Semana de 16 a 22 de novembro de 2025 XXXIII DOMINGO COMUM – ANO C
É uma graça podermos realizar esta oração em família. Se o costumamos fazer individualmente, tentemos reunir mais gente. Preparemos um espaço digno e que proporcione as melhores condições para termos um momento intenso de proximidade com o Senhor. Abramos a Bíblia em Lucas 21 e acendamos a vela.
Cheios de esperança e confiança na Palavra firme de Deus, benzemo-nos.
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor. Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
Em nome do Pai…
Louvemos e adoremos a Deus, que opera milagres e transforma as nossas vidas.
Estás aqui, moves-te entre nós Te adoro Deus, Te adoro Deus Estás aqui, para mudar destinos Te adoro Deus, Te adoro Deus
Estás aqui, a operar milagres Te adoro Deus, Te adoro Deus Estás aqui, transformas nossas vidas Te adoro Deus, Te adoro Deus
Meu Deus é Deus de milagres, Deus de promessas Caminho no deserto, luz na escuridão Esse é quem tu és (2x)
Estás aqui, a tocar corações Te adoro Deus, Te adoro Deus Estás aqui, a curar multidões Te adoro Deus, Te adoro Deus
Estás aqui, transformas nossas vidas Te adoro Deus, Te adoro Deus Estás aqui, transformas corações Te adoro Deus, Te adoro Deus
Meu Deus é Deus de milagres, Deus de promessas Caminho no deserto, luz na escuridão Esse é quem tu és (4x)
Quando nos reunimos em oração; quando vivemos atentos, vigilantes e confiantes na Palavra de Deus, aproximamo-nos d’Ele… Com o nosso coração disponível e submisso é possível escutar a Sua voz e perceber a Sua manifestação nas nossas vidas. Aproveitemos este momento para Lhe dirigimos a nossa sincera oração de agradecimento.
Escutemos a mensagem de confiança, do texto de Lc 21, 5-19, na voz de um de nós.
Naquele tempo, comentavam alguns que o templo estava ornado com belas pedras e piedosas ofertas. Jesus disse-lhes: «Dias virão em que, de tudo o que estais a ver, não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído». Eles perguntaram-lhe: «Mestre, quando sucederá isso? Que sinal haverá de que está para acontecer?» Jesus respondeu: «Tende cuidado; não vos deixeis enganar, pois muitos virão em meu nome e dirão: “sou eu”; e ainda: “O tempo está próximo”. Não os sigais. Quando ouvirdes falar de guerras e revoltas, não vos alarmeis: é preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim».
Tentemos perceber melhor a mensagem que podemos inferir para a nossa caminhada cristã.
Vivemos tempos de engano Como no tempo de Jesus, o alerta do Evangelho desta oração continua válido ao dizer “não vos deixeis enganar”. Na verdade, vivemos tempos de engano em que muitas vozes nos confundem, vivemos em tempos de muita informação, mas pouca sabedoria e por isso muitos se perdem. Quanta mentira e manipulação com pessoas a distorcer a verdade para interesse próprio, quanta publicidade e propaganda com técnicas psicológicas para nos influenciar sem percebermos; quantos falsos especialistas sem aparente autoridade nos levam a crer em algo que é errado; quanta aparência de verdade sem verdade com coisas aparentemente boas mas longe de Deus; quanto relativismo e comodismo onde o certo e o errado andam ao sabor da moda, em que cada um tem a “sua verdade” e a maioria define o que é moral porque “todo o mundo faz”; quantos líderes e autoridades usam o seu poder para controlar e impor a sua ideologia; quanta espiritualidade sem Cristo com pessoas que se dizem cristãs a seguir horóscopos, “curas” e “mensagens” que falam de paz mas negam Jesus como Salvador e rejeitam a cruz; quanta falsa religião e espiritualidade que usa o nome de Deus para a fama e manipular com promessas de riqueza, cura garantida, bênção sem compromisso com a fé, como se Deus fosse um “empreendedor” de milagres ou um “negociante de bênçãos”.
Precisamos de discernimento Diz-nos o Evangelho: “Pois muitos virão em meu nome e dirão: ‘sou eu’; e ainda: ‘O tempo está próximo’. Não os sigais.” O cristão é chamado a discernir, a opor-se aos enganos, a dizer não. Discernir é distinguir o que é de Deus do que não é, é distinguir o que é correto do que não é, é distinguir o que é verdade do que é mentira. No meio de tantas vozes e confusão, discernir é ouvir a voz certa e não a que queremos ouvir porque parece mais doce. Mais do que tomar decisões práticas, discernir é buscar, com o coração sincero, a vontade de Deus, no meio das incertezas da vida. Discernir é perguntar: “Senhor, o que queres de mim? Qual o caminho a percorrer?” e estar disposto a escutar e obedecer. Discernir não é decidir apenas com a cabeça, mas com o coração. Num mundo que nos vende ilusões e aparências, precisamos de “Luz” e humildade para reconhecer quando estamos errados.
Cultivar o discernimento O cristão é aquele que cultiva o discernimento porque ele é a luz da fé no meio da escuridão. O discernimento cultiva-se pela oração sincera e na procura da “Luz” do Espírito Santo para a nossa vida. Deus fala ao coração disponível e submisso. O discernimento cultiva-se pelo conhecimento, leitura e escuta da Palavra de Deus. Quem conhece a Palavra de Deus conhece a forma de agir de Deus e a Bíblia é o critério seguro. Se algo contradiz a Palavra de Deus não é de Deus mesmo que pareça vantajoso, bonito e bom. O discernimento cultiva-se na comunidade porque ele não é algo isolado ou individualista. Foi em comunidade, quando estavam todos juntos em oração, no Pentecostes, que veio o Espírito Santo para orientar os apóstolos. Cultivar o discernimento é escolher sempre o que nos aproxima de Deus, é viver atentos, vigilantes, lúcidos e confiantes, é evitar respostas rápidas, soluções sem cruz e não viver atraídos pelo que queremos ouvir.
No meio de tantas vozes e confusão, discernir é buscar a vontade de Deus e perguntar-Lhe: “Senhor, o que queres de mim”? Dispostos a escutar, a obedecer, a viver vigilantes e a decidir com o coração atento e sincero, reflitamos.
O que significa para mim “discernir”?
Confio e procuro a presença do Espírito quando não sei o que dizer ou fazer? Já senti a Sua “resposta”? Quando?
Peço a Deus sabedoria e coragem para ser luz, mesmo quando é mais fácil calar ou esconder aquilo em que acredito?
De que forma posso cultivar uma fé firme e paciente nas pequenas coisas do dia a dia e usá-la para ajudar o outro?
Os momentos de medo, de dor, de injustiça, não significam a ausência de Deus; são momentos em que somos “chamados” a perseverar com fidelidade constante e a testemunhar a nossa fé, no Deus bondoso, protetor e compassivo. No meio do caos, a fé torna-se luz se e encontramos a verdadeira segurança na Palavra do Pai! Confiantes, façamos-Lhe os nossos pedidos.
Com coragem e discernimento para testemunharmos a nossa fé, rezemos confiadamente.
Senhor, rocha que não vacila, lembra-me que a Tua presença é o meu abrigo seguro, quando tudo parece desabar. Dá-me um coração paciente e fiel, que não se deixa dominar pela inquietação, mas confia no Teu tempo e na Tua promessa. Sustenta-me com o Teu Espírito, Senhor, para que eu persevere até ao fim, firme na fé, sereno na confiança e com o olhar voltado para Ti.
Capacitados pelo Espírito Santo para “discernir” o que vem de Deus, benzemo-nos.