Semana de 16 a 22 de abril de 2023 II DOMINGO DA PÁSCOA – Ano A
Aleluia! Aleluia! Cristo ressuscitou! Aleluia! Aleluia! Mantenhamos a alegria no seio familiar e em cada uma das nossas vidas, celebrando a vida, celebrando Cristo… Preparemos a Bíblia em Act 2,42-47 e uma vela para acender quando estivermos todos prontos.
Cheios de alegria, sintamos Jesus Cristo ressuscitado que está no meio de nós…
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor. Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
O Senhor ressuscitou, vencendo a morte na Cruz, Nossa esperança está n’Ele, Ele é o nosso salvador.
Atrás ficou o temor, a dúvida e a pouca fé Tornemos realidade um novo reino de amor.
Somos testemunhas da Ressurreição, Ele está aqui, está presente, É Vida e é Verdade. Somos testemunhas da Ressurreição Ele está aqui, Seu Espírito Envia-nos a amar.
Tu nos reúnes, Senhor, em torno do vinho e do pão E nos convidas a ser a luz do mundo e o sal.
Onde houver ódio e dor faremos surgir Tua paz. Em cada gesto de amor, Senhor connosco estarás.
O que recebemos de Deus é bênção para cada um de nós. O que somos, o que temos, o que não temos, a abundância ou a falta dela também são bênçãos. Aqui e agora, cada um de nós é convidado a agradecer a Deus, em voz alta, revelando a nossa gratidão por todas as coisas, pequenas ou grandes, que acontecem na nossa vida.
Um de nós lê a passagem bíblica em voz alta, preferencialmente da Bíblia: Act 2,42-47
Os irmãos eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à comunhão fraterna, à fracção do pão e às orações. Perante os inumeráveis prodígios e milagres realizados pelos Apóstolos, toda a gente se enchia de terror. Todos os que haviam abraçado a fé viviam unidos e tinham tudo em comum. Vendiam propriedades e bens e distribuíam o dinheiro por todos, conforme as necessidades de cada um. Todos os dias frequentavam o templo, como se tivessem uma só alma, e partiam o pão em suas casas; tomavam o alimento com alegria e simplicidade de coração, louvando a Deus e gozando da simpatia de todo o povo. E o Senhor aumentava todos os dias o número dos que deviam salvar se.
Tentemos perceber melhor o que o texto nos pode dizer…
Este trecho do livro dos Atos dos Apóstolos apresenta-nos uma síntese da vida da comunidade de Jerusalém e descreve-nos as suas caraterísticas. Para nós é muito importante observar como é que ela estava estruturada, porque, tendo nascido diretamente dos apóstolos, constitui um ponto de referência insubstituível. O texto começa por dizer que eles “eram assíduos”. Ser assíduo é dedicar tempo, energia e esforço a um objetivo, perseverar, continuar, permanecer, persistir. Aqueles “irmãos” tinham como pilares a fidelidade à catequese dos apóstolos, à comunhão, à eucaristia (chamada “fração do pão”) e à oração. Nesta reflexão, aprofundamos dois: comunhão e oração.
Perseveravam e valorizavam a comunhão Comunhão é colocarmos de lado os nossos interesses egoístas e particulares e somar forças para a realização de alvos comuns. A comunhão é a realização de algo comum. Esta comunhão era uma marca da Igreja primitiva pois eles “tinham tudo em comum” (v.44), dividiam os bens que possuíam (v.45) porque havia entre eles um só coração e uma só alma. Não é só estar junto porque podemos estar juntos sem estar em comunhão mas trata-se de viver a mesma fé, no mesmo Espírito e com os mesmos objetivos. Nós somos ovelhas do mesmo rebanho, somos membros da mesma família e por isso deveríamos trabalhar coesos e unidos com espírito de comunhão, fraternidade e amor uns pelos outros. A Igreja primitiva era uma família onde os “irmãos” sentiam prazer em estar reunidos com o mesmo objetivo em amar a Deus e os outros. Não se concebe uma Igreja dividida, em conflitos e discórdias ou apática nos relacionamentos. Há muitas comunidades onde as pessoas gastam as suas energias a construir muros em vez de construir pontes, a lutar domesticamente uns com os outros, a criar conflitos internos e externos quando deveriam cultivar a comunhão e o amor. Um dos propósitos da existência da Igreja é proporcionar comunhão entre aqueles que fazem parte do Corpo de Cristo e não desmembrar esse mesmo Corpo.
Perseveravam e valorizavam a oração A comunidade de Jerusalém tinha apego à oração. Perseverar na oração significa reconhecer e buscar Deus para a vida e obra da comunidade. Podemos realizar ações apenas com base na capacidade humana e, certamente, isso trará bons resultados porque temos pessoas cheias de talento, capazes e interessadas em fazer o bem mas a transformação vital, a mudança de vida e o avanço da Igreja vem pelo poder do Espírito Santo e isto consegue-se pela oração. Não podemos abrir mão da oração, da meditação, da leitura da Palavra de Deus, da adoração do Santíssimo Sacramento, porque elas conduzem-nos a uma maior sensibilidade ao Espírito Santo. A Igreja em Atos é uma Igreja que ora. Em Atos 1, 14, diz que “todos perseveravam unânimes na oração” e o Pentecostes veio em cumprimento da promessa de Jesus e em resposta à oração da Igreja. É uma Igreja que busca intensamente o Senhor nos momentos de perseguição. Quando Pedro estava preso em Jerusalém, a Igreja reunida orava por ele, como refere Atos 12, 5. Nada era mais importante para os Apóstolos na sua atividade do que a pregação da Palavra e a oração (At 6, 4). Na Igreja de Antioquia, a oração antecede o envio dos missionários (At 13, 1-3). No Livro dos Atos dos Apóstolos temos uma Igreja de joelhos, uma Igreja comprometida com a oração. Quanto a nós, que a oração seja algo constante na nossa vida, na vida na nossa família e na vida da nossa comunidade.
Com base nas seguintes pistas para reflexão e diálogo em família, tentemos explorar o texto bíblico e como o vivemos:
No meu dia a dia, construo pontes ou construo muros?
Procuro integrar-me na minha comunidade ou vivo a minha fé de forma isolada?
Tenho uma fé disciplinada ou uma fé avulsa?
O que costumo fazer quando rezo?
Estou consciente do valor da oração para a minha vida e da minha família?
É nos gestos de amor, partilha, serviço, encontro e fraternidade que encontramos Jesus vivo a transformar e a renovar o mundo. Peçamos a ajuda do Senhor para sermos misericordiosos como Ele:
Sentindo-nos capazes de enfrentar as adversidades com a força da vida, do amor, da paz e do Espírito Santo que recebemos de Deus, dirijamos-Lhe os nossos pedidos, em voz alta e em comunhão.
Encontremos a paz de Cristo ressuscitado, no meio de nós, rezando de mãos dadas.
Meu Senhor, Tu que deste o Teu Filho para nos salvar, aceita-nos com as nossas limitações e ajuda-nos a melhorar. Jesus, Tu que juntaste e ensinaste tantos discípulos, morreste quase sozinho e ressuscitaste, concedei-nos a graça da fraternidade. Espírito Santo, ilumina a nossa família com a sabedoria do perdão.
Que a paz de Cristo ressuscitado esteja connosco. Benzemo-nos