Semana de 23 a 29 de março de 2025 III DOMINGO DA QUARESMA – ANO C
Se tivermos alguém na família, um amigo ou um vizinho que não ore a Deus, façamos o nosso dever e chamemo-lo, preparemos a ocasião de forma a lhe ser oportuno e conveniente este momento do Orar em Família. Cultivemos o gosto pela oração e divulguemo-lo aos outros. De que nos adiantará reclamar ou desvalorizar quem não o faz? Talvez nunca ninguém lhe tenha apresentado a oração duma forma entusiasta. Mostremos-lhe a Bíblia aberta em Lucas 13 e iluminemo-lo com uma vela acesa que devemos dizer que significa Cristo no meio de nós.
Experienciando a bondade, a paciência e a misericórdia de Deus e querendo viver com Ele em comunhão íntima, benzemo-nos.
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor. Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
Em nome do Pai…
Entoemos o nosso louvor ao Pai, pela Sua infinita graça e misericórdia!
Após assistirmos ao vídeo e meditarmos nas palavras desta letra, reiniciamos o vídeo e acompanhamos cantando com a letra
Conforme a Tua infinita graça Ó Pai, perdoa a minha transgressão Faz-me sentir o Teu amor infindo Dá-me alegria em Tua salvação
Mais uma vez eu sinto o meu pecado Que é contra Ti, ó pai de amor Concede, ó Deus, a mim, misericórdia E entoarei a Ti o meu louvor
Meu coração entrego a Ti, contrito Perdão imploro, meu Senhor e rei Conforme a Tua infinita graça Misericórdia, sim, alcançarei
Mais uma vez eu sinto o meu pecado Que é contra Ti, ó pai de amor Concede, ó Deus, a mim, misericórdia E entoarei a Ti o meu louvor
Deus age na nossa vida e na nossa história através de Homens de boa vontade, que se deixam desafiar por Ele e que aceitam ser Seus instrumentos! E já todos sentimos que os nossos atos gratuitos de bondade tocam as pessoas que estão à nossa volta! Sabemos que servir a Deus é uma ocasião de felicidade, alegria, júbilo e honra, por isso, façamos-Lhe a nossa sincera oração de gratidão.
Na voz de um de nós, percebamos como Jesus nos explica a bondade e a paciência de Deus, no texto de Lc 13, 1-9
Naquele tempo, vieram contar a Jesus que Pilatos mandara derramar o sangue de certos galileus, juntamente com o das vítimas que imolavam. Jesus respondeu-lhes: «Julgais que, por terem sofrido tal castigo, esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus? Eu digo-vos que não. E se não vos arrependerdes, morrereis todos do mesmo modo. E aqueles dezoito homens, que a torre de Siloé, ao cair, atingiu e matou? Julgais que eram mais culpados do que todos os outros habitantes de Jerusalém? Eu digo-vos que não. E se não vos arrependerdes, morrereis todos de modo semelhante. Jesus disse então a seguinte parábola: «Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi procurar os frutos que nela houvesse, mas não os encontrou. Disse então ao vinhateiro: ‘Há três anos que venho procurar frutos nesta figueira e não os encontro. Deves cortá-la. Porque há-de estar ela a ocupar inutilmente a terra?’ Mas o vinhateiro respondeu-lhe: ‘Senhor, deixa-a ficar ainda este ano, que eu, entretanto, vou cavar-lhe em volta e deitar-lhe adubo. Talvez venha a dar frutos. Se não der, mandá-la-ás cortar no próximo ano».
Exploremos um pouco mais, esta mensagem desafiante!
A misericórdia Qualquer pessoa que tenha uma terra teria cortado aquela árvore inútil que não dava fruto, que não correspondia à sua natureza de árvore frutífera mas, no versículo oitavo, diz que a esta figueira é dado mais um ano, mais uma nova oportunidade. A maior ênfase da parábola não está no juízo de mandar cortar, mas na bondade, paciência e misericórdia do proprietário, que é Deus, para connosco. A falta de produção, depois de três anos, é um mau sinal. Seria improvável que tal árvore viesse a dar fruto no futuro mas a ordem de “deves cortá-la” vem acompanhada duma solene e eficaz intercessão do vinhateiro. Talvez um novo tratamento do solo, um investimento em adubos por mais um ano possa trazer algum resultado. O vinhateiro sabe que, se a árvore prosseguir sem resultados, o assunto acabou-se. Mesmo assim, ele não diz que vai cortar a árvore, mas sim “mandá-la-ás cortar”, isto é, não toma a iniciativa da destruição.
