Semana de 30 de julho a 5 de agosto de 2023 XVII DOMINGO DO TEMPO COMUM – Ano A
É fácil concordar que a qualidade da oração depende da nossa vontade de estar com Ele. É evidente que a rotina, o facilitismo e o comodismo dificulta a relação com Deus, contrariamente ao esforço, à dedicação e ao sacrifício que nos aproxima d’Ele e melhora a qualidade da oração. Avaliemos o que precisamos de fazer para sair da nossa zona de conforto e sermos discípulos do Senhor. Preparemos a Bíblia em Mt 13, 44 e acendamos uma vela para dar início ao nosso momento.
Inquietos para conceber um coração sábio e esclarecido, benzemo-nos
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor. Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
Em nome do Pai…
Com a nossa vida entregue a Deus, que nos fortalece e estende a mão para nos abençoar, louvemo-Lo
Não te conformes com o que o mundo te dá Transforma a tua mente, deixa Deus te guiar O mundo passa e tudo o que nele há Entrega a tua vida, Deus vai te abençoar
Oh Oh-oh Oh-oh Oh-oh Oh Oh-oh Oh-oh
Não te assombres, a temer nada há Pois Deus é contigo te fortalecerá Em terra seca Deus faz água brotar Sua mão está estendida para te abençoar
Muda o teu mundo, com a Bíblia na mão Muda o teu mundo, de joelhos no chão Muda o teu mundo, fala a alguém de Jesus Muda o teu mundo, sê o sal, sê a luz, sê a luz
Não te envergonhes de avançar pela fé O caminho é estreito, mas está firme o teu pé Confia sempre na Palavra de Deus Prepara a tua vida para o Reino dos Céus
Ergue a tua voz, vamos cantar: “Jesus em breve voltará”
Muda o teu mundo, com a Bíblia na mão Muda o teu mundo, de joelhos no chão Muda o teu mundo, fala a alguém de Jesus Muda o teu mundo, sê o sal, sê a luz, sê a luz
Oh-oh Oh-oh Oh-oh Oh, sê a luz Oh-oh Oh-oh Oh-oh Oh, sê a luz Oh-oh Oh-oh Oh
Maravilhados com o Deus que nos ama, que vem continuamente ao nosso encontro, que nos aponta o caminho da vida plena e verdadeira, que nos desafia a identificarmo-nos com Jesus e que, com bondade, nos convida a integrar a Sua família, depositemos no Seu coração, a nossa sincera oração de agradecimento.
Naquele tempo, disse Jesus às multidões: “O reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido num campo. O homem que o encontrou tornou a escondê-lo e ficou tão contente que foi vender tudo quanto possuía e comprou aquele campo. O reino dos Céus é semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas. Ao encontrar uma de grande valor, foi vender tudo quanto possuía e comprou essa pérola.
Meditemos mais aprofundadamente o texto curto que acabámos de escutar…
Estas duas parábolas dizem-nos que o Reino de Deus pode ser encontrado ou procurado. O tesouro foi encontrado e não procurado. Alguém andava a cultivar o terreno e por acaso encontrou o tesouro. O Reino de Deus pode ser encontrado por acaso: numa leitura, no trabalho, numa conversa entre amigos, num folheto… Pedro encontrou e descobriu Jesus no final duma pesca milagrosa e Paulo no caminho de Damasco.
A pérola foi procurada como resultado duma busca. O comerciante não sabe o que procura mas está na busca. Todos nós procuramos algo na nossa vida mas muitas vezes procuram-se pérolas erradas e tesouros de lata. Alguns ouvintes de Jesus também estavam na busca de encontrarem o Reino de Deus. João e André foram atrás de Jesus depois da indicação de João Batista porque eles procuravam o Messias. Santo Agostinho encontrou Jesus porque andava na busca.
