Semana de 11 a 17 de julho de 2021 XV Domingo Tempo Comum – Ano B
Escolhemos um local calmo, preparamos a Bíblia em Mc 6, 7-13 e, sabendo que podemos ser extensão de Deus, deixamo-nos contagiar pela nossa oração.
Convocados a ser a voz de Deus e querendo cumprir a missão que Ele nos confiou, benzemo-nos
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor.
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
Em nome do Pai…
No meio das solicitações do mundo e das exigências da nossa vida profissional, social e familiar, encontremos tempo para louvar a Deus
Reconhecidos pelo chamamento de Jesus para embarcarmos na aventura de anunciar o “Reino” expressemos a nossa alegria e gratidão pela Sua proteção, pelo Seu amor, pelos dons que d`Ele recebemos e pelas coisas belas que resplandecem o Seu amor
Ora hoje és tu! (Quem ler isto, indica quem vai ler o texto bíblico)
Naquele tempo, Jesus chamou os doze Apóstolos e começou a enviá-los dois a dois. Deu-lhes poder sobre os espíritos impuros e ordenou-lhes que nada levassem para o caminho, a não ser o bastão: nem pão, nem alforge, nem dinheiro; que fossem calçados com sandálias, e não levassem duas túnicas. Disse-lhes também: «Quando entrardes em alguma casa, ficai nela até partirdes dali. E se não fordes recebidos em alguma localidade, se os habitantes não vos ouvirem, ao sair de lá, sacudi o pó dos vossos pés como testemunho contra eles». Os Apóstolos partiram e pregaram o arrependimento, expulsaram muitos demónios, ungiram com óleo muitos doentes e curaram-nos.
Para os doze houve um tempo de ver e ouvir e se deleitar em receber a graça de Deus. O tempo de comunicar essa graça recebida a outros chegou. Jesus quer ampliar a sua missão e por isso “chamou os doze Apóstolos e começou a enviá-los dois a dois”. Jesus enviou-os como Sua extensão, como também nos envia a nós. O que devemos observar para ser extensão da obra de Jesus?
Primeiro: Ter a pessoa de Jesus como referência. A narração salienta uma série de verbos que têm Jesus como sujeito – “chamou”, “enviou-os”, “deu-lhes poder”, “ordenou-lhes”, “disse-lhes” – de modo que o ir e o agir dos Doze aparecem como o irradiar dum centro, como uma extensão da presença e da obra de Jesus. Isto manifesta que os Apóstolos não têm nada de seu para anunciar, nem capacidades próprias para demonstrar, mas falam e agem porque foram enviados, enquanto mensageiros de Jesus. Os Doze são testemunhas daquele que os enviou e é de Jesus que têm que falar. Para que o testemunho seja válido, requer-se a presença de duas ou três pessoas (Dt 19, 15). Neste caso, as testemunhas estão vinculadas a Jesus. O vínculo sai reforçado neste “dois a dois” se tivermos em conta a palavra de Jesus: “onde estão dois ou três reunidos em meu nome, ali estou Eu no meio deles” (Mt 18, 20). Não somos extensão da obra de Jesus sozinhos, não vivemos a vida cristã sozinhos, mas em comunidade. Não somos testemunhas isoladas, separadas umas das outras, mas membros de uma comunidade como parte do Corpo do Senhor Jesus.
Segundo: Receber autoridade e indicações de Jesus. Os apóstolos em si mesmos não possuíam nenhuma qualificação espiritual para ter êxito na missão por isso Jesus dá-lhes “autoridade sobre os espíritos impuros”. Esta autoridade é delegada pelo próprio Jesus para os doze exercerem a sua missão como embaixadores do Reino. Somente capacitados por Jesus é que os apóstolos podem ser enviados para agirem eficazmente e terem sucesso no anúncio do Evangelho. Além de conferir aos seus apóstolos a autoridade, Jesus dá-lhes algumas recomendações das quais depende o êxito da missão. A austeridade e simplicidade de vida é exigência indispensável para ser extensão da obra de Jesus. O discípulo não deve ter outra preocupação além do anúncio da Boa Nova por isso deve deixar de lado tudo o que possa distraí-lo e torná-lo sobrecarregado. O êxito da missão depende mais da liberdade interior, da força interior, da disposição para a missão mais do que bons meios que por vezes só atrapalham e tornam o missionário dependente.
Terceiro: Fazer o mesmo que Jesus. Em nome de Jesus, os apóstolos partiram, pregaram o evangelho, curaram doentes e libertaram as pessoas dos espíritos impuros. Estes são todas as forças do mal presentes no mundo que geram violência, injustiça, exclusão, morte e preconceito. O espírito impuro é tudo o que impede o ser humano de ter uma relação saudável com Deus, com o próximo e consigo mesmo. Jesus dá poder, dá-nos força, não sobre as pessoas, mas para combater tudo o que escraviza e priva o ser humano da sua liberdade e dignidade plena.
Isto é consistente com a prática do Senhor. Temos a mesma missão. Tudo o que fazemos precisa de refletir o caráter, os ensinamentos e as realizações do Mestre. Só assim seremos sua extensão.
Animados a ser uma extensão da obra de Jesus, vamos pôr-nos a caminho para sermos peregrinos, aceitemos a hospitalidade para nos apresentarmos como pobres, não façamos juízos para respeitar a liberdade do outro e reflitamos:
Jesus chama e envia-me a ser extensão da sua obra. Como estou ou não a corrresponder?
Sou voz e testemunha da obra de Jesus, contagiando os meus familiares e amigos?
Os meus interesses pessoais, disponibilidade e vontade são obstáculo a ser extensão da obra de Jesus?
Na minha vivência individual, em que posso ser extensão da obra de Jesus na minha comunidade?
Coloquemos as nossas mãos em prece e supliquemos a misericórdia do Pai para que nos ajude a sermos disponíveis para acolher e ajudar o outro com gestos concretos de fraternidade e para que escute os pedidos que Lhe queremos fazer
Com disponibilidade para nos lançarmos na aventura do anúncio do Reino, rezemos confiantes
Senhor Jesus que em nós confias e nos convidas a sermos Teus discípulos e testemunhas, mantém-nos vigilantes, com sobriedade e desapego aos bens e seguranças humanas, para estarmos presentes em qualquer lugar onde houver um irmão vítima da escravidão e da injustiça.
Abençoa Senhor a nossa missão para vivermos em pleno a Tua Palavra
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo
Ninguém tem dúvida que “as palavras leva-as o vento”. O testemunho é que fica, contagia e atrai. Se tivermos um bocadinho de tempo e curiosidade, podemos dar uma espreitadela no Vatican News e ler sobre isto e umas coisas mais.