Semana de 23 a 29 de junho de 2024 XII DOMINGO COMUM – Ano B
É normal duvidar, é normal deixar que as nossas preocupações quotidianas nos assaltem e ocupem o nosso tempo. Porém, também é normal reservarmos um momento para rezar, para meditar, para pedirmos clarividência e fé… Tenhamos a Bíblia aberta em Marcos 4, 35 e uma vela acesa junto a nós.
Sustentados pelo amor fiel e vigilante de Jesus, benzemo-nos
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor. Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
Em nome do Pai…
Louvemos Jesus caminho, luz e esperança; o “salva-vidas” com uma mão estendida à espera de nos agarrar…
Se o amor é o que dizes, 4 letras de seguida Uma palavra que se diz ou que nunca te disseram E usas todas as desculpas p’ra ninguém poder entrar E essa nuvem à tua volta é o teu único amigo
E todos dizem que desaparece, mas não, não E todos te dizem que um dia vai mudar Mas não sabes, se isso vai acontecer
Mas há um caminho, há uma luz Há uma esperança para te agarrares Um salva-vidas que te persegue Com uma mão, já à tua espera E se acreditas eu prometo que tu não estarás só Há um caminho, verdade e vida e caminho
Se o amor fosse alguém e a palavra carne e osso Será que o reconhecias, ainda que Ele te acompanhasse? Pensas que estás só, tens de te virar sozinho, sozinho Será que há alguém que te ajude quando cais? Pois não sabes, se te consegues levantar
Mas há um caminho, há uma luz Há uma esperança para te agarrares Um salva-vidas que te persegue Com uma mão, já à tua espera E se acreditas, eu prometo que tu não estarás só Há um caminho, verdade e vida, e caminho
A tua vida vale a pena O amor é maravilhoso Deixa os teus problemas para trás Para trás
Se o amor fossem palavras, eu estaria como tu
Mas é muito mais que isso, e ele está à tua espera
Há um caminho, há uma luz Há uma esperança para te agarrares Um salva-vidas que te persegue Com uma mão, já à tua espera E se acreditas eu prometo que tu não estarás só
Com o coração aberto a Deus omnipotente de amor ilimitado, cuja grandeza e mistério ultrapassam infinitamente a nossa capacidade de compreensão, saltemos sem medo para os Seus braços. Cheios de amor, confiantes e gratos pela Sua bondade e sabedoria, elevemos a nossa voz para Lhe agradecermos o tanto que d´Ele recebemos.
Preferencialmente, diretamente da nossa Bíblia, vamos escutar a Palavra de Deus
Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse aos seus discípulos: «Passemos à outra margem do lago». Eles deixaram a multidão e levaram Jesus consigo na barca em que estava sentado. Iam com Ele outras embarcações. Levantou-se então uma grande tormenta e as ondas eram tão altas que enchiam a barca de água. Jesus, à popa, dormia com a cabeça numa almofada. Eles acordaram-n’O e disseram: «Mestre, não Te importas que pereçamos?» Jesus levantou-Se, falou ao vento imperiosamente e disse ao mar: «Cala-te e está quieto». O vento cessou e fez-se grande bonança. Depois disse aos discípulos: «Porque estais tão assustados? Ainda não tendes fé?» Eles ficaram cheios de temor e diziam uns para os outros: «Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?»
Com a certeza da nossa fé, esforcemo-nos para compreender a mensagem do texto.
Este texto do Evangelho fala da tempestade provocada pela força do vento e do mar. O cenário é fácil de perceber: barca, vento forte, ondas altas, água na barca, medo e angústia dos discípulos que se sentem sós e perdidos. No meio deste grande temporal, os discípulos ficam apavorados porque a tempestade é muito forte, maior que as suas forças, a ponto de deixar em pânico aqueles experientes discípulos e por isso gritam por Jesus.
A repreensão Jesus acalma a tempestade e repreende os discípulos em dois tempos.
Primeiro: “Porque estais tão assustados?” A palavra traduzida por “assustados” no original é “deiloi” que significa “medo covarde”. Esta palavra refere-se às pessoas que recuam perante o perigo ou medo, ou que não demonstram coragem. Mudando a tradução, Jesus diz: “porque sois tão covardes?” Isto é uma facada. Jesus diz que os seus discípulos são covardes porque não confiam nele e isto é um alerta para todos nós pelas vezes em que não confiámos em Deus e agimos do mesmo modo que os discípulos.
Segundo: “Ainda não tendes fé?” O grande problema não eram as ondas gigantes que batiam contra a barca mas a incredulidade que dominava o coração dos discípulos. O grande problema não era a tempestade grande mas sim a fé pequena no grande Senhor. O maior perigo não era externo mas interno. Jesus já tinha dado provas suficientes de ser Ele o enviado e mesmo assim não acreditam. Os discípulos já tinham escutado muitos ensinamentos de Jesus, já tinham visto o Senhor a realizar muitas curas, expulsar demónios, perdoar os pecados mas ainda continuam incrédulos. E nós? Temos a Bíblia que nos relata todas as coisas que Jesus fez e pode fazer, temos o testemunho de outras pessoas ao nosso redor e vimos o que Ele fez por elas, vemos o seu agir nas nossas próprias vidas mas quando o temporal se levanta, achamos que Deus não se importa connosco. Que bom seria se pudéssemos confiar nele mas muitas vezes não o fazemos.
Causas da falta de fé A falta de fé dos discípulos deve-se, especialmente, a duas causas:
Primeira: Os discípulos não acreditaram nas palavras e promessa de Jesus. O Senhor tinha dito: “passemos à outra margem do lago”. Jesus não disse: “passemos para o meio do mar para naufragarmos e morrermos afogados.” Jesus já tinha determinado que eles chegariam ao destino. A nossa fé é sempre baseada na Palavra de Deus e os discípulos esqueceram-se que, quando o Senhor fala, Ele cumpre. Jesus não disse que a viagem seria calma e fácil mas garantiu que chegariam ao destino. A Palavra de Deus não promete uma vida sem luta e sem tempestades, mas promete-nos uma vida de vitória no meio da luta: a vida eterna.
Segunda: Os discípulos esqueceram-se da presença de Jesus. Naquela noite, havia outras embarcações no mar, mas apenas uma continha o Senhor. Havia uma tempestade mas Jesus estava com eles no barco. Ao navegarmos no mar da vida, precisamos ter a certeza de que Jesus viaja connosco na nossa embarcação porque ter Jesus na nossa barca faz toda a diferença. Os discípulos puderam invocar Jesus porque Ele estava com eles e assim puderam experimentar o seu poder e a sua paz. Apesar das circunstâncias, não navegamos sozinhos, Deus está connosco na barca.
Jesus vai connosco no mesmo “barco” e na “viagem” da nossa vida é imperioso encontrarmos tempo, espaço e disponibilidade para nos sentarmos ao Seu lado, para falarmos com Ele, para escutarmos as Suas palavras e para acolhermos a paz que Ele nos oferece, ainda que o tumulto hostil e ensurdecedor do mundo nos angustie ou paralise de medo. Reflitamos:
Confio em Jesus? Sinto que Ele é mais forte do que todos os ventos e marés que tenho de enfrentar?
Duvido da importância que tenho para o Senhor?
Acredito na vida eterna, reconhecendo que o caminho é tempestuoso e desafiante?
Viajo tranquilo, com a certeza de que o barco de Jesus chegará a bom porto?
A vida pode ter momentos assustadores, momentos de inquietação e de crise em que perdemos o pé e sentimos que nos afundamos. Com Jesus no comando e entregues, com humildade e com total confiança, nas mãos de Deus omnipotente e cheio de amor, tornamo-nos aptos a enfrentar todo o tipo de tempestades. Reconhecendo Deus como o nosso porto seguro, entreguemos-Lhe os nossos pedidos, sem esquecer as necessidades dos outros.
Disponíveis para a aceitar a vontade do Pai, rezemos confiadamente
Deus, permite que os acontecimentos do mundo e a agitação inquieta dos homens obedeçam aos Teus desígnios, como o mar em fúria obedeceu às ordens do Teu Filho Jesus. Pai, concede-me uma fé profunda que permita manter-me sereno frente às tribulações da vida, certo de que estás comigo e contigo tudo vencerei!
Com entusiasmo e perseverança na Fé no Mestre protetor e no Deus connosco, benzemo-nos
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ámen.