Semana de 31 de março a 6 de abril de 2024 PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO DO SENHOR – Ano B
Cristo ressuscitou, Aleluia! Aleluia! Cristo está no meio de nós, vive em nós! Reunidos e aconchegados pelo amor transbordante de Deus vivo, façamos a nossa oração familiar no espaço onde recebemos a cruz pascal (se o fizermos). Tenhamos a Bíblia aberta em Mc 16, 1-7 e acendemos a vela (da Vigília Pascal, se tivermos) quando estivermos prontos a iniciar.
Perplexos com o verdadeiro Amor que faz nascer a Vida plena, a Vida em abundância, a Vida verdadeira e eterna, benzemo-nos
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor. Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
Em nome do Pai…
Jesus, cujo sangue escorreu por nós, é a nossa força, a nossa salvação e a Sua mão acolhe o nosso coração. Com franca gratidão, louvemos o ressuscitado!
Como entregar minha vida por ti Como tu fizeste por mim Como agradecer o sacrifício na cruz Como expressar minha gratidão Tu és o amante da minha vida Tu és a beleza que me conquistou Tu és minha força na minha fraqueza E teu é o sangue que escorreu por mim Como poderei esquecer-me de ti
Tu és Jesus Tu és Jesus E tua é a mão que acolheu meu coração Tão grato estou, tão grato estou Tão grato estou por teres me dado a salvação
Como entregar minha vida por ti Como tu fizeste por mim Como agradecer o sacrifício na cruz E como expressar a minha gratidão Tu és o amante da minha vida Tu és a beleza que me conquistou Tu és minha força na minha fraqueza E teu é o sangue que escorreu por mim Eu como poderei esquecer-me de ti
Tu és Jesus, oh, tu és (Tu és Jesus) oh, tu és Jesus E tua até a mão que acolheu meu coração (Tão grato estou) tão grato estou Jesus Tão grato estou Tão grato estou por teres me dado a salvação
Com alegria, acolhemos a Boa notícia da ressurreição, o mistério central da fé cristã, que manifesta a vitória da Vida sobre a morte, do Amor sobre o ódio, do Bem sobre o mal, da Verdade sobre a mentira, da Luz sobre as trevas! A Páscoa produz em nós algo novo! Abramos o nosso coração para uma verdadeira experiência de vida com Cristo Ressuscitado e façamos a nossa sentida oração de gratidão.
Renovemos, a cada dia, a nossa fé num Deus vivo e presente! Escutemos atentamente a mensagem presente em Mc 16, 1-7
Depois de passar o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para irem embalsamar Jesus. E no primeiro dia da semana, partindo muito cedo, chegaram ao sepulcro ao nascer do sol. Diziam umas às outras: «Quem nos irá revolver a pedra da entrada do sepulcro?». Mas, olhando, viram que a pedra já fora revolvida; e era muito grande. Entrando no sepulcro, viram um jovem sentado do lado direito, vestido com uma túnica branca, e ficaram assustadas. Mas ele disse-lhes: «Não vos assusteis. Procurais a Jesus de Nazaré, o Crucificado? Ressuscitou: não está aqui. Vede o lugar onde O tinham depositado. Agora ide dizer aos seus discípulos e a Pedro que Ele vai adiante de vós para a Galileia. Lá O vereis, como vos disse».
Quão plena a mensagem que podemos descobrir neste texto! Tentemos percebê-la.
“Não está aqui”. Depois da morte de Jesus na cruz, o Seu corpo foi colocado num túmulo. Normalmente, era ali que o mesmo deveria ser encontrado nos dias seguintes, mas, quando as mulheres foram a esse lugar, na madrugada de domingo para O embalsamar, ficaram surpresas ao verem que o túmulo estava vazio. De facto, o Senhor Jesus tinha ressuscitado. Era inútil procurá-l’O no túmulo. Neste Evangelho, um jovem diz às mulheres: “não está aqui”.
Quantas pessoas estão a agir como as mulheres a caminho do sepulcro? Quantas pessoas gastam o tempo, esforço, determinação e esperanças na direção errada? Na verdade, querem o que é certo, procuram o que é certo mas procuram no lugar errado. Hoje, é possível procurar Jesus no lugar errado. Podemos tentar encontrá-l’O nas diferentes opiniões humanas que há acerca d’Ele e, neste sentido, temos muito por onde escolher, mas não O encontraremos desta forma porque são opiniões de outros e não é fruto duma experiência pessoal. Também podemos procurá-l’O através de especialistas em assuntos religiosos, mas deste modo também não O encontraremos porque não fazemos encontro pessoal com o Senhor. Podemos ainda tentar procurá-l’O dum modo mais intelectual com muitos conhecimentos, muitos livros acerca de Jesus, mas não é assim que o encontraremos porque saber muito sobre Jesus não quer dizer que eu o ame. Procurar desta forma é procurar onde Ele não está, é procurar no túmulo entre os mortos.
Aqui mesmo, na nossa Igreja, na prática da nossa espiritualidade que muitas vezes é só uma religiosidade, encontramos tantos que insistem na morte, na fé morta que não tem prática nem relação com a vida quotidiana, que não tem vivência de comunidade, nem dedicação, nem compromisso, nem consagração, nem oração, nem piedade. Fé que insiste no túmulo vazio. É sempre mais fácil e cómodo sentar-se e chorar à porta do túmulo e, desta forma, viver uma espiritualidade egoísta e fechada em si mesma do que levantar-se e procurar o Senhor Jesus.
Onde está? “Ressuscitou”, disse o rapaz vestido de túnica branca. Se ressuscitou não está no túmulo e não podemos encontrar entre os mortos o que vive. Se queremos encontrar Jesus, temos de O procurar nas suas divinas presenças.
Presente na Eucaristia Na eucaristia, Jesus faz-se presente no Pão e Vinho. “Fazei em memória de Mim”, disse Jesus. A eucaristia é a celebração da Ceia do Senhor Jesus atualizada, onde ele se faz Pão da vida e alimento para a nossa caminhada.
Presente na Palavra Jesus está presente na Sagrada Escritura que é fonte de graça, vida e força. Palavra que salva, purifica, alimenta e gera vida, tendo Jesus como “pedra angular”. É na Bíblia que encontramos mensagem da vida de Jesus.
Presente na Igreja Jesus prometeu estar presente na Igreja e com ela até ao fim dos tempos. Jesus está vivo na comunidade dos crentes que se reúnem em seu nome porque “onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome eu estarei no meio deles”.
Presente no irmão O outro é um sinal, um sacramento vivo da presença de Jesus por isso Ele pode afirmar que “tudo o que fizerdes a um dos meus irmãos mais pequeninos a mim o fizestes”. Sempre que amamos o outro estamos a tornar presente o Evangelho de Jesus e a sua mensagem de amor ao próximo. Amar à medida de Jesus é torná-l’O presente no meio de nós.
A vida de fé consiste no desejo ardente de estar com o Senhor e, portanto, numa busca contínua do lugar onde Ele habita. Reflitamos:
Como experiencio a Eucaristia? O que sinto a comungar Jesus?
Que tempo dedico à Palavra de Deus? Quando é que peguei na Bíblia e meditei o que li?
De que forma vivo a minha fé em grupo e em comunidade? Ou passo esta vivência apenas individualmente ou com a família?
Transmito altruistamente amor aos outros? Vivo com amor, pelo amor e no amor?
Qual foi o momento em que encontrei Jesus da forma mais próxima e íntima?
A ressurreição de Jesus significa que o medo, a morte, o sofrimento e a injustiça deixam de ter poder sobre a pessoa que ama, que se dá e que partilha a vida com os outros… Enfrentemos o mundo com a serenidade que nos vem da fé e da alegria da incontestável presença de Cristo ressuscitado no nosso caminho… Humildemente, façamos-Lhe os nossos pedidos.
Ansiosos por partilhar com o mundo esta mensagem de alegria e de esperança que revivemos nesta manhã de Páscoa, rezemos
Jesus, aquele que Te ama deveras não descansa até Te encontrar. E como posso eu procurar-Te? Sim, bem sei, procuro-Te quando não me procuro a mim, quando desejo fazer o bem aos meus irmãos, quando perdoo, quando compreendo, quando ajudo os meus irmãos a caminhar para Ti, mesmo à custa de sacrificar os meus interesses pessoais. Quem Te busca sai de si. Ajuda-me, com a Tua graça, a ser o mais fiel possível às Tua inspirações que me arrastam para fora de mim ao encontro do irmãos. Assim seja. (S. João da Cruz)
Abençoados pela presença de Cristo ressuscitado, que está vivo e caminha ao nosso lado, benzemo-nos