Semana de 26 de junho a 3 de julho de 2022 XIII Domingo Comum – Ano C
Procuremos um local que propicie a paz de espírito adequada à realização da nossa oração.
Preparemos a Bíblia em Lc 9, 51-62 e uma vela que acenderemos quando estivermos prontos para iniciar.
Com entrega total e irrevogável ao amor de Jesus, benzemo-nos
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor. Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
Em nome do Pai…
Identificados com Cristo, pela Sua capacidade infinita de amar, de superar o egoísmo e o orgulho, ousemos segui-Lo e louvá-Lo
Deixa que o mundo siga a sua aventura Deixa que o Homem retorne à sua casa Deixa que a gente se entregue à sua riqueza Mas tu, tu vem e segue-me Tu vem e segue-me
Deixa que o barco leve as velas ao vento Deixa que encontre o afeto quem está preso a si Deixa que da árvore caiam os frutos maduros Mas tu, tu vem e segue-me Tu vem e segue-me
E serás luz para os Homens E serás como sal da terra E no mundo deserto abrirás uma nova estrada
E por essa estrada vai, vai e não olhes atrás vai e não olhes atrás.
Resolutos a assumir o chamamento de Jesus e disponíveis para testemunhar o nosso Deus que discretamente e sem se impor, age no mundo para nossa salvação, reconheçamos os dons e dádivas que d´Ele recebemos e agradeçamos-Lhe, em voz alta
Escutemos na voz de um de nós a revelação de Jesus aos discípulos, em Lc 9, 51-62
Pelo caminho, alguém disse a Jesus: «Seguir-Te-ei para onde quer que fores». Jesus respondeu-lhe: «As raposas têm as suas tocas e as aves do céu os seus ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça». Depois disse a outro: «Segue-Me». Ele respondeu: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai». Disse-lhe Jesus: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos; tu, vai anunciar o reino de Deus». Disse-Lhe ainda outro: «Seguir-Te-ei, Senhor; mas deixa-me ir primeiro despedir-me da minha família». Jesus respondeu-lhe: «Quem tiver lançado as mãos ao arado e olhar para trás não serve para o reino de Deus».
Solicitemos a Deus o entendimento necessário para que guardemos a mensagem que escutámos e a ela obedeçamos de todo coração.
O seguimento de Jesus não é um evento do momento mas é para o resto da vida e por isso Jesus sempre levantou barreiras e estabeleceu um alto preço. Ao colocar barreiras, Jesus queria separar os discípulos casuais dos discípulos comprometidos. Neste texto de Lucas, Jesus está face a face com três promissores discípulos. Eles sentiam um desejo interior de segui-l’O, mas permitiram que alguma coisa atrapalhasse e impedisse a sua completa dedicação ao Senhor.
Primeiro: o impedimento do conforto pessoal O primeiro homem voluntariou-se bem rápido para seguir o Mestre. Não pensou duas vezes quando afirmou que seguiria o Senhor a qualquer lugar. Nenhum custo, nenhuma cruz e nenhum caminho eram difíceis demais. “Seguir-Te-ei para onde quer que fores”, implica alguma permanência, implica mais do que uma decisão momentânea, implica mais do que um momento de emoção. Não esperes facilidades e conforto é a barreira que Jesus levanta. Estás disposto a abrir mão da segurança dum lar e dos confortos legítimos da vida para seguir Jesus? Seguir Jesus não tem a ver com o que eu recebo mas com o que eu estou disposto a desistir. Seguir Jesus tem a ver com abnegação, com “negar-se a si mesmo” e este era um problema do coração deste homem. Ele queria acrescentar Jesus à sua vida, queria a emoção de O seguir mas com uma vida sem sacrifícios, sem abrir mão do conforto pessoal.
Segundo: o impedimento das prioridades equivocadas Este promissor discípulo não teve a rapidez de se voluntariar como o primeiro. O próprio Jesus iniciou o chamamento ao discipulado, dizendo: “Segue-Me”. Na sua resposta ele mostrou desejo de seguir Jesus mas tinha algo que ele gostaria de fazer primeiro e esse foi o seu erro. Ele deseja seguir Jesus mas somente de acordo com os seus sistemas de ordenar as prioridades. Desta forma ele colocou as suas próprias coisas acima de Cristo. Jesus não estava a negar a este homem a oportunidade de ir ao funeral do seu pai. Na verