Semana de 6 a 12 de julho de 2025 XIV DOMINGO COMUM – ANO C
No meio das inquietações, dos ruídos da mente e da turbulência do mundo, somos convidados a silenciar o coração, a respirar profundamente e a abrirmo-nos à presença amorosa de Deus, para encontrarmos a nossa verdadeira paz! Para este momento sagrado da nossa oração, preparemos a Bíblia (aberta em Lucas 10) e uma vela, para acendermos quando estivermos prontos a iniciar.
Dispostos a acolher e a anunciar a paz de Deus, benzemo-nos.
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor. Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
Em nome do Pai…
Louvemos a Deus, fazendo-nos instrumentos da Sua paz.
Fazei de mim um instrumento da Vossa paz: Onde houver ódio que eu leve o amor, Onde houver ofensa que eu leve o perdão E onde houver dúvida que eu leve a fé
(RAP)
Oh Mestre, que eu sempre procure Consolar do que ser consolada, Entender do que ser entendida, Amar do que ser amada. Oh Mestre, que eu sempre procure…
(RAP)
Fazei de mim um instrumento da Vossa paz E é morrendo que se vive para a vida eterna.
Oh Mestre, que eu sempre procure Consolar do que ser consolada, Entender do que ser entendida, Amar do que ser amada.
Oh Mestre, que eu sempre procure Consolar do que ser consolada, Entender do que ser entendida, Amar do que ser amada.
Diante de Deus, em silêncio e escuta, deixemos que o nosso coração se sinta leve e, ainda que as nossas mãos estejam vazias, sintamo-nos cheios da Sua missão e sinais vivos da Sua paz! Nutridos com as bênçãos do Pai e inquietos para seguir caminho, mostremos-Lhe a nossa gratidão, dirigindo-Lhe uma sincera oração de agradecimento.
Na voz de um de nós, escutemos atentamente o texto de Lc 10, 1-9
Naquele tempo, designou o Senhor setenta e dois discípulos e enviou-os dois a dois à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir. E dizia-lhes: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao dono da seara que mande trabalhadores para a sua seara. Ide: Eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos. Não leveis bolsa nem alforge nem sandálias, nem vos demoreis a saudar alguém pelo caminho. Quando entrardes nalguma casa, dizei primeiro: ‘Paz a esta casa’. E se lá houver gente de paz, a vossa paz repousará sobre eles: senão, ficará convosco. Ficai nessa casa, comei e bebei do que tiverem, que o trabalhador merece o seu salário. Não andeis de casa em casa. Quando entrardes nalguma cidade e vos receberem, comei do que vos servirem, curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: ‘Está perto de vós o reino de Deus’.
A paz é um dos maiores desejos dos nossos corações. Vivemos num mundo que muitas vezes parece estar em conflitos quer no âmbito pessoal, familiar, social ou até mesmo global. Neste texto do Evangelho, Jesus envia os seus discípulos com uma missão muito clara: ao entrar numa casa, que a primeira palavra seja “paz”. Num mundo marcado por divisões e conflitos, Jesus convoca os seus discípulos para serem anunciadores da paz.
A paz que devemos anunciar não é uma paz superficial ou temporária mas a paz profunda de Cristo, que transforma corações e reconcilia as pessoas com Deus e com os outros. A paz que o mundo oferece está frequentemente ligada à ausência de conflitos ou à resolução de problemas externos. A paz que Cristo oferece é uma paz interna que nasce da confiança em Deus, da certeza de que, mesmo nas tribulações, Ele está connosco. Para que possamos ser verdadeiramente anunciadores da paz, deixamos aqui alguns aspetos importantes:
Primeiro: Viver a paz no meu coração Antes de anunciar a paz aos outros, é fundamental que a paz de Cristo habite no meu próprio coração. A paz de Cristo não é algo que eu possa levar aos outros se não a experimentar em primeiro lugar e isto implica que o Espírito Santo me transforme e me dê um coração pacificador, um coração que promova a paz. Uma das formas para cultivar a paz interior é a oração, pois através dela experimento o consolo, o amor e o cuidado de Deus. Outra forma é a prática do perdão na minha relação com os outros, pois através dele eu deixo de lado o rancor e o ressentimento o que permite restaurar a paz interior.
Segundo: Ser ativo na reconciliação Muitas vezes, anunciar a paz exige ação. Jesus ensinou-nos a ser pacificadores, isto é, aqueles que procuram a reconciliação. Ser anunciador da paz é levar a reconciliação para os lugares e pessoas que mais necessitam. Começamos a missão de anunciar a paz no coração da nossa própria casa, com aqueles que amamos. Às vezes, isso pode significar resolver desentendimentos, perdoar ofensas e procurar entender o outro. Quando cultivamos a paz dentro dos nossos lares, criamos um ambiente onde o amor de Cristo pode prosperar. Além disto, ser anunciador da paz não se limita a situações pessoais. Na vida profissional, nas amizades, nas nossas interações diárias, somos chamados a ser portadores da paz de Cristo. Nos momentos de tensão, de conflito ou de desacordo, somos desafiados a ser a voz da reconciliação, a buscar o entendimento e a paz. Esta paz que trazemos é um sinal do Reino de Deus, e onde quer que a paz chegue, ela traz transformação.
Terceiro: Ser anunciador da paz através da palavra Somos chamados a ser anunciadores da paz, especialmente, por meio das nossas palavras. A maneira como comunicamos tem um grande impacto na criação dum ambiente de paz, ao nosso redor. As palavras têm poder e, ao escolher falar com amor, respeito e bondade, consigo transmitir a paz de Cristo. Evitar palavras que causam divisão ou ferem os outros é essencial para ser um verdadeiro anunciador da paz. Falar com agressividade ou usar palavras de julgamento e condenação são formas de destruir a paz. Pelo contrário, precisamos de falar de forma que se promova a cura e a compreensão, que se construa o outro em vez de o destruir, que se crie pontes e não muros.
Jesus confia em cada um de nós, apesar da nossa fragilidade, dos nossos apegos e distrações perante a vastidão do mundo! Ele convoca-nos e dá-nos a força, a motivação e a coragem para caminhar e para O anunciar, ainda que os nossos pés estejam cansados! Querendo ser mensageiros ativos da Sua Palavra e da Sua paz, reflitamos.
Encontro paz na oração pessoal e no encontro com Deus?
Na minha vida profissional, nas minhas amizades, nas minhas interações diárias, coloco sempre a paz nas minhas palavras e gestos?
Quando foi a última vez em que escolhi “ter paz em vez de ter razão”?
Que devo mudar em mim, para ser instrumento de Paz?
Por vezes o caminho é longo e duro! Sentimo-nos pequenos perante a missão ou desanimamos quando não vemos resultados imediatos! Ser anunciador da paz é deixar um rasto de luz e uma semente de esperança em cada coração que é tocado pela Palavra, pela misericórdia e pelo olhar de Deus! É entregues nas mãos do Pai, que confiadamente Lhe vamos entregar os nossos pedidos.
Convocados a “ir”, levando a paz como bagagem, rezemos.
Senhor, guia os meus passos, fortalece-me com o Espírito Santo e ilumina os meus gestos com sabedoria, amor e esperança. Que eu seja portador da paz de Cristo, transformando cada encontro – através de uma palavra, um olhar, um gesto – num anúncio de paz. Quando encontrar portas fechadas e corações endurecidos, que não cesse de oferecer a Tua paz, como fiel discípulo!
Deixando que o amor Deus nos transforme em instrumentos da Sua paz benzemo-nos.