Semana de 28 de janeiro a 3 de fevereiro de 2024 IV DOMINGO DO TEMPO COMUM – Ano B
Vamos estar com Ele!!! Vamos estar intimamente com Jesus! Vamos pensar na nossa vida e vamos esquecer tudo o resto, todas as nossas preocupações. Vamos aproveitar… preparando o espaço e o coração da melhor forma que conseguirmos…
Confiantes que Jesus, com a autoridade que lhe vem do Pai, renova e transforma os nossos corações, benzemo-nos
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor. Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
Em nome do Pai…
Temos um caminho a seguir… Louvemos a Deus que nos guia na noite escura e é um farol no mar das nossas aflições.
Pro horizonte vou Tenho um caminho a seguir Indo para o lar Onde encontrarei a tua paz
Tu me guiarás por vales que temia Noite escura és meu guia Um farol para o meu mar de aflições
Deixarei pra trás Todo mal que me desfaz Deixarei pra trás Todo mal que me desfaz
Pro horizonte vou Tenho um caminho a seguir Indo para o lar Onde encontrarei a tua paz
Tu me guiarás por vales que temia Noite escura és meu guia Um farol para o meu mar de aflições
Deixarei pra trás Todo mal que me desfaz Deixarei pra trás Todo mal que me desfaz
Conto os dias pra viver O dia em que te encontrarei E em teus braços vou viver em paz Conto os dias pra te ver E nada vai nos separar E em teus braços vou viver em paz
Deixarei pra trás Todo mal que me desfaz Deixarei pra trás Todo mal que me desfaz
Com o coração desperto e a nossa vida ancorada nos ensinamentos de Jesus, nossa fonte inesgotável de alegria e de paz, demos testemunho, no meio do mundo, da felicidade que é estar ao serviço de Deus e dos irmãos. Com um sorriso nos lábios, sinónimo de profunda gratidão e reconhecimento pelas graças que recebemos de Deus, façamos-Lhe a nossa oração de agradecimento.
Vamos ler em Marcos 1, 21-28 a reação das pessoas à atitude de Jesus.
Jesus chegou a Cafarnaum e quando, no sábado seguinte, entrou na sinagoga e começou a ensinar, todos se maravilhavam com a sua doutrina, porque os ensinava com autoridade e não como os escribas. Encontrava-se na sinagoga um homem com um espírito impuro, que começou a gritar: «Que tens Tu a ver connosco, Jesus Nazareno? Vieste para nos perder? Sei quem Tu és: o Santo de Deus». Jesus repreendeu-o, dizendo: «Cala-te e sai desse homem». O espírito impuro, agitando-o violentamente, soltou um forte grito e saiu dele. Ficaram todos tão admirados, que perguntavam uns aos outros: «Que vem a ser isto? Uma nova doutrina, com tal autoridade, que até manda nos espíritos impuros e eles obedecem-Lhe!» E logo a fama de Jesus se divulgou por toda a parte, em toda a região da Galileia.
Vamos aprofundar este texto que tem tanto para nos fazer pensar
Autoridade e autoritarismo Há um elemento comum entre autoridade e autoritarismo: o poder. A autoridade tem a ver com o reconhecimento daquele que é autoritário como alguém de autoridade. Aquele que admiramos (amigo, profissional) é uma autoridade para nós. Autoridade tem a ver com admiração e respeito e não somente com obediência e submissão. A autoridade impõe pelo exemplo e tem em conta o outro. O autoritarismo é uma afirmação de força e domínio, impõe-se sem convencer, nada faz para tornar credíveis as convicções que diz defender. Quando existe autoridade, as pessoas agem motivadas por quem a tem, visualizando o alcance do objetivo, uma proposta de crescimento. Quando é o autoritarismo que prevalece, as pessoas também agem mas não existe motivação; existe medo, censura e ameaças.
