Semana de 19 a 25 de junho de 2022 XII Domingo Comum – Ano C
Aceitemos o desafio de fortalecer o vínculo de fé e de amor no seio da nossa família. Preparemos um lugar isolado dos estímulos da agitação do mundo para acalmarmos os nossos corações.Tenhamos a Bíblia aberta em Lc 9, 18-24 e uma vela. Quando sentirmos que estamos concentrados, iniciamos a oração, acendendo a vela.
Dispostos a seguir Jesus num caminho de entrega, de doação e de amor total, benzemo-nos
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor. Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
Em nome do Pai…
Revestidos de Cristo, sem medo ou dúvidas, louvemo-Lo
Toma a tua Cruz e segue-Me Vive sem medo de te dares Toma a tua cruz e segue-Me Já que tens tanto p’ra dar
Cristo que te chama nunca te deixa só Está contigo antes que chegues a pensar que duvides, não duvides de ti É na tua cruz que Ele está
Se Cristo te chama, Ele sabe porquê Pois sabe o que fez e o que criou em ti Pára para veres tudo aquilo que és É no teu amor que Ele está
Transformados e purificados pelo Espírito Santo, numa atitude de confiança e de abertura a Jesus, contemplemos as maravilhas e as bênçãos que o Pai nos concede. Com convicção, digamos em voz alta, o tanto que Lhe queremos agradecer.
Convidados a seguir Jesus e a fazer da nossa vida um dom, escutemos na voz de um de nós, as palavras que Jesus dirige aos Seus discípulos em Lc 9, 18-24
Um dia, Jesus orava sozinho, estando com Ele apenas os discípulos. Então perguntou-lhes: «Quem dizem as multidões que Eu sou?» Eles responderam: «Uns, João Baptista; outros, que és Elias; e outros, que és um dos antigos profetas que ressuscitou». Disse-lhes Jesus: «E vós, quem dizeis que Eu sou?» Pedro tomou a palavra e respondeu: «És o Messias de Deus». Ele, porém, proibiu-lhes severamente de o dizerem fosse a quem fosse e acrescentou: «O Filho do homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas; tem de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia». Depois, dirigindo-Se a todos, disse: «Se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias e siga-Me. Pois quem quiser salvar a sua vida, há-de perdê-la; mas quem perder a sua vida por minha causa, salvá-la-á».
Meditemos na Palavra que escutámos que, à imagem de Jesus, nos ensina o caminho para uma existência vivida na simplicidade, no serviço humilde e na generosidade
Este texto do Evangelho apresenta duas maneiras diferentes de conhecer Jesus.
A primeira forma é um conhecimento externo, marcado pela opinião corrente. Diante a pergunta de Jesus: “Quem dizem as multidões que Eu sou?”, os discípulos relatam a Jesus aquilo que eles ouviam no meio da multidão. Podemos observar que ninguém pensava mal de Jesus, pelo contrário, as pessoas comparavam-n’O a verdadeiros homens de Deus, a servos que foram usados pelo Senhor, de modo que nenhuma resposta feria Jesus, pois ser comparado com profetas de Israel era algo formidável. No entanto, nenhuma das respostas era verdadeira, todos estavam enganados naquilo que pensavam acerca de Jesus e ninguém tinha percebido quem Ele realmente era. Esta mesma pergunta, dirigida aos homens de hoje, encontraria um leque de respostas ainda mais amplo. Praticamente todos os habitantes da terra, independente da religião, têm uma palavra a dizer sobre Jesus. É um conhecimento proveniente de ouvir dizer, de estudo, curiosidade e pesquisa. Neste caso, a compreensão de quem é Jesus é fruto dum esforço pessoal, um conhecimento que não gera necessariamente fé e seguimento.
A segunda maneira de responder requer uma posição pessoal, pois a pergunta é direta: “E vós, quem dizeis que Eu sou?” Jesus não pergunta aos seus discípulos sobre o que pensam a respeito do Sermão da Montanha ou sobre a sua atuação curativa junto dos doentes. Para seguir Jesus, o decisivo é a adesão à sua Pessoa e por isso Jesus propõe uma pergunta fundamental, uma pergunta que explicite as reais motivações que levam os discípulos a segui-l’O. A pergunta de Jesus não tinha como propósito obter como resposta uma fórmula doutrinal, muito menos dogmática, mas pedia aos discípulos para manifestar a sua relação com Ele, o seu envolvimento com a Sua vida, a confiança que punham no seu Rabi. A pergunta não é simples curiosidade e inquietação mas é desafiadora e dirige-se a todos. Cada um tem de dar uma resposta que exige uma tomada de posição, um ato de fé.
“Quem é Jesus para mim?” É uma pergunta que devemos nos fazer e refazer ao longo dos dias. Não o quanto sabemos d’Ele, nem que doutrinas ou teorias sobre Ele seguimos, nem qual é a nossa teologia sobre Ele. Para Jesus interessa-lhe mais o significado, o sentido de Sua Vida em nossas vidas. A fé implica ideias e doutrinas mas a fé não é crer em doutrinas, é crer em Alguém e crer em Alguém que seja o centro das nossas vidas, em Alguém que inspira as nossas vidas, em Alguém que dê sentido ao que fazemos e como fazemos. Começamos a ser cristãos quando nos deixamos impactar pela Pessoa de Jesus e decidimos seguir os seus passos e viver como Ele viveu. Podemos saber muita teologia sobre Jesus e ter uma vivência d’Ele muito pobre.
A minha resposta diante da pergunta de Jesus sobre a sua identidade não pode ser a resposta da opinião corrente. A cada cristão Jesus pergunta diretamente: “E tu, quem dizes que eu sou?” A fé em Jesus cresce e consolida-se, aprofunda-se e amadurece na medida em que cresce a intimidade com Ele. Uma relação que exige uma renovação constante conforme vai avançando no seguimento. Para aprofundar a fé em Jesus, é preciso perguntar-me constantemente por ela: que significado tem na minha vida? Que implicações tem no meu quotidiano o modo de ser e de viver de Jesus?
Com Jesus no centro da nossa existência, cuja vida circula em nós e nos transforma, tentemos perceber a vontade de Deus e encontrar o caminho do amor e do dom da vida Reflitamos juntos, para sermos capazes de tomar – como Ele – a cruz do amor e da entrega e derrubarmos os muros do egoísmo e do orgulho em nossas vidas.
Quem digo eu que é Jesus?
Quando a ocasião se apresenta (no trabalho, nas relações sociais, …), ouso anunciar claramente quem sou ou tenho receio de dizer que sou de Cristo?
Como posso consolidar a minha fé em Jesus?
Qual o impacto que tem na minha vida a fé em Jesus Cristo? Faz alguma diferença?
O meu conhecimento de Jesus é fruto do que os outros dizem e ouvi dizer ou devido à minha relação pessoal com o Mestre?
Com a inquebrantável confiança de que Jesus permanece ao nosso lado, escutando-nos e fortalecendo-nos, digamos-Lhe em voz alta, os pedidos que Lhe queremos fazer.
Procuremos perceber a vontade de Deus e encontrar o caminho do amor, rezando, com fé, a exemplo de Jesus
Cristo Jesus, o Messias de Deus, que por amor Te entregaste na cruz e nos concedeste o Espírito Santo que sustenta a nossa fé, permite que, no meio das dúvidas que tantas vezes nos assaltam, possamos pegar a nossa cruz e seguir-Te para recebermos a vida nova.
Com a nossa fé sustentada em Jesus, o Messias de Deus, benzemo-nos