Semana de 17 a 23 de julho de 2022 XVI Domingo Comum – Ano C
Preparemos um lugar acolhedor do nosso lar para nos reunirmos com alegria e em comunhão! Procuramos na Bíblia o texto Lc 10, 38-42 e tenhamos uma vela. Ajudemo-nos uns aos outros a concentrarmo-nos e a encontrarmos serenidade e expectativa interior. Quando pudermos começar, acendemos a vela.
Dispostos a acolher Deus e a hospedá-Lo no nosso coração, benzemo-nos
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor. Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
Em nome do Pai…
Preparemo-nos, com a certeza de que Jesus está no meio de nós
Eis a minha vida, Senhor! Faz que vivendo por Ti, Trabalhando por Ti, Eu me transforme em Ti, Testemunhando a alegria do Serviço por Amor!
1. Eis a minha vida, Senhor! Quero ser testemunha do Serviço Faz que vivendo por Ti Seja fiel ao meu compromisso.
2. Eis a minha vida, Senhor! Quero ser instrumento do Teu amor Faz que trabalhando por Ti Testemunhe o teu projeto Salvador.
3. Eis a minha vida, Senhor! Quero ser arauto da alegria Transformando-me em Ti, Dizendo sempre Sim como Maria.
Facilmente cada um de nós reconhece que Deus, com a Sua presença e o Seu infinito amor, nos presenteia, diariamente, com tantas dádivas. Mostremos-Lhe a nossa gratidão, um a um, em voz alta.
Na voz de um de nós, tentemos perceber os desafios que Deus nos lança em Lc 10, 38-42
Naquele tempo, Jesus entrou em certa povoação e uma mulher chamada Marta recebeu-O em sua casa. Ela tinha uma irmã chamada Maria, que, sentada aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra. Entretanto, Marta atarefava-se com muito serviço. Interveio então e disse: «Senhor, não Te importas que minha irmã me deixe sozinha a servir? Diz-lhe que venha ajudar-me». O Senhor respondeu-lhe: «Marta, Marta, andas inquieta e preocupada com muitas coisas, quando uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada».
Meditemos sobre a Palavra que escutámos, para nos encontrarmos com Deus, connosco próprios e entendermos o sentido da missão que nos é proposta
O Evangelho fala-nos de duas mulheres que amavam Jesus e que o serviam com alegria: uma chamada Marta e outra Maria. O que podemos aprender com Marta?
Marta ensina-nos a hospedar Jesus Jesus chegou a Betânia e Marta convida-O a hospedar-se em sua casa. Ela apreciava muito o Mestre e, como era hospitaleira, considerava uma honra receber o Senhor como hóspede. Esta atitude de Marta é um incentivo a que convidemos o Senhor Jesus a entrar na nossa casa, no nosso coração. O escritor da Carta aos Hebreus recomenda que sejamos hospitaleiros, pois alguns, fazendo isso, hospedaram anjos (Hb 12, 9), como podemos ler na primeira leitura deste domingo, em que Abraão e Sara acolhem aqueles três peregrinos em sua casa. Marta hospedou Jesus, o Salvador. Hoje, o Senhor Jesus bate à porta do nosso coração e diz: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta entrarei em sua casa e cearei com ele e ele comigo” (Ap 3, 20).
Marta ensina-nos a servir melhor Marta fez tudo para oferecer um bom acolhimento ao seu hóspede. Era uma visita muito importante e merecia o melhor, por isso ela esmerou-se para lhe apresentar uma calorosa receção. Ela “atarefava-se com muito serviço”, Marta fez incontáveis expressões de amor para Jesus, queria agradá-l’O, pois não é sempre que temos o privilégio de ter uma visita tão ilustre como a de Jesus. Deus não nos chamou para sermos espectadores e treinadores de bancada mas trabalhadores em Sua seara, Deus não nos chamou para assistir, aplaudir ou vaiar o desempenho dos trabalhadores mas para servir. No Reino de Deus, todos devemos servir e Marta ensina-nos isso mesmo.
Marta ensina-nos que o serviço excessivo pode tirar-nos a tranquilidade e o equilíbrio Enquanto realizava um serviço, Marta pensava noutro e mais outros e foi ficando desanimada, inquieta, irritada e começou a murmurar. O seu trabalho de amor tornou-se numa tarefa pesada demais. Ela começou a considerar-se vítima, começou a acusar a irmã diante do hóspede amado e a sua irritação era tão grande que ela inclui Jesus na acusação, atrevendo-se a dar ordens ao Mestre, dizendo: “diz-lhe que venha ajudar-me”. Marta ensina-nos a não nos deixarmos absorver por preocupações ou coisas que não fazem sentido e que por vezes não merecem a nossa atenção nem tão pouco boa parte do nosso tempo. Ensina-nos a não nos deixarmos levar “pela toada” social que apregoa a frenetização da vida e que nos tira a tranquilidade, o equilíbrio e a paz.
Marta ensina-nos a refletir sobre a prioridade da escolha Marta misturou o prioritário com o secundário, perdeu tempo com coisas sem importância e não percebeu que Jesus tinha mais interesse na sua pessoa do que no seu serviço. Se é verdade que precisamos de prioridades, devemos ter o nosso tempo com Jesus como prioridade maior. Estar com Jesus é a melhor parte, estar com Jesus deveria ser algo inegociável na nossa vida. Antes de pensar se estou ou não a escolher a melhor parte na vida, preciso de refletir sobre qual é a melhor parte para mim. Não há problema em ser uma direção ou outra. O problema está quando eleges a tua família como propósito da tua vida mas gastas a maior parte do tempo com a carreira. Esta é a escolha de Marta: escolheu receber Jesus mas passou o tempo na cozinha. Se elejo seguir Jesus e escutá-l’O mas na hora de o fazer qualquer coisa passa à frente, estou a ser Marta.
Dispostos a desenvolver a nossa capacidade de escuta, de doação, de entrega, de serviço e a repartir com o outro, de forma gratuita, aquilo que temos de melhor, reflitamos.
Como Marta, convido Jesus a entrar no meu coração, na minha vida?
Que expressões de amor e serviço faço e que agradam a Jesus?
Sinto que as ocupações e as tarefas que tenho de desempenhar me absorvem e tiram a tranquilidade e a paz?
Estou a dar a devida importância às prioridades que escolhi para a minha vida?
Qual o lugar de Jesus nas prioridades da minha vida?
Jesus, o hóspede do nosso coração, ensina-nos que o verdadeiro acolhimento passa por dar atenção àquele que vem ao nosso encontro, escutá-lo, partilhar com ele e fazê-lo sentir o quanto nos preocupamos com aquilo que sente… Crentes, confiemos-Lhe também as nossas preces, em voz alta.
De joelhos, “aos pés do Senhor”, rezemos com firmeza
Cristo Jesus, Palavra de vida, luz do mundo, sabedoria eterna, torna-nos íntegros, bondosos, misericordiosos, atentos e receptivos à escuta verdadeira do outro, para o acolhermos como Tu nos acolhes.
Favorecidos com a hospitalidade de Deus em nós, benzemo-nos