Semana de 23 a 29 de novembro de 2025 XXXIV DOMINGO COMUM – ANO C
Escolhamos um lugar calmo, tranquilo, onde nos sintamos confortáveis e possamos estar em silêncio. Marquemos na bíblia o texto de Lc 23, 35-43. Quando estivermos prontos, acendemos a vela.
Reconhecendo a verdade do amor que Jesus nos revelou na cruz, benzemo-nos.
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor. Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
Em nome do Pai…
Louvemos e adoremos a Deus, que opera milagres e transforma as nossas vidas.
Diz que me ama quando ouço chover Diz que me ama com o entardecer Dizes sem palavras com as ondas do mar E dizes pela manhã com meu respirar
Diz que me ama e que comigo quer estar Diz que me procura quando saio a passear Que fez tudo o que existe p’ra chamar minha atenção Que quer-me conquistar e alegrar, meu coração (2x)
Diz que me ama quando vejo a cruz Suas mãos estão estendidas Assim tão grande é o amor O dizem as feridas de suas mãos e seus pés Diz que me ama, uma e outra vez
Diz que me ama e que comigo quer estar Diz que me procura quando saio a passear- Que fez tudo o que existe p’ra chamar minha atenção Que quer-me conquistar e alegrar, meu coração (2x)
O olhar de Deus não condena e o Seu amor, a Sua graça e o Seu perdão são maiores que as nossas quedas… Por isso vamos agora, em silêncio ou em voz alta, ofereçer a Deus a nossa oração de agradecimento, deixando que o coração fale com sinceridade diante do Senhor que nos diz “Hoje mesmo estarás comigo…”
Escutemos a mensagem de esperança, do texto de Lc 23, 35-43, na voz de um de nós
Naquele tempo, os chefes dos judeus zombavam de Jesus, dizendo: «Salvou os outros: salve-Se a Si mesmo, se é o Messias de Deus, o Eleito».
Também os soldados troçavam d’Ele; aproximando-se para Lhe oferecerem vinagre, diziam: «Se és o Rei dos judeus, salva-Te a Ti mesmo».
Por cima d’Ele havia um letreiro: «Este é o Rei dos judeus».
Entretanto, um dos malfeitores que tinham sido crucificados insultava-O, dizendo: «Não és Tu o Messias? Salva-Te a Ti mesmo e a nós também».
Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: «Não temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício? Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o castigo das nossas más ações. Mas Ele nada praticou de condenável». E acrescentou: «Jesus, lembra-Te de Mim, quando vieres com a tua realeza».
Jesus respondeu-lhe: «Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso».
Ao encerrarmos o ano litúrgico, celebramos a solenidade de Cristo Rei do Universo mas o Evangelho apresenta-nos o nosso Rei pendurado numa cruz, ensanguentado e com uma coroa de espinhos na cabeça. Perante isto, uns zombam, alguns insultam, outros ridicularizam e há quem desafie mas um dos ladrões vê em Jesus o Rei e faz uma profissão de fé ao dizer: “Jesus, lembra-Te de Mim, quando vieres com a tua realeza”. Como foi possível a este ladrão reconhecer Jesus como Rei?
Primeiro: Para reconhecer Jesus como Rei é preciso olhar com os olhos da fé No calvário, a maioria viu fracasso, alguns escândalo, outros um moribundo comum, mas um homem, o “bom ladrão”, viu diferente. Enquanto o mundo pedia força, poder e espetáculo, o ladrão reconheceu ali, naquela dor, a presença dum reino que é maior do que o mundo porque viu com os olhos da fé. Os olhos da fé são aqueles que veem além das aparências, que reconhecem a presença de Deus mesmo no silêncio e na dor, que confiam mesmo sem entender tudo. O “bom ladrão” não viu milagres, não teve explicações, não viu anjos mas viu Jesus e acreditou. Também nós somos convidados a ver com os olhos da fé, quando as coisas não fazem sentido, quando Deus parece distante, quando tudo ao redor nos parece escuro. Olhar com os olhos da fé é reconhecer que o nosso Rei não se impõe mas oferece-se, não desce da cruz para Se salvar mas permanece nela para nos salvar, não reina com a espada mas com a misericórdia e o perdão.
Segundo: Para reconhecer Jesus como Rei é preciso ser tocado pela graça A fé verdadeira, aquela que reconhece Jesus como Rei, Salvador e Senhor, não nasce do orgulho, nem da força da vontade humana, ela nasce quando Deus toca o nosso coração e abre os nossos olhos interiores. O bom ladrão foi alcançado pela graça porque ele não teve tempo para mudar a sua vida, fazer boas obras ou reparar os seus erros mas ele teve um coração humilde, quebrantado e aberto à graça e, quando foi tocado pela graça de Deus, ele reconhecer que estava errado, que Jesus era inocente e que Jesus era Rei. A graça é oferecida a todos mas nem todos a acolhem. Todos estavam ali, todos ouviram as mesmas palavras, todos viram a mesma cruz mas só um respondeu com fé porque é preciso humildade para a acolher. Um coração orgulhoso e autossuficiente não se abre à graça e não reconhece Jesus como Rei.
Terceiro: Para reconhecer Jesus como Rei é preciso sentir que precisamos d’Ele O “bom ladrão” reconheceu a sua culpa e a inocência de Jesus. Ele não tinha nenhuma boa obra, nenhum currículo religioso, nenhuma possibilidade de “melhorar no futuro”, tudo o que ele tinha era uma súplica humilde: “Jesus, lembra-te de mim…” Reconhecer Jesus como Rei começa por reconhecer que não somos reis de nós mesmos, que precisamos do perdão, da salvação e da misericórdia d’Ele. O Reino de Jesus começa na vida de cada um de nós quando nos rendemos a Ele. Rendição não é fraqueza mas é abertura à salvação, é quando deixamos de lutar sozinhos e dizemos: “Vem, Jesus, reina na minha vida, toma o lugar que é Teu, reina nos meus sentimentos, nas minhas decisões e nos meus sonhos. Preciso de Ti porque sozinho não consigo amar de verdade, perdoar o imperdoável, suportar as cruzes da vida, encontrar um sentido no sofrimento e chegar ao céu”.
Jesus é insultado, desprezado e ridicularizado na cruz! A cruz poderia ser símbolo de derrota, de silêncio, de abandono… Mas é aí que a misericórdia de Deus Se revela e a cruz torna-se uma ponte de culpa para perdão; de medo para confiança; de fim para vida nova! Com coração humilde, aberto e rendido à graça de Deus, reflitamos.
Quando alguém me magoa ou desilude, reajo mais como o malfeitor que insulta ou como Jesus que perdoa?
O “Bom Ladrão” defendeu Jesus mesmo quando todos o insultavam. E eu? Tenho coragem de defender o bem, a fé, a verdade, mesmo nas adversidades?
O que sinto quando imagino Jesus pregado na cruz?
Se Jesus me olhasse, hoje, como olhou o “Bom Ladrão”, o que sentiria nesse olhar? Perdão? Ternura? Paciência?
Quando as coisas não fazem sentido, quando Deus parece distante, quando tudo ao redor nos parece escuro, se deixarmos, Deus toca o nosso coração e abre os nossos olhos interiores. Basta que reconheçamos a Sua presença, mesmo no silêncio e na dor. Por isso, com fé verdadeira, entregamos-Lhe, agora, as nossas preocupações, medos e dirigimos-Lhe a nossa humilde prece, sem esquecer os “bons ladrões” que ainda não reconhecem Jesus Cristo como rei.
Dizendo, com fervor, “Vem, Jesus, reina na minha vida, toma o lugar que é Teu”, rezemos
Jesus misericordioso, que acolheste o ladrão arrependido e Lhe abriste o caminho para o Teu Reino, olha também para nós… Quando nos sentirmos perdidos, lembra-nos que estás perto; Quando nos pesa a culpa, toca-nos com o Teu perdão; quando o medo nos trava, dá-nos a coragem da confiança. Que nunca duvidemos da força do Teu amor, que transforma tudo o que parece perdido.
Com a promessa que Deus misericordioso nos acolhe no Seu reino, benzemo-nos