Semana de 10 a 16 de julho de 2022 XV Domingo Comum – Ano C
Se é sempre a mesma pessoa a preparar a oração, esta semana propõe-se que seja outro membro da família a fazê-lo. Procuremos um lugar confortável, silencioso e sem distrações e preparemos a Bíblia em Lc 10, 29-37 e uma vela que acenderemos ao iniciar a oração.
Dispostos a perceber o caminho de salvação, de liberdade e de felicidade que Deus tem para cada um de nós, benzemo-nos
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor. Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
Em nome do Pai…
Preparemos o nosso coração e o nosso espírito com este cântico
Tu meu Deus a quem busco Sede de ti tenho na alma Qual terra seca, qual terra seca sem água (2x)
Porque o Teu amor É melhor que a vida Meus lábios querem cantar para Ti E assim quero com a vida bem dizer-Te E levantar as mãos abertas para Ti
Tu meu Deus a quem busco Sede de ti tenho na alma Qual terra seca, qual terra seca sem água
Quantas vezes de noite Quando o sono se vai penso em Ti E tranquilo me encontro à Tua sombra Como uma criança minha alma se aperta contra Ti E segura a Tua mão me sustém
Tu meu Deus a quem busco Sede de ti tenho na alma Qual terra seca, qual terra seca sem água.
Uma só coisa Te peço, Senhor, Uma coisa estou buscando: Viver em Tua casa para sempre e conhecer-Te Tu sabes quem eu sou Tu sabes o que eu tenho, o que eu anseio, O que eu não sou, ou o que eu não tenho
Tu meu Deus a quem busco Sede de ti tenho na alma Qual terra seca, qual terra seca sem água
Olhemos para o nosso coração e para a nossa consciência; é aí que Deus nos fala e é aí que nós escutamos as Suas propostas.Sejamos gratos pela Sua presença constante em nossas vidas e digamos-Lhe, em voz alta, o tanto mais que Lhe queremos agradecer.
Disponíveis a uma adesão total, completa, plenamente empenhada e a “fundo perdido”, à palavra de Deus, escutemos, na voz de um de nós o texto de Lc 10, 29-37
Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: «E quem é o meu próximo?». Jesus, tomando a palavra, disse: «Um homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos dos salteadores. Roubaram-lhe tudo o que levava, espancaram-no e foram-se embora, deixando-o meio morto. Por coincidência, descia pelo mesmo caminho um sacerdote; viu-o e passou adiante. Do mesmo modo, um levita que vinha por aquele lugar, viu-o e passou adiante. Mas um samaritano, que ia de viagem, passou junto dele e, ao vê-lo, encheu-se de compaixão. Aproximou-se, ligou-lhe as feridas deitando azeite e vinho, colocou-o sobre a sua própria montada, levou-o para uma estalagem e cuidou dele. No dia seguinte, tirou duas moedas, deu-as ao estalajadeiro e disse: ‘Trata bem dele; e o que gastares a mais eu to pagarei quando voltar’. Qual destes três te parece ter sido o próximo daquele homem que caiu nas mãos dos salteadores?». O doutor da lei respondeu: «O que teve compaixão dele». Disse-lhe Jesus: «Então vai e faz o mesmo».
Tentemos perceber o texto que escutámos, com a ajuda de Deus que nos dá entendimento para conhecer e aplicar Sua palavra
Três homens passaram pelo homem deixado meio morto à beira da estrada, mas só um samaritano passou e fez a diferença na vida daquela vítima. A Bíblia diz que ele viu, observou de perto e compadeceu-se da situação. A compaixão está diretamente ligada ao exercício da misericórdia e era isso que Jesus fazia dia e noite. Como devemos fazer para marcar a diferença na nossa sociedade e imitar o Bom Samaritano? O texto bíblico dá-nos algumas dicas.
Primeiro: Aproveitar a oportunidade para se envolver Se pudéssemos escolher o nosso próximo e o momento de fazer caridade seria muito mais fácil, no entanto, o próximo impõe-se e a necessidade do outro não escolhe horário. Ninguém pode escolher o seu “próximo” é o momento e a circunstâncias da vida que nos traz. A vida dá-nos oportunidades para nos envolvermos na vida dos outros e assim marcarmos a diferença. O sacerdote e o levita escolheram não se envolver e ficaram o mais longe possível da situação. O Samaritano não se esquivou. Ele aproximou-se, ficou cheio de compaixão, cuidou do homem e garantiu que ele fosse cuidado até que estivesse bem. Se queremos fazer a diferença, temos de aproveitar as oportunidades que a vida nos dá para nos aproximarmos e nos envolvermos, marcando a diferença na vida do “próximo”.
Segundo: Correr riscos O sacerdote e o levita contaram o risco e determinaram que era muito arriscado ajudar e por isso passaram adiante. O Samaritano não. É necessário sair da zona de conforto para mostrar misericórdia e compaixão pelos outros e às vezes há riscos inerentes mas Deus chama-nos para amar os outros apesar do risco. O Samaritano arriscou a sua segurança ao parar e levar o homem espancado junto com ele. Na realidade, ele não sabia se os ladrões estavam ali escondidos à espera para o atacar. O Samaritano arriscou a sua reputação. O que pensariam as pessoas sobre ele quando chegasse à cidade com o homem gravemente espancado? Como iria explicar? Talvez as pessoas pensassem que foi ele quem roubou o homem e agora quer dar uma de bom. Ele agiu som calcular os riscos, ajudou e por isso fez a diferença.
Terceiro: Estar disposto a sacrificar-se A misericórdia/compaixão requer sacrifício. O Samaritano estava de viagem para algum lugar. Provavelmente, ele tinha um lugar onde precisava de estar: um negócio, trabalho ou ir ter com a família. Em qualquer possibilidade, ele reorganizou as suas prioridades para ajudar o homem ferido. Vivemos numa sociedade muito ocupada em que estamos todos ocupados a fazer alguma coisa e é tão fácil ficar muito ocupado para mostrar compaixão e misericórdia pelos outros. O Samaritano ensina-nos que a ocupação da vida não deve atrapalhar o que Jesus nos chamou a fazer: mostrar misericórdia e compaixão pelos outros. Além de sacrificar o seu tempo, o Samaritano também sacrificou o seu dinheiro. Tudo tem um preço e a misericórdia pode ser cara. Ele assumiu as despesas associadas ao cuidado do homem ferido, pagou pelo cuidado, pela hospedagem e pelos cuidados continuados quando teve de sair. Às vezes, amar os outros exige que sacrifiquemos o nosso tempo, o nosso dinheiro e outras coisas mais. A compaixão exige que estejamos dispostos a sacrificar algo de nós mesmos, como Jesus fez por cada um de nós.
Num mundo que precisa de pessoas que marquem a diferença, aprendamos com o Samaritano a aproveitar as oportunidades para nos aproximarmos e marcar a diferença pela humildade, pela misericórdia, pela compaixão, mesmo sabendo que é preciso correr riscos e sacrificar-se.
Pode acontecer que uma vida confortável nos torne insensíveis aos gritos de sofrimento do próximo… Pode acontecer que o nosso egoísmo fale mais alto e que evitemos meter-nos em complicações por causa das injustiças que os nossos irmãos sofrem… Reflitamos
Fazemos de Deus o centro da nossa vida, amando-O e amando também os outros irmãos?
Quem é mais importante, eu ou os outros (o próximo)?
Como foi a última vez que ajudei alguém? E como me senti?
Já perdi alguma oportunidade para socorrer o meu “próximo”? Qual a razão?
Até onde estou disposto a sacrificar-me para ajudar o outro?
Algumas vezes, caídos nos caminhos da vida, necessitamos da ajuda e do amor de Jesus Samaritano (e do “próximo”) para nos levantarmos. Façamos os nossos pedidos ao Pai, em voz alta, para nós e para os irmãos que sofrem.
Rezemos juntos, reconhecendo Deus como o centro da nossa vida.
Jesus, modelo de compaixão, misericórdia e de doação ao ”próximo”, ensina-nos a amar, a cuidar e a preocuparmo-nos com o outro independentemente de questões raciais, religiosas, classe social, costumes ou crenças.
Com o coração cheio de amor e atentos ao irmão necessitado, benzemo-nos