Deus dá tempo para as pessoas se arrependerem e mudarem os seus caminhos errados. O pedido de mais um ano do vinhateiro simboliza a contínua misericórdia e a disposição de Deus em dar aos seres humanos todas as oportunidades possíveis para se redimirem e voltarem para Ele. Além disto, Deus coloca no nosso caminho pessoas, como o vinhateiro, que cuidam de nós, orientam-nos e oram por nós, ou seja, Deus tenta de todas as formas possíveis garantir que ouçamos a Sua voz e sigamos os seus ensinamentos. Deus não tem alegria na morte do ímpio, o seu prazer está na conversão de cada um de nós ao ponto de festejá-la no céu. O nosso Deus não é um juiz implacável, frio, cheio de ódio mas Ele é rico em misericórdia e é por isso que podemos alcançar a salvação.
Arrependimento A parábola é contada tendo em vista um claro convite ao arrependimento. É uma oportunidade decisiva que não pode ser negligenciada, é uma questão de frutificar ou frutificar, porque, como lemos no versículo nono, caso contrário, se a figueira não mudar a sua realidade, se a figueira não produzir fruto, ela vai virar lenha. O severo lembrete da parábola de que podemos ser cortados caso não produzamos fruto não só adverte para as consequências do inatismo mas também convoca para a introspeção e uma transformação genuína, incentivando-nos a abraçar as responsabilidades que nos foram confiadas antes que o tempo da graça se esgote.
Esta é uma chamada urgente para aproveitarmos cada momento dado por Deus para crescer, contribuir e, finalmente, atingir o potencial pleno que Deus vê em cada um de nós. Precisamos de estar preparados e vigilantes porque não sabemos o dia e a hora, como aconteceu com as vítimas das duas catástrofes que Jesus fala no Evangelho. Devemos agir com diligência e com propósito para maximizar os dons que recebemos. Cada oportunidade perdida para promover a caridade, a justiça, a compaixão, o perdão, são momentos de graça desperdiçada. Uma das lições centrais é: arrependa-se agora porque a infrutuosidade não será duradoura.
Jesus deixa-nos um convite à reformulação total da nossa vida, da nossa mentalidade e das nossas atitudes, de forma a que Deus e os Seus valores passem a estar em primeiro lugar! E essa transformação da nossa existência não pode ser adiada indefinidamente pois somos chamados a maximizar os dons que d´Ele recebemos! Para que possamos “produzir” fruto, reflitamos.
Quem foi (ou é) o meu vinhateiro, aquele que cuidou de mim na fé, que me apresentou Jesus Cristo, que rezou por mim?
Já fui (ou sou) vinhateiro de alguém? Faço o meu papel?
Eu produzo frutos de arrependimento, fé e retidão?
Tento e esforço-me por maximizar os dons que Deus me deu? Como?
Jesus apela à conversão e assegura-nos que Deus é infinitamente paciente para connosco; Ele sabe da nossa fragilidade, conhece os nossos pecados, mas nunca deixa de ter confiança em nós, até ao fim do nosso caminho. Ele não quer punir-nos, quer fazer-nos viver! Suportados pela misericórdia de Deus e reconhecendo o Seu cuidado de Pai para connosco, confiemos-Lhe a nossa prece.
Abrindo o nosso coração à conversão, rezemos confiantes
Senhor Jesus, confio na Tua infinita misericórdia. Toca o meu coração e o dos que se afastaram do Teu caminho, ilumina as nossas mentes com a Tua verdade e concede-nos a graça da conversão. Que sejamos terreno fértil onde a Tua Palavra possa ser semeada e frutificada em palavras e gestos concretos do Teu amor.
Revestidos da fecundidade do amor de Deus derramado nos nossos corações pelo Seu Espírito, benzemo-nos