Semana de 13 a 19 de abril de 2025 DOMINGO DE RAMOS NA PAIXÃO DO SENHOR – ANO C
Preparemos um ambiente calmo, silencioso, acolhedor e coloquemo-nos em círculo para nos enriquecermos com a presença uns dos outros… Ao centro, colocamos a Bíblia, um crucifixo, o ramo que benzemos na missa (se tivermos) e acendemos uma vela… Podemos começar quando todos nos sentirmos preparados.
Entregues nas mãos do Pai, benzemo-nos.
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor. Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
Em nome do Pai…
Louvemos ao Senhor, cuja Palavra sopra vida em nós!
Só Tu és digno de receber adoração A Ti elevo o meu louvor, minha canção Pois não há como o Senhor Quem se compara ao Senhor?
Deus absoluto, inabalável és A tua palavra sopra vida em nós Sabemos quem és
Espero em Ti Quão suficiente és pra mim Toda riqueza que possuir Não tem valor perto de Ti Pois não há como, Senhor Quem se compara ao Senhor?
Deus absoluto, inabalável és E a tua palavra sopra vida em nós Sabemos quem és Quem se compara ao Senhor? Quem se compara ao Senhor? Só Ele é digno de louvor E não tem igual Cantamos à Majestade, Pois não há outra verdade Ele é digno de louvor E não tem rival Tu não tens rival
Ousamos trilhar um caminho de entrega e de confiança plena no amor do Pai; sabemos que podemos descansar n´Ele, e que está sempre presente e pronto a acolher o nosso espírito, em Suas mãos. Deixemos que o nosso coração transborde no Seu abraço e façamos-Lhe a nossa sentida oração de agradecimento.
Voltemos o nosso coração e atenção para a palavra de Deus, no texto de Lc 23, 44-49, que um de nós pode ler em voz alta
Era já quase meio-dia, quando as trevas cobriram toda a terra, até às três horas da tarde, porque o sol se tinha eclipsado. O véu do templo rasgou-se ao meio. E Jesus exclamou com voz forte: «Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito». Dito isto, expirou. Vendo o que sucedera, o centurião deu glória a Deus, dizendo: «Realmente este homem era justo». E toda a multidão que tinha assistido àquele espetáculo, ao ver o que se passava, regressava batendo no peito. Todos os conhecidos de Jesus, bem como as mulheres que O acompanhavam desde a Galileia, mantinham-se à distância, observando estas coisas.
Meditemos sobre estes ensinamentos que nos guiam para uma vida de amor, paz e justiça.
Neste domingo de Ramos na Paixão do Senhor, esta reflexão é feita sobre uma das frases ditas por Jesus na cruz: “Pai, nas tuas mãos, entrego o meu espírito” que é uma citação do Salmo 31, 5.
Pai A vida de Jesus foi centrada no Pai. Ele próprio afirmou isso, dizendo: “o meu alimento é fazer do Meu Pai” (Jo 4, 34). Não é de admirar que, na cruz, Jesus se dirija duas vezes ao Pai. Jesus viveu para o Pai, para cumprir a Sua vontade. Fazer a vontade do Pai é saber ser filho dependente e obediente. Isto exige viver desprendimento dos meus interesses e vontades.
Pai, nas tuas mãos O poder das mãos. Por diversas vezes, Jesus disse que ia ser entregue nas mãos dos homens. No Getsémani, aos discípulos cansados de sono, Jesus diz: “Pois bem, chegou a hora. Eis que o Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores.” (Mc 14, 41). Pedro, no discurso do Pentecostes, diz que Jesus foi cravado “na cruz pela mão de gente perversa.” (Act 2, 23). Foram mãos perversas que formaram a coroa de espinhos e a colocaram na cabeça de Jesus, foram mãos perversas que O esbofetearam, chicotearam e cravaram com pregos na cruz. Chegou o momento em que as mãos dos homens não podiam fazer mais nada e as mãos de Deus detiveram o derradeiro poder de decisão. Jesus entregou-Se, voluntariamente, nas mãos de pecadores e entregou-Se nas mãos do Pai. Cercado pelos que O odiavam, sabendo que os discípulos tinham desertado, vendo que ninguém se importava com a sua injustiça, Ele podia contar com o Pai. Mesmo quando estamos nas mãos dos homens perversos podemos estar nas mãos de Deus. No meio de doenças, acidentes, dores, sofrimentos, separações, lutos, maldades, injustiças, solidão, isolamento… podemos estar nas mãos protetoras de Deus. O segredo é estar nas mãos do Pai, é estar no mais seguro e aconchegante lugar do universo. Quanta segurança há nas mãos do Pai e quem poderá retirar-nos dessas mãos se lá quisermos estar? Em que mãos coloco as minhas seguranças? Se as coloco nas “riquezas” deste mundo, será muito difícil querer a segurança das mãos do Pai porque “não podemos servir a dois senhores”, não podemos estar com o coração dividido. Como Jesus, olhemos para as mãos do Pai, elas são firmes.
“Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” Era um grito de confiança absoluta. Diante das portas da morte, era uma vida que descansava sob a providência do Pai. A confiança de Jesus contrasta com a ausente confiança de Pilatos, da multidão, dos chefes religiosos e dos discípulos. Estes confiaram em si, nas suas vontades, interesses, desígnios e ódios. Só Cristo estava confiante no Pai. Jesus não nos ensinou somente como viver mas também nos ensinou como morrer. Ele estava preparado para morrer. Mesmo cercado pelas circunstâncias mais adversas, Ele morre em paz. Na cruz, as trevas estavam dissipadas, o sofrimento acabado, e Jesus podia, finalmente, entregar-se nas mãos do Pai, para cuja presença agradável retomaria. Só nas mãos do Pai encontramos o verdadeiro refúgio, a verdadeira segurança que os “tesouros deste mundo” não conseguem. Jesus aconselha-nos as mãos do Pai, aconselha-nos a entregar nas mãos do Pai o nosso destino, como diz o Salmo 31.
De olhos postos em Jesus, constatamos que Ele não resiste, não acusa e não foge; apenas confia e coloca a Sua vida, as Suas escolhas, os Seus medos e a Sua esperança, nas mãos seguras e protetoras do Pai! E como nos comportamos nós a cada desafio, a cada dor, a cada incerteza? Reflitamos:
Como Jesus, quero centrar a minha vida, fazendo a vontade do Pai?
Já me aconteceu, em oração, decidir seguir a vontade de Deus em vez da minha vontade ou interesses?
Que faço com as minhas mãos, ou seja, como avalio as minhas atitudes?
Onde coloco as minhas seguranças?
Conheço alguém que morreu entregando-se nas mãos de Deus? Se sim, como foi esse acontecimento? Se não, como acho que pode ser?
Quantas vezes, nas nossas angústias, tentamos controlar tudo, resolver com as nossas próprias forças, ou simplesmente desesperamos? Jesus mostra-nos o caminho da entrega; não uma entrega de quem desiste, mas de quem confia plenamente no Pai. Refugiados nas mãos do Pai, entreguemos-Lhe os nossos pedidos.
Com o coração cheio de amor, fé e esperança, rezemos ao Pai
Pai amado, com o coração aberto e humilde, entrego o meu espírito em Tuas mãos. Confio plenamente em Ti, mesmo quando não entendo o caminho ou quando as dores que carrego parecem demasiado pesadas. Toma o meu espirito cansado, renova-o e ensina-me a descansar nos Teus braços, com a confiança de quem se sabe amado.