O autoritarismo dos fariseus Em Mateus 23, 2-3, Jesus tratou de apresentar o motivo por que os fariseus e escribas não tinham autoridade quando pregavam, afirmando: “os doutores da Lei e os fariseus instalaram-se na cátedra de Moisés. Fazei, pois, e observai tudo o que eles disserem, mas não imiteis as suas obras, pois eles dizem e não fazem.” Aqueles líderes religiosos ensinavam algo que eles mesmos não cumpriam, era o famoso “façam o que eu digo e não o que eu faço”. Uma vez que não eram coerentes com aquilo que ensinavam, a incoerência destes mestres tornou-se fonte de confusão o que levava o povo a pensar que não era possível viver a Palavra de Deus. Além disto, os mestres da lei frequentavam a sinagoga para ensinar a presevar tradições, repetir fórmulas, cumprir preceitos com aparato de dominação, opressão e autoritarismo.
A autoridade de Jesus A diferença entre a pregação inovadora de Jesus e a tradicional dos mestres da lei foi percebida pelo povo e por isso “todos se maravilhavam com a sua doutrina, porque os ensinava com autoridade e não como os escribas”. A autoridade de Jesus era conhecida pelo povo por causa da sua inegável coerência o que naturalmente levava as pessoas a uma resposta de obediência que lhes garantia a liberdade e uma vida nova. O ensinamento de Jesus não se baseia em teorias ou especulações, nem lhe vem pela idade, curso superior, voto ou lugar de poder mas pela coerência de vida. Em Jesus não há desacordo entre o ser, dizer e fazer e por isso a admiração do povo e a sua reconhecida autoridade. As palavras de Jesus não são vazias, não são frases mais ou menos bonitas mas traduzem-se em factos, em ações de libertação do povo. A autoridade de Jesus atraia e por isso “todos se maravilhavam com a sua doutrina” porque não era baseada em relativismos, no subjetivismo mas alicerçada na autoridade suprema, na sua relação de fidelidade ao Pai. A autoridade de Jesus incomodava porque punha em cheque a religião de subsistência, dos ritos vazios de vida, da ideia dum Deus distante ou indiferente ao quotidiano. Todo o ensinamento de Jesus é feito com liberdade e para a liberdade. A autoridade de Jesus liberta do mal. Jesus dá ordem ao espírito impuro e ele saiu daquele homem. Jesus não pediu para ele sair, Jesus ordenou e ele não teve outra saída senão obedecer.
Numa sociedade cada vez mais marcada por tiques de autoritarismo que nos tenta adoutrinar pela superficialidade e sensacionalismo precisamos de seguir e aprender com Aquele que tem e é a verdadeira autoridade: Jesus.
Jesus fala-nos com coragem, frontalidade… com autoridade! O que Ele diz são palavras sinceras, convincentes, que vêm de Deus, têm a marca de Deus e mexem com os nossos corações. Reflitemos:
No trabalho, na escola ou em casa, reconhecem a minha autoridade ou receiam o meu autoritarismo?
A quem reconheço mais autoridade?
Sigo e aprendo com Aquele que tem e é a verdadeira autoridade: Jesus?
O que posso fazer para melhorar?
A Palavra de Jesus não é dita de cor, mas pronunciada do coração para atingir o coração; é Palavra que nos alimenta, faz crescer e conforta… Sustentados pelo Seu amor incondicional e ilimitado, dirijamos-Lhe os nossos pedidos, em voz alta.
Disponíveis para caminhar com Jesus, rezemos com Ele
Jesus, que firmado no Teu amor, transformado pelas Tuas palavras de autoridade e seguindo o Teu exemplo, eu seja capaz de… no egoísmo, contrapor com doação e partilha; no orgulho e autossuficiência, contrapor com o serviço simples e humilde a Deus e aos irmãos; na exclusão, propor a tolerância e a misericórdia; na injustiça, no ódio e na violência, contrapor com o amor sem limites; no medo, contrapor com a liberdade; na morte, contrapor com a vida.
Com fidelidade absoluta e total empenho em acolher as bençãos e a autoridade de Jesus, benzemo-nos