Semana de 25 de junho a 1 de julho de 2023 XII DOMINGO DO TEMPO COMUM – Ano A
A preparação do espaço e das condições para a realização da oração em família é importante na medida em que nós somos importantes para Deus e Deus para nós. Preparemo-nos para receber o Senhor… Tenhamos a Bíblia aberta em Mt 10, 26-33 e acendamos uma vela para dar início a este momento.
“Diante do Pai que está nos céus”, o nosso divino defensor e protetor, benzemo-nos
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor. Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
Em nome do Pai…
Fortalecidos por Deus, nossa Luz, que caminha sempre ao nosso lado, louvemo-lO
Não temas Sou contigo Não tenhas medo Te fortaleço, Sou Teu Deus
Mesmo que andes em vales Que te assombrem Em teus caminhos, Sou Tua luz
Eu vou estar Pra sempre ao seu lado Já entreguei minha vida por ti A noite vem, ainda estou contigo Até que o dia possa amanhecer. Uuhhh
Mesmo que andes em vales Que te assombrem Em teus caminhos, Sou Tua luz
Eu vou estar Pra sempre ao seu lado Já entreguei minha vida por ti A noite vem, ainda estou contigo Até que o dia possa amanhecer. UuUh
Não temas Sou contigo Não tenhas medo Te fortaleço, Sou Teu Deus
Fechemos os nossos olhos… Imaginemos que seguimos de mãos dadas com Jesus… Então, como criança embevecida, admiremos o Seu sorriso cativante e deixemo-nos maravilhar com o amor e a confiança que d´Ele imana… Entregues ao Mestre, elevemos a nossa voz, para Lhe agradecermos o tanto que nos oferta.
Experimentemos a alegria de escutar, na voz e um de nós, a Palavra viva do Evangelho, em Mt 10, 26-33, que nos mostra o caminho para o Pai
Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: “Não tenhais medo dos homens, pois nada há encoberto que não venha a descobrir-se, nada há oculto que não venha a conhecer-se. O que vos digo às escuras, dizei-o à luz do dia; e o que escutais ao ouvido proclamai-o sobre os telhados. Não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Temei antes Aquele que pode lançar na geena a alma e o corpo. Não se vendem dois passarinhos por uma moeda? E nem um deles cairá por terra sem consentimento do vosso Pai. Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Portanto, não temais: valeis muito mais do que os passarinhos. A todo aquele que se tiver declarado por Mim diante dos homens também Eu Me declararei por ele diante do meu Pai que está nos Céus. Mas àquele que me negar diante dos homens, também Eu o negarei diante do meu Pai que está nos Céus”.
Assistidos pelo Espírito Santo, tentemos compreender o texto que acabámos de escutar
Neste texto, Jesus utiliza três vezes a expressão “não temais”. A que tipo de medo Jesus se refere e a quem devemos ou não temer?
Primeiro: É normal ter medo Deus criou o ser humano e outras criaturas com a capacidade de reconhecer e reagir ao medo. Este é uma manifestação do nosso instinto de conservação e defesa e serve para nos proteger. É uma reação às ameaças para a nossa vida, a resposta a um verdadeiro ou suposto perigo. Há palavras que são simplesmente assustadoras: assalto, homicídio, cancro, guerra, inferno, doença, engano, solidão… Não é pecado ficar assustado quando encaramos um cão bravo, um assaltante ou outra situação ameaçadora para a nossa vida.
Segundo: O medo e a decisão Ao dizer “não temais”; Jesus não se refere às reações naturais aos perigos que enfrentamos no dia-a-dia. A questão não tem a ver com a adrenalina mas sim com a fé. O medo é abordado numa questão de decisão, numa ordem de amores. Quanto mais amamos algo, mais tememos perdê-lo. Em razão disso, podemos falar duma verdadeira hierarquia de amores pela qual definimos as nossas escolhas morais, afetivas e espirituais. Por exemplo, se diante de um assalto, somos obrigados a escolher entre a vida e a carteira, deixamos esta por aquela, pois a vida tem um valor muito superior a qualquer objeto material. Jesus mostra aos seus discípulos que, diante das ameaças à vida biológica, há um bem maior que é a vida eterna, por isso Ele afirmou: “Não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma.” O amor a esta vida não pode pôr em risco a salvação da alma mas deve estar ordenado à eternidade. Muitas pessoas aprenderam a temer coisas que não devem temer mas nunca aprenderam a temer a Deus. Muitos temem o que os homens podem fazer mas não o que Deus fará no dia do julgamento aos que não creram e não se arrependeram. Seguir Jesus pode custar amigos, família, emprego ou até a própria vida para alguns. Jesus ensina-nos a quem devemos temer, ensina-nos que devemos ter medo de ofender a Deus, de não o amar convenientemente, de não ser fiel à fé, de negar Cristo na hora do perigo, de não agir com caridade para com todos, de não ser fortes na missão. O medo pode influenciar a decisão e é para isso que Jesus alerta.
Terceiro: O alicerce da decisão de temer a Deus O convite é que sejamos fiéis pois é a fidelidade a Deus que nos garante a salvação. A coragem em oposição à covardia não se enraíza numa ousadia puramente humana mas é, antes de tudo, confiança em Deus que é solícito com toda a sua criação até mesmo para os seres considerados de pouco valor. Ao dizer “Não se vendem dois passarinhos por uma moeda? E nem um deles cairá por terra sem consentimento do vosso Pai”, Jesus não diz que Deus cuida dos passarinhos porque são seus filhos mas, se Ele cuida de todas as criaturas, quanto maior não será o Seu cuidado para com os seus filhos porque vós “valeis muito mais do que os passarinhos”. A coragem da decisão de temer a Deus, isto é, ser fiel ao Senhor e dar testemunho, mesmo no meio dos perigos, brota da convicção de ser filho de Deus. Por isso, não há que temer, Deus como pai é o primeiro defensor e protetor dos seus filhos. Para ordenarmos os nossos amores e escolha de seguir Jesus, precisamos de acreditar que somos protegidos pelo amor e providência divina. Eles são o garante da nossa fidelidade no meio dos perigos.
Deus confia-nos uma missão profética no mundo e sabe que nos confrontamos com forças adversas, por isso, assegura-nos a Sua presença, a Sua ajuda e protecção, a fim de que, como seus discípulos, superemos o medo e a angústia que resultam do sofrimento e da perseguição. Cultivemos a coragem e a determinação para “corrermos riscos”, em nome do Pai, e ousemos refletir com base nestas questões:
Quais sãos as duas situações que me provocam mais medo?
O que entendo por “vida eterna” e como me preparo para ela?
Acredito que somos protegidos pelo amor e providência divina?
De que estou disposto a abdicar por Ele?
Confiantes em Deus, no Seu poder, na Sua justiça e no Seu amor, sabemos que Ele nunca nos abandona, principalmente quando nos sentimos desprotegidos, tristes, revoltados ou perseguidos injustamente. Somos os Seus filhos prediletos…
Abrigados pelo Seu imenso amor, desfrutemos da Sua misericórdia e façamos-Lhe os nossos pedidos, em voz alta.
Ajoelhados e com absoluta confiança na presença do Pai, rezemos juntos
Deus Pai, que tens um coração cheio de ternura, de bondade e de solicitude, entregamo-nos confiadamente nas Tuas mãos.
Revestidos das bênçãos do Pai, “sem temor”, benzemo-nos