Semana de 20 a 26 de abril de 2025 PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO DO SENHOR – ANO C
Ressuscitou! Aleluia! Aleluia! Hoje é dia de fazermos verdadeira experiência de fé, de silêncio interior e de amor, como discípulos amados de Cristo! Preparemos este momento de oração, o espaço, a Bíblia, a vela e a nossa disposição para receber Jesus, o Ressuscitado, no meio de nós!
Determinados a fazer, todos os dias da nossa vida, a experiência do Senhor ressuscitado, que está vivo e caminha ao nosso lado, benzemo-nos.
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor. Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
Em nome do Pai…
Jesus, cujo sangue escorreu por nós, é a nossa força, a nossa salvação e a Sua mão acolhe o nosso coração. Com franca gratidão, louvemos o ressuscitado!
Como entregar minha vida por ti Como tu fizeste por mim Como agradecer o sacrifício na cruz Como expressar minha gratidão Tu és o amante da minha vida Tu és a beleza que me conquistou Tu és minha força na minha fraqueza E teu é o sangue que escorreu por mim Como poderei esquecer-me de ti
Tu és Jesus Tu és Jesus E tua é a mão que acolheu meu coração Tão grato estou, tão grato estou Tão grato estou por teres me dado a salvação
Como entregar minha vida por ti Como tu fizeste por mim Como agradecer o sacrifício na cruz E como expressar a minha gratidão Tu és o amante da minha vida Tu és a beleza que me conquistou Tu és minha força na minha fraqueza E teu é o sangue que escorreu por mim Eu como poderei esquecer-me de ti
Tu és Jesus, oh, tu és (Tu és Jesus) oh, tu és Jesus E tua até a mão que acolheu meu coração (Tão grato estou) tão grato estou Jesus Tão grato estou Tão grato estou por teres me dado a salvação
A ressurreição é fonte de alegria, de otimismo e de esperança e, sobretudo, se cultivarmos a comunhão e intimidade com o amor de Jesus, descobrimos que a Sua doação e entrega são fonte de Vida. Com o coração cheio de gratidão pela Vida que Jesus infunde em nós, tentemos enumerar e revelar-Lhe em voz alta, o tanto que Lhe queremos agradecer.
No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro e viu a pedra retirada do sepulcro. Correu então e foi ter com Simão Pedro e com o discípulo amado de Jesus e disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde O puseram». Pedro partiu com o outro discípulo e foram ambos ao sepulcro. Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo antecipou-se, correndo mais depressa do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro. Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou. Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no sepulcro e viu as ligaduras no chão e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não com as ligaduras, mas enrolado à parte. Entrou também o outro discípulo que chegara primeiro ao sepulcro: viu e acreditou. Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.
O texto que acabámos de escutar é profundo, grandioso e cheio de mensagem. Meditemos…
Quando João correu ao sepulcro, após a notícia dada por Maria Madalena de que a pedra fora removida, ele não só teve uma experiência física, mas também espiritual que pode ensinar-nos várias lições e dar-nos vários ensinamentos. Deixamos aqui três.
Primeiro: O sepulcro é lugar de luto e de esperança Quando João correu até ao sepulcro o que encontrou, inicialmente, foi um sepulcro vazio que, em muitos aspetos, representava um lugar de perda, luto e até confusão. João tinha sido testemunha da morte de Cristo na cruz e agora estava diante do vazio daquele túmulo, a tentar perceber o que tudo aquilo significava. Não era suposto Jesus estar aqui? Na nossa caminhada de fé, todos nós passamos por momentos de “sepulcro” em que parece que tudo está perdido. São momentos de crise, de dor, sofrimento, de dúvidas, de confusão e abandono. Ir ao sepulcro com João é também encarar as nossas próprias lutas e as nossas “mortes espirituais”, mas com a certeza de que, como ele, podemos sair com uma nova visão e esperança, pois o sepulcro vazio aponta-nos para a ressurreição e para a vida.
Segundo: O sepulcro desafia-nos à busca pela verdade Quando ouviu a notícia de Maria Madalena, João não hesitou, mas partiu em busca da verdade. Ele queria ver com os seus próprios olhos e entender o que estava a acontecer. A verdade não se encontra, passivamente, ela exige esforço, uma procura ativa, um desejo genuíno de saber. Maria Madalena ficou pelo superficial e pensou que tinham roubado o corpo de Jesus. Ir ao sepulcro com João é um convite na busca ativa da verdade. Às vezes, a resposta de Deus não é imediata, mas a fé leva-nos a olhar mais além do vazio, a confiar nas promessas de Deus. O “ver e crer” de João é um ato de confiança, um passo importante no reconhecimento de que Jesus tinha vencido a morte, mesmo sem ainda ter visto Jesus ressuscitado pessoalmente. A busca pela verdade e pela presença de Jesus é uma jornada que exige coragem e confiança. João ensina-nos a não desistir de procurar a verdade, mesmo quando tudo parece um vazio.
Terceiro: O sepulcro ensina-nos que a fé surge ao ver a evidência da obra de Deus Quando João chegou ao sepulcro, ele não entrou imediatamente, ele parou e olhou para dentro. Foi então que ele, ao ver as ligaduras e o sudário que estavam cuidadosamente colocados, chegou a crer. A visão da evidência da ressurreição de Jesus foi o que despertou a fé de João. A fé não é cega, mas é alimentada pela evidência de que Deus está a agir. Deus chama-nos para perceber a Sua obra nas nossas vidas, nos pequenos e grandes sinais da Sua presença. A nossa fé cresce quando vemos, claramente, que Ele trabalha ao nosso redor. Às vezes, é preciso um “olhar com atenção” para entender o que Deus está a fazer, assim como João fez. Embora João tenha acreditado, o texto diz-nos que, naquele momento, ele não compreendeu completamente as Escrituras sobre a ressurreição, mas mesmo assim ele escolheu acreditar. A fé não é sobre ter todas as respostas de imediato, mas sobre confiar em Deus mesmo quando a compreensão completa ainda não chegou. Podemos, como João, crer antes de entender tudo completamente, isto é, quando temos só evidências ou sinais.
Se cultivarmos em nós o ”olhar atento” de João, que “vê e crê” com um coração que ama e confia, o sepulcro deixa de significar medo, sofrimento, luto, dor, para ser um espaço de gestação de fé e esperança! Dispostos a empreender, com coragem e confiança, a jornada de verdadeiro encontro com O ressuscitado, reflitamos.
Como lido nos momentos de falta de esperança?
Confio no Pai, no Filho e no Espírito Santo e na sua presença na minha vida?
Estou atento aos sinais de Deus, percebo-os e sinto-os?
Deixo-me guiar pela voz do Senhor?
Em que situações é mais difícil seguir a Sua vontade em vez da minha?
João viu o sepulcro vazio e o seu coração não precisou de provas para acreditar que, muitas vezes, é no silêncio e no vazio, que Deus Se revela, que percebemos os sinais da Sua presença e que a esperança renasce! Cheios de fé e confiança que Jesus está vivo e age em nós, entreguemos-Lhe os nossos pedidos.
Na presença de Cristo Ressuscitado, rezemos
Cristo Ressuscitado, que escancaraste as portas do sepulcro, renova-nos, abre os nossos corações e faz de nós construtores de pontes, não de muros, atentos às necessidades dos indigentes, indefesos, pobres, desempregados, marginalizados, de quem bate à nossa porta à procura de pão, dum abrigo e do reconhecimento da sua dignidade.
Benzemo-nos, guardando no nosso coração estas palavras do Papa Francisco: “Ele vive e quer-te vivo! Está em ti, está contigo e jamais te deixa. Por mais que te possas afastar, junto de ti está o Ressuscitado, que te chama e espera por ti para recomeçar. Quando te sentires envelhecido pela tristeza, os rancores, os medos, as dúvidas ou os fracassos, Jesus estará a teu lado para te devolver a força e a esperança» (Chistus vivit, 1-2)”.