a quem quereis servir: se os deuses que os vossos pais serviram no outro lado do rio, se os deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha família serviremos o Senhor». Mas o povo respondeu: «Longe de nós abandonar o Senhor para servir outros deuses; porque o Senhor é o nosso Deus, que nos fez sair, a nós e a nossos pais, da terra do Egipto, da casa da escravidão. Foi Ele que, diante dos nossos olhos, realizou tão grandes prodígios e nos protegeu durante o caminho que percorremos entre os povos por onde passámos. Também nós queremos servir o Senhor, porque Ele é o nosso Deus».
Deixemos que a mensagem deste texto, encontre eco no nosso coração e nos renove
O povo concluiu a travessia do deserto depois de Deus ter operado a libertação no Egipto. Duas gerações passaram e nenhum dos que testemunharam os grandes feitos do Senhor na libertação do povo, tirando Josué e Caleb, estava vivo. A nova geração vivia num misto de esquecimento de Deus e de expetativa quanto ao que o futuro lhes reservava. Além disto, com a instalação na nova terra, o povo deixou-se contaminar pelos povos dessa terra que adoravam outros deuses, como o baal, deus da fertilidade. Não seria preferível este deus? O que queremos não é que as nossas culturas e gado cresçam e se reproduzam? Para quê uma aliança com um deus que só nos complica com mandamentos?
É nesta divisão que surge a Assembleia e o Pacto de Siquém. Josué, movido pelo zelo do Senhor, convoca uma assembleia e desafia o povo a uma tomada de posição: agora, que Deus quereis servir? O que te libertou ou o baal? O povo tomou a decisão de seguir o Deus Iavé, dizendo: “Longe de nós abandonar o Senhor para servir outros deuses.” O que não se pode é fazer as coisas a meias. Não se pode “pôr a mão ao arado e olhar para trás”, não se pode “servir a Deus e ao dinheiro”, não se pode dizer que se é cristão e viver-se como pagão. É preciso optar, é preciso tomar uma decisão séria e coerente. Como no tempo de Josué, também devemos escolher, decidir e a decisão deve ser hoje, como diz o texto, não deve ser adiada. Para que esta decisão possa produzir efeito em mim, a escolha deve ser:
Pessoal e livre Se a maioria das decisões da nossa vida tem um caráter pessoal, por que tantas vezes são inconsequentes e não são colocadas em prática? Muitas decisões podem ser baseadas na emoção do momento e, passado o momento, a decisão já não compromete; outras decisões são baseadas na vontade que é uma faculdade fortíssima mas, quando a vontade passa, não dá em nada; outras decisões são baseadas na opinião dos outros e, como a pessoa foi influenciada, quando chega a hora do “vamos a ver”, não se faz nada; outras decisões ficam adiadas porque a pessoa não sabe o que quer e agora escolhe isto e depois aquilo o que leva a não concretizar nada. Na realidade, só quando eu for capaz de dizer e assumir que quero verdadeiramente seguir Jesus e o fizer de forma consciente é que algo pode mudar. Serei sempre eu a decidir não o pai, a mãe, a esposa, o namorado, o amigo e até Deus. Deus pode dar uma dica através da Sua Palavra mas sou eu que tenho de decidir de forma livre, como Josué fez com o povo, se quero ou não seguir Jesus.
Comprometedora Uma boa decisão requer compromisso. A resposta “também nós queremos servir o Senhor, porque Ele é o nosso Deus” mostra como o compromisso de Josué inspirou a nação a reafirmar a sua fé e compromisso com Deus. Este compromisso é uma lição atemporal para todos nós. Ele lembra-nos da importância de escolher servir o Senhor num mundo repleto de opções e distrações. Embora enfrentemos desafios e tentações, como o povo de Israel, a promessa de Deus estar connosco e a Sua paciência connosco permanecem inabaláveis. Toda a decisão tem um preço a pagar por menor que seja e este preço tem a ver com o grau de compromisso. Como Josué, assumamos o compromisso de “servir o Senhor” e que isso molde o nosso presente e o nosso futuro, alinhando-nos com o propósito de Deus e a Sua vontade para a nossa vida.
Alinhados com o propósito de servir Deus, cativados, rendidos e comprometidos ao Amor que não procura ser servido, mas servir e dar vida; que não é competição, mas comunidade de partilha e de serviço; que não é arrogante, nem orgulhoso, nem injusto, nem prepotente; que compreende os erros e as falhas do outro, e que tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta, reflitamos:
Com toda a sinceridade, já coloquei a hipótese de servir a Deus?Como? De que forma?
Serei um cristão pagão? Valorizo a minha espiritualidade e encaro a religião duma forma séria e coerente na minha vida?
Como quero viver o resto da minha vida?
Qual o nível de compromisso com o Senhor que acho satisfatório?
Como caminhar para o compromisso com Deus crescer e ser cada vez maior e mais pleno?
O projeto que Jesus nos propõe de uma vida feita dom, concretizada em gestos de serviço, de partilha, de generosidade, de amor até ao extremo; é um projeto que, muitas vezes, implica suplantarmo-nos, andar contra a corrente e enfrentar a incompreensão. Decididos a deixar-nos conduzir por Jesus, no caminho da coerência e verdade dos Seus valores, coloquemos sob o seu olhar bondoso e de misericórdia, os nossos pedidos.
Anunciadores do amor de Deus que gera vida plena, rezemos
Senhor Jesus, queremos hoje renovar nosso compromisso de Te amar e Te servir. Queremos permanecer sempre unidos e servir-Te com dedicação, carinho, zelo e alegria. Ajuda-nos a perseverarmos com coragem; conduz-nos tomando-nos pela mão, fortalece-nos nas dificuldades e orienta-nos nos tempos difíceis. Confiamo-nos a Ti. Amém.
Eis-nos aqui, Senhor! Que a Tua palavra seja o nosso guia! Abençoa-nos…