Semana de 6 a 12 de junho de 2021 X Domingo Tempo Comum – Ano B
Devemos escolher um local calmo e tranquilo para iniciarmos a oração. De seguida acendemos uma vela, demonstrando assim a nossa ligação com Deus.
Aqui reunidos, sentimos a presença de Jesus e, todos juntos, somos família.
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor.
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
Em nome do Pai…
Costumamos pedir muitas coisas a Deus, mas nem sempre tiramos tempo para louvá-Lo. Enchamo-nos de Deus com este cântico.
Felizes os que amam o Senhor, felizes os que andam seus caminhos. Felizes são os pés daqueles que vivem e anunciam a verdade.
Felizes aqueles cuja a vida é pura e caminham na vontade do Senhor. Felizes os que observam os Seus preceitos e O procuram de todo o coração.
Promulgaste Senhor os vossos mandamentos Para serem observados fielmente Oxalá se firmem os meus passos Na observância da vossa lei
Mostrai-me Senhor o Vosso caminho Para que O siga na fidelidade Ajudai-me a obedecer à Vossa lei E a guardá-Ia de todo o coração
Manifestemos a nossa profunda gratidão a Jesus, por nos convidar a fazer parte da Sua família, pela nossa família e por tudo o que ela nos proporciona. Enunciamos,em voz alta, as grandes ou pequenas bênçãos pelas quais estamos gratos.
Um de nós pode ler os textos, de preferência da Bíblia
Naquele tempo, Jesus chegou a casa com os seus discípulos. E de novo acorreu tanta gente, de modo que nem sequer podiam comer. Ao saberem disto, os parentes de Jesus puseram-se a caminho para O deter, pois diziam: «está fora de Si». (…) Entretanto, chegaram sua Mãe e seus irmãos, que, ficando fora, mandaram-n’O chamar. A multidão estava sentada em volta d’Ele, quando Lhe disseram: «Tua Mãe e teus irmãos estão lá fora à tua procura». Mas Jesus respondeu-lhes: «Quem é minha Mãe e meus irmãos?» E, olhando para aqueles que estavam à sua volta, disse: «Eis minha Mãe e meus irmãos. Quem fizer a vontade de Deus esse é meu irmão, minha irmã e minha Mãe».
No Evangelho, Marcos diferencia os familiares de Jesus da sua nova família, a família que está ao seu redor a escutá-l’O. Como podemos caraterizar a nova família de Jesus? A nova família de Jesus está do lado de dentro da casa. No texto, o evangelista diz que a mãe e os irmãos de Jesus chegaram e “ficaram do lado de fora” (Mc 3, 31). Os familiares não conseguem entrar na casa que estava cheia. No passo seguinte, é-nos relatado que ao redor de Jesus “estava sentada muita gente” (Mc 3, 32). Assim, Marcos mostra uma certa distância entre os familiares, que estão do lado de fora e aqueles que estão dentro da casa, sentados em redor de Jesus. Os que estão do lado de fora não fazem questão de se juntar aos outros e por isso mandam-n’O chamar… querem interromper a atividade evangelizadora de Jesus e querem levá-l’O de volta para Nazaré. Os que estão do lado de fora são os que conhecem bem Jesus, cresceram com Ele desde a infância. Estes familiares representam os cristãos que pertencem “materialmente” à família de Jesus, que estão convencidos que O conhecem bem e que têm os seus nomes nos registos de batismo da comunidade. Quando se dão conta de que Jesus diz coisas que vão contra o “bom senso” humano, quando sentem que o Evangelho traz exigências de mudança de vida, recusam-se a entrar na casa, correndo o risco de ficar de fora por não querer escutar a Palavra e pô-la em prática. As pessoas que estão dentro da casa, sentadas ao redor de Jesus, estão numa posição de discípulos, que ficam em volta do Mestre e acolhem os seus ensinamentos. A nova família de Jesus escuta a sua Palavra e põe-na em prática. “Quem é minha Mãe e meus irmãos?” A partir deste questionamento, o evangelista começa a assinalar a nova realidade familiar de Jesus: Ele, “olhando para aqueles que estavam à sua volta” (Mc 3, 34), numa atitude de Mestre rodeado pelos seus discípulos, diz com firmeza: “Quem fizer a vontade de Deus esse é meu irmão, minha irmã e minha Mãe»” (Mc 3, 35). Jesus está certo de que até mesmo os seus familiares poderiam ser instrumentos para desviá-l’O do propósito original estabelecido pelo Pai. Quando disse “quem é minha Mãe e meus irmãos”, Jesus estava a dizer que as pessoas mais importantes para Ele, naquele momento, eram as que estavam ao Seu redor ouvindo sobre o Reino de Deus. O Mestre precisava ensinar que no Reino de Deus não havia lugar de honra para ninguém relativo ao título recebido na terra. A sua família corria o risco de ficar do lado de fora, se não se propusesse a andar no mesmo caminho de obediência dos outros. Na resposta de Jesus à pergunta que Ele mesmo formulou, notamos uma distinção entre os que escutam a palavra e os que cumprem a vontade de Deus. Não basta escutar a Palavra mas é preciso colocá-la em prática para pertencer à nova família de Jesus. A diferença entre os familiares e a nova família de Jesus era muito simples: era uma questão de obediência. Se queremos fazer parte da nova família de Jesus temos de estar dentro da casa a escutar a Sua palavra e estarmos dispostos a obedecer à vontade de Deus.
Abençoados com a bondade e o amor do Pai, queremos morar na Sua casa… Reflitamos na Sua palavra, a partir dos ensinamentos de Jesus, Seu filho e nosso irmão.
Qual a minha situação: estou à volta de Jesus a escutá-l’O ou do lado de fora?
As pessoas que me são mais próximas ajudam-me a chegar a Jesus e a ouvi-lo?
O que devo fazer para me tornar irmão de Jesus?
Faço o que está ao meu alcance para levar os que me são próximos a estarem à volta de Jesus?
Reconhecendo que pertencemos à nova família de Jesus, somos convidados, durante esta semana, a honrar o amor do Pai, anotando, cada um de nós, diariamente pelo menos uma manifestação de Deus, que reconhecemos nesse dia. Pode ser uma flor a desabrochar, um gesto ou palavra que nos animou, etc… No final da semana podemos juntar-nos e partilhar/refletir as nossas escolhas, em família.
Damos as mãos e entregamos a Jesus, nosso irmão, os pedidos que lhe desejamos fazer
Do lado de dentro, em família, rezemos ao Pai
Senhor, que pelo Teu sangue nos tornaste Teus irmãos, faz-nos também modelos de obediência para que possamos afirmar com verdade e orgulho que estamos do Teu lado e temos o mesmo Pai.
Continuamos na fraternidade de Jesus, mesmo após esta oração, benzendo-nos