Semana de 8 a 14 de outubro de 2023 XXVII DOMINGO DO TEMPO COMUM – Ano A
Hoje, precisamos duma pedra, uma pedra do chão, não interessa o tamanho. Preparemos o espaço e o nosso coração para este momento de oração. Procuremos provocações e respostas neste momento de oração. Com a Bíblia aberta em Mateus 21, 33, acendamos uma vela quando estivermos prontos para iniciar.
Colocados ao serviço de Deus e fiéis ao Seu amor, benzemo-nos
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor. Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
Em nome do Pai…
Querendo viver para Deus, fiéis ao Seu amor e com um coração digno, louvemo-Lo:
Quando sinto a fé falhar Deus comigo está Quando o mal me vem tentar Ele comigo está Eu não quero seguir só Com medo caminhar Mesmo se eu me afastar Deus comigo está
Deus comigo está Me sustentará Meu Jesus me ama assim (Porque me ama tanto assim – ÚLTIMO REFRÃO) Ele comigo está
Nos Seus filhos tem prazer E os sustentará Preciosos a Seu ver Deus connosco está Minha vida quer salvar Assim o prometeu Tudo já na cruz pagou Deus comigo está
Foi por mim que se entregou NÃO TE DEIXAREI Dura luta enfrentou TE SUSTENTAREI Mas a morte Ele venceu E HOJE VIVO ESTOU Vida eterna me dará QUANDO EU REGRESSAR
Deus derrama sobre nós, todos os dias, o Seu amor, a Sua bondade, a Sua misericórdia. Temos consciência disso e o coração aberto aos Seus dons? Encontramos tempo e disponibilidade para Lhe agradecer? Que tal fazermos-Lhe agora, a nossa intenta oração de agradecimento, em voz alta. Vamos usando a pedra como microfone e fala quem tiver a pedra na mão.
Deixemo-nos transformar pela Palavra e pelo amor de Deus. Quem ficou com a pedra na mão pode ler, em voz alta, a parábola apresentada em Mt 21, 33-43
Naquele tempo, disse Jesus aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo: «Ouvi outra parábola: Havia um proprietário que plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar e levantou uma torre; depois, arrendou-a a uns vinhateiros e partiu para longe. Quando chegou a época das colheitas, mandou os seus servos aos vinhateiros para receber os frutos. Os vinhateiros, porém, lançando mão dos servos, espancaram um, mataram outro, e a outro apedrejaram-no. Tornou ele a mandar outros servos, em maior número que os primeiros. E eles trataram-nos do mesmo modo. Por fim, mandou-lhes o seu próprio filho, dizendo: ‘Respeitarão o meu filho’. Mas os vinhateiros, ao verem o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro; matemo-lo e ficaremos com a sua herança’. E, agarrando-o, lançaram-no fora da vinha e mataram-no. Quando vier o dono da vinha, que fará àqueles vinhateiros?». Eles responderam: «Mandará matar sem piedade esses malvados e arrendará a vinha a outros vinhateiros, que lhe entreguem os frutos a seu tempo». Disse-lhes Jesus: «Nunca lestes na Escritura: ‘A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; tudo isto veio do Senhor e é admirável aos nossos olhos’? Por isso vos digo: Ser-vos-á tirado o reino de Deus e dado a um povo que produza os seus frutos».
Esforcemo-nos para retirar alguns ensinamentos para a nossa transformação, aceitando o amor do Pai.
Inspirando-se em Isaías 5, 1-7, Jesus conta a parábola dos vinhateiros homicidas. Esta parábola começa por apresentar um proprietário que não poupou nos investimentos na sua vinha. Ele comprou, plantou, fertilizou, circundou (para proteger dos intrusos e delimitar o terreno), construiu um lagar (para tirar o suco dos frutos) e uma torre (para vigiar e admirar os vastos campos). Como precisava de se ausentar, aluga aquela vinha para que os vinhateiros cuidem dela. Este proprietário não construiu a vinha para si mas para outros, para nós. Este proprietário, Deus, fez a sua vinha por amor e entregou-nos a administração da vinha. Quais as razões do comportamento destes vinhateiros? O que levou estes senhores a recusarem e rejeitarem o amor do proprietário? Nesta reflexão apresentamos três razões.
Primeira: Ingratidão Aos vinhateiros faltou-lhes capacidade para reconhecerem que tudo o que o proprietário lhes dera era suficiente e bom para viverem. Eles tinham tanta coisa boa: terra fértil, uma boa encosta, emprego, família sustentada, garantias de conforto e bem-estar mas não lhes deram importância, não souberam valorizar. A insatisfação, o lamento, a murmuração aumentaram, tomou conta deles e levou-os à ingratidão. Os seus olhos não conseguem mais reconhecer as maravilhosas dádivas e ótimas condições que lhes foram dadas, não valorizam o que o proprietário lhes dera por amor e por isso revoltam-se.
Segunda: Ganância Os vinhateiros deixaram-se levar pela ganância, no seu coração surgiu o desejo de se apoderarem das terras do seu senhor, de possuírem a herança que cabia ao filho e por isso querem tomar e assumir o lugar do filho. Havia um acordo com aquele proprietário, havia condições estabelecidas mas a ganância levou-os a não querer entregar parte dos lucros que cabiam ao dono. O dom recebido deveria ser retribuído mas não foi. A ingratidão levou-os à insatisfação e com esta vem a falta de honestidade, de amor e de gratidão pela vida. Os trabalhadores começaram a entender que aquele lugar era seu e querem apossar-se do que não é deles. A ganância levou aqueles vinhateiros a lutar pelo lugar cobiçado e pelo lugar do dono da vinha. Eles querem ficar com tudo para si como se fossem dignos desse direito.
Terceira: Rebeldia A ingratidão e a ganância têm a sua manifestação na rebeldia que se traduz em fazer o mal, ferir, apedrejar e até chegar ao ponto de matar para conseguir concretizar os seus objetivos perversos. As consequências deste tipo de rebeldia são sempre a dor, o sofrimento, agressão alheia, desrespeito, desprezo e atos insanos. Ao olhar para as atrocidades dos vinhateiros não sentimos da sua parte qualquer culpa porque eles estavam cegos pela sua ganância. O seu pensamento é tirar proveito e vantagem de tudo e tentar tomar o que não lhes pertence, não se importando os meios que forem usados.
Como os vinhateiros, também nós somos tentados a comportarmo-nos como proprietários do mundo, o que nos leva a querer dominar os outros, a explorá-los, seja pela força ou por outras formas mais subtis.
O nosso Deus não está disposto a pactuar com situações dúbias, descaracterizadas, amorfas, mentirosas; mas exige coerência, verdade e compromisso. Somos convidados a refletir sobre a nossa relação com os valores do mundo que nos rodeia e sobre a forma como os aceitamos e integramos na nossa vida; é necessário saber discernir, aquilo que não belisca a nossa fé e aquilo que ameaça a essência do Evangelho…
O meu compromisso com o Reino é sincero e empenhado?
Quais são os frutos que eu entrego ao Senhor?
Escuto os servos que o Senhor envia à Sua vinha?
Como acolho o “Filho” que o “Senhor” enviou ao meu encontro?
Se esta pedra for Jesus, que faço com ela? Rejeito-a e deito-a fora ou aproveito-a e torno-a essencial na minha vida?
Por vezes enfrentamos vicissitudes e dificuldades na nossa caminhada, e deixamo-nos cair na tristeza, na inquietação, no desânimo, ou em esquemas de comodismo, de facilidade, de “deixa andar”… Não podemos esconder-nos atrás da nossa muralha fortificada! Deus estende o Seu manto sagrado sobre o nosso coração e escuta as preces que Lhe vamos fazer agora. Vamos passando a pedra para dar a palavra.
Como vinhateiros conduzidos pela tolerância, pela misericórdia, pela bondade, pela compreensão, rezemos
Porque reconhecemos a nossa imperfeição, porque sabemos que falhamos… perdoa-nos, Senhor! Mas porque também temos a nossa caminhada de aperfeiçoamento, porque nos esforçamos para melhorar em relação a ontem… ajuda-nos, meu Deus!
Esforçados trabalhadores na “vinha” do Senhor, capazes de produzir frutos bons e testemunhar Deus diante do mundo, benzemo-nos