Semana de 3 a 9 de agosto de 2025 XVIII Domingo Comum – Ano C
Aceitemos o convite de Jesus para estarmos com ele neste momento de oração, agora e sempre. Meditemos uns momentos sobre este convite. Abramos a Bíblia em Colossenses 3 e tenhamos connosco uma vela acesa.
Disponíveis a receber a inspiração divina, benzemo-nos.
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor. Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
Tudo o que sou Tudo o que serei Entrego-te ó Senhor Este é o meu louvor
Sempre que eu canto Sempre que eu oro Tudo o que eu faço É p’ra Ti Jesus
Tudo o que sou Tudo o que me dás Entrego-te ó Senhor Este é o meu louvor
Fazendo uma retrospetiva e valorizando o que conseguimos ultrapassar, como fomos capazes de melhorar e controlarmo-nos nas alturas difíceis, agradeçamos ao Senhor do fundo do coração.
Concentremo-nos para ouvir, na voz de um de nós, a leitura da carta de São Paulo aos Colossenses 3, 1-5.9-11
Irmãos: Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus. Afeiçoai-vos às coisas do alto e não às da terra. Porque vós morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a vossa vida, Se manifestar, também vós vos haveis de manifestar com Ele na glória. Portanto, fazei morrer o que em vós é terreno: imoralidade, impureza, paixões, maus desejos e avareza, que é uma idolatria. Não mintais uns aos outros, vós que vos despojastes do homem velho com as suas ações e vos revestistes do homem novo, que, para alcançar a verdadeira ciência, se vai renovando à imagem do seu Criador. Aí não há grego ou judeu, circunciso ou incircunciso, bárbaro ou cita, escravo ou livre; o que há é Cristo, que é tudo e está em todos.
Jesus, meu Deus e Senhor, Tu és meu Deus e eu sou teu. Que a Palavra que escutámos seja bálsamo para o meu entendimento.
Neste texto, o apóstolo São Paulo exorta-nos a “aspirar às coisas do alto”. “Aspirar” é desejar profundamente, procurar com o coração e com toda a energia aquilo que é celestial, aquilo que vem de Deus. Esta reflexão apresenta algumas maneiras de colocar este desejo em prática.
“Aspirar às coisas do alto” é viver um processo de desapego O desapego dos apelos do mundo não é uma tarefa fácil pois somos constantemente bombardeados por influências que nos chamam a procurar prazeres efémeros. “Aspirar às coisas do alto” é um convite a ajustar as nossas prioridades e desejos ao que é eterno, ao que vem de Deus e não ao que é temporário e passageiro. Isto implica renunciar ao consumismo e desta forma o nosso coração não procurar a satisfação nas coisas materiais, mas voltar-se para as coisas espirituais; implica viver de maneira mais simples e colocar mais valor nas relações, na espiritualidade, no serviço ao próximo ao invés de acumular bens e status.
“Aspirar às coisas do alto” é viver com uma perspetiva de eternidade “Aspirar às coisas do alto” não significa que devemos abandonar e desprezar as nossas responsabilidades quotidianas ou negligenciar as questões práticas da vida mas diz-nos em que perspetiva devemos colocar estas coisas. Muitas vezes o mundo atrai-nos com promessas de sucesso material, prazer imediato e status social, mas estas coisas são temporárias e, no final, não preenchem o coração humano de maneira duradoura. As “coisas do alto” são aquelas que vêm de Deus: a graça, a verdade, a fé, a esperança, a caridade, a vida eterna. Quando aspiramos às coisas do alto, a nossa vida adquire um novo foco, uma nova prioridade e começamos a ver a vida não apenas numa perspetiva humana e imediata, mas numa perspetiva eterna e divina. Quando aspiramos às coisas do alto, a nossa vida espiritual é elevada, o nosso coração alinha-se com o coração de Deus e, quando isto acontece, começamos a ver as situações quotidianas sob uma nova ótica que é uma ótica de eternidade e não de mundanidade.
“Aspirar às coisas do alto” é cultivar as virtudes cristãs Embora sejamos chamados a viver no meio das realidades quotidianas e sociais, a nossa identidade e os nossos valores devem ser fundamentados nas realidades espirituais e não nas tentações que o mundo oferece. Por isso, São Paulo diz-nos que devemos “fazer morrer” aquilo que pertence à velha natureza, como a “imoralidade, impureza, paixões, maus desejos, avareza” a mentira… e viver de maneira digna da nossa vocação em Cristo. Ao “aspirar às coisas do alto” somos chamados a uma nova identidade, somos chamados a viver de maneira diferente, a procurar o que Cristo procurou, a desejar o que Ele desejou, a valorizar o que Ele valorizou. “Aspirar às coisas do alto” é aceitar o convite de Cristo para viver segundo os valores do Seu Reino: justiça, paz, amor, perdão, humildade, generosidade, serviço, compaixão.
Como pessoas ressuscitadas em Cristo, devemos procurar as coisas que Ele nos ensina, viver conforme o Seu exemplo e seguir o Seu caminho de santidade.
A Palavra de Deus que hoje nos é proposta contém interpelações profundas que devemos refletir:
Quais são os meus prazeres efémeros?
Como posso trocar a satisfação material pela espiritual?
Lembro-me da última situação em que consegui ver com os olhos de Jesus?
De que forma me esforço para seguir, ter e cumprir os valores de Jesus?
Sinto-me Santo? Valorizo-me como Santo? Ajo como Santo? Porquê?
Na certeza que o caminho é longo e desafiante, peçamos ajuda ao Pai, imitando o Filho e deixando-nos inspirar pelo Espírito Santo, enumerando o que nos faz falta, sem esquecer todos aqueles que andam desviados do caminho da santidade.
Com entusiasmo, de olhos fechados e atentos a cada palavra, rezemos confiadamente:
Jesus, acompanha-me no meu dia a dia, não me deixes ser vencido pelo cansaço e facilitismo, dá-me os sinais necessários para seguir os teus passos e ser cada vez melhor pessoa. Prometo ser mais atento, valorizar os detalhes e viver para os outros… com amor! Que este seja o meu lema de vida.
Prontos para seguir o exemplo de Jesus, sigamos o caminho da santidade com a bênção…
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, Ámen.