Depois de encontrar o Reino de Deus, qual deve ser a atitude de quem o descobre? Estas mesmas parábolas apresentam três atitudes:
Primeira: Urgência em tomar a decisão pelo Reino Há oportunidades na vida que são únicas, não podem ser desperdiçadas porque nunca se repetem. A escolha e decisão pelo Reino de Deus não podem ser prolongadas. Há cristãos que, embora conscientes do chamamento de Deus, não têm disposição para renunciar a determinados hábitos e comportamentos para seguir o Reino de Deus. Procura-se negociar com Deus o preço da pérola, não se quer perder nem o tesouro, nem o dinheiro, nem o terreno, queremos ficar com tudo e por isso não há decisão. Quando Jesus chamou os seus apóstolos, eles não ficaram a olhar e tomaram logo a decisão de seguir Jesus. Se eles e os santos da Igreja adiassem a decisão, ainda hoje poderíamos estar à espera de receber o Evangelho. Falta-nos descobrir o valor do Reino de Deus para que ele possa ser uma prioridade nas decisões da nossa vida.
Segunda: Largar tudo Para possuir o tesouro ou a pérola, sem hesitar, demorar ou pensar em fazer um negócio a meias, os protagonistas das parábolas vendem tudo. Pode parecer um pouco incompreensível, mas quem descobre o Reino de Deus encontra um tesouro. Se estiver convencido disso, devo dispor-me a renunciar a tudo o que puder para agarrar o Reino de Deus. A descoberta do Reino de Deus implica renúncia, implica largar tudo. O valor do Reino de Deus para cada um de nós mede-se pela renúncia. Se não estou disposto a abdicar de algo pelo Reino de Deus é sinal que não descobri o seu valor ou não tem grande valor para mim. Olhando para a vida dos apóstolos e dos santos percebemos como eles levaram isto a sério: Pedro, André, João, Mateus largaram tudo o que tinham e foram com Jesus. O mesmo se pode afirmar de S. Francisco de Assis que largou tudo, incluindo a roupa.
Terceira: A alegria Quem descobre um tesouro ou uma pérola fica alegre. Há gente que, na catequese e não só, ouviu falar do Evangelho, de Jesus Cristo, do Reino de Deus, mas nunca o considerou um tesouro a comprar a todo o custo nem se deu conta do seu valor, porque parece algo fraco e por isso continua triste. A alegria vem da importância do valor e isto gera desprendimento. Sem descobrir o verdadeiro valor, o que tivermos de abdicar e largar por causa do Reino será sempre um frete e nunca uma alegria.
Que o Senhor nos ajude a descobrir e a compreender o verdadeiro valor do Seu Reino para que deste modo possamos largar tudo e acolhê-lo com alegria e desprendimento.
Somos convocados a testemunhar, com palavras, com acções e com a vida, no meio dos irmãos que dia a dia percorrem connosco o caminho da vida, o mundo de paz, de amor, de fraternidade, de serviço, de reconciliação que Jesus veio anunciar e oferecer, como um “tesouro” precioso. Determinados a descobrir a alegria de fazer parte do Reino de Deus, consideremos as pistas:
Ando na busca? Procuro realmente as pérolas certas e o tesouro verdadeiro?
Se Jesus me chamasse, neste momento, seria capaz de largar tudo e O seguir?
O que me falta para descobrir o verdadeiro valor do Reino de Deus?
Será que já procurei mais do que agora, já estive mais decidido a seguir Jesus do que atualmente e será que já valorizei mais o Reino de Deus do que nesta fase da minha vida?
Por vezes, o nosso entusiasmo e fé em Deus, dão lugar à monotonia, à falta de empenho, a uma vivência “morna”, pouco exigente e pouco comprometida… Confrontados, a par e passo, com muitos valores e opções; é preciso a escolha e a decisão consciente de que o Reino é o valor mais importante! Cientes da alegria de uma fé transformadora e da presença incondicional do Pai, entreguemos-Lhe os nossos pedidos.
Na certeza que o Reino é serviço, perdão, tolerância, encontro e fraternidade, rezemos, devotamente
Senhor, entregues a Ti e transformados pelo Teu Espírito, concede-nos a coragem de procurar em toda a parte o tesouro da Tua presença. Estabelece no nosso coração, a riqueza do Teu amor, como um tesouro escondido e como um laço que nos conduz a Ti.
Atentos e comprometidos de forma decisiva, exigente e empenhada, com o tesouro de Deus, aceitemos as Suas bençãos