Semana de 27 de julho a 2 de agosto de 2025 XVII DOMINGO COMUM – ANO C
Hoje podemos sentar-nos, por exemplo, no sofá da sala, onde acolhemos as nossas visitas! Deixemo-nos envolver pelo silêncio, a calma e a ternura de estarmos juntos, em família, onde Jesus se faz convidado! Imaginemos que o sorriso de cada um, é o de Jesus, cheio de amor! Com a Bíblia aberta em Lucas 11, acendamos uma vela quando nos sentirmos preparados para começar.
Confiantes no coração do Pai que nos ama, escuta e cuida, benzemo-nos.
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor. Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
Em nome do Pai…
Sintamos a força, o amor do Pai e o céu abrir-se para nós, quando oramos e O Louvamos…
Encontramos Deus no silêncio da oração; nas Suas palavras que acalmam, na Sua presença que nos sustenta e na confiança no Seu amor, sempre disponível e atento. Com fervor e dedicação expressemos a nossa gratidão ao Pai, por tantas graças que nos dá.
Aprofundamos a nossa relação com Deus, escutando, na voz de um de nós, a “Palavra” anunciada em Lc 11, 1-11
Naquele tempo, Estava Jesus em oração em certo lugar. Ao terminar, disse-Lhe um dos discípulos: «Senhor, ensina-nos a orar, como João Baptista ensinou também os seus discípulos». Disse-lhes Jesus: «Quando orardes, dizei: ‘Pai, santificado seja o vosso nome; venha o vosso reino; dai-nos em cada dia o pão da nossa subsistência; perdoai-nos os nossos pecados, porque também nós perdoamos a todo aquele que nos ofende; e não nos deixeis cair em tentação’». Disse-lhes ainda: «Se algum de vós tiver um amigo, poderá ter de ir a sua casa à meia-noite, para lhe dizer: ‘Amigo, empresta-me três pães, porque chegou de viagem um dos meus amigos e não tenho nada para lhe dar’. Ele poderá responder lá de dentro: ‘Não me incomodes; a porta está fechada, eu e os meus filhos estamos deitados e não posso levantar-me para te dar os pães’. Eu vos digo: Se ele não se levantar por ser amigo, ao menos, por causa da sua insistência, levantar-se-á para lhe dar tudo aquilo de que precisa. Também vos digo: Pedi e dar-se-vos-á; procurai e encontrareis; batei à porta e abrir-se-vos-á. Porque quem pede recebe; quem procura encontra e a quem bate à porta, abrir-se-á.
Debrucemo-nos sobre a riqueza destes ensinamentos.
Neste texto do Evangelho, ao falar da oração, Jesus manda-nos pedir, procurar e bater. Que implicações podem ter estas três atitudes na nossa oração?
Primeiro: A oração é um ato de confiança em Deus Ao convidar-nos a pedir, procurar e bater, Jesus ensina-nos a ter confiança em Deus. Estas ações são um ato de dependência e reconhecimento de que Deus é a fonte de tudo o que precisamos. Quando pedimos, procuramos e batemos, reconhecemos que não podemos viver por nós mesmos mas precisamos do auxílio divino em todas as áreas da nossa vida, acreditamos que Deus, na sua bondade e misericórdia, responderá às nossas orações, embora a sua resposta possa vir no Seu tempo e de acordo com a Sua vontade. Jesus ensina-nos que Deus está sempre disponível para nos ouvir e atender e por isso não estamos sozinhos ou distantes de Deus.
Segundo: A oração leva-nos a agir Jesus ensina-nos que, ao pedir a Deus, também devemos procurar e bater com intencionalidade. Procurar e bater significa não apenas esperar que as coisas caiam do céu, mas também envolvermo-nos no processo de transformação, de descoberta e de crescimento espiritual. Procurar e bater são um convite a sermos proativos na nossa fé e irmos além do simples pedir. A oração não é apenas um pedido verbal, mas também um movimento da nossa vontade e do nosso coração. Ao procurar e bater, estamos a dizer que tomamos a iniciativa de ir até Deus, de procurá-l’O com fervor e dedicação. A oração deve ser ativa e não passiva e, neste sentido, Deus chama-nos a procurar ativamente a Sua presença e a Sua vontade.
Terceiro: A oração exige persistência e perseverança Jesus diz-nos “peçam”, “procurem” e “batam” e desta forma mostra-nos que a oração não é algo que deve ser feito uma vez e desistir. A oração exige uma ação contínua, persistente e perseverante. Na nossa vida de oração, muitas vezes sentimo-nos desanimados ou frustrados porque as respostas não vêm rapidamente ou porque a situação não parece mudar, no entanto, Jesus lembra-nos que não devemos desistir. A oração não deve ser vista com algo pontual ou ocasional mas como um diálogo constante com Deus, onde a perseverança é uma virtude importante. Procurar e bater simbolizam a disposição de continuar a clamar a Deus, sabendo que Ele nos ouvirá.
Quarto: A oração aproxima-nos de Deus A oração deve ser vista como uma forma de aproximação e relacionamento com Deus. Quando pedimos, procuramos e batemos demonstramos que o nosso desejo de nos aproximarmos de Deus é genuíno e inabalável, cultivamos uma relação intimidade com o Pai e estamos a estabelecer um diálogo constante com Ele. As palavras “pedir”, “procurar” e “bater” têm um caráter forte de relação e, se assim é, então não estamos diante dum Deus distante mas dum pai que está sempre atento às necessidades dos Seus filhos. A oração não é apenas uma petição, mas uma abertura para receber aquilo que Deus tem para nós. Pedir, procurar e bater são um convite para entrar num relacionamento profundo com Deus para que Ele nos dê a Sua graça, sabedoria e poder para lidar com as nossas dificuldades.
Deus chama-nos a procurar ativamente a Sua presença e a Sua vontade! E Jesus, ensina-nos que “pedir, procurar e bater”, em oração, aproxima-nos desse relacionamento profundo com Deus. Querendo procurá-l’O com fervor e dedicação, incluindo-O em cada momento das nossas vidas, reflitamos.
A minha oração é uma conversa íntima com Deus, ou apenas uma lista de pedidos?
Quando rezo, expresso confiança na ação do Pai, ou mostro ansiedade e imperiosidade para obter os resultados que pretendo?
Tenho sido perseverante na oração ou desisto facilmente?
Como me preparo para rezar? É espontâneo? Preciso de um espaço e ambiente propício?
Alguma vez senti a presença de Deus em mim, durante uma oração?
Deus, na Sua bondade e misericórdia, responde às nossas orações e dá-nos a Sua graça e sabedoria para lidarmos com as nossas dificuldades. Ele acolhe as nossas lágrimas, as nossas dúvidas, as nossas fraquezas, os nossos pedidos… E porque “quem pede recebe; quem procura encontra e a quem bate à porta, abrir-se-á”, com confiança, peçamos ao Pai o que tanto necessitamos.
Hoje, ajoelhemo-nos para rezar como Jesus nos ensinou… Lentamente e meditando cada palavra…
Senhor, ensina-me a perseverar na oração, a bater sem desistir, a buscar sem me cansar, a crer e a confiar, mesmo quando não vejo a resposta! Que eu saiba agradecer-Te e reconhecer o quanto que já fui atendido, mesmo sem perceber!
Dispostos a receber aquilo que Deus tem para nós, benzemo-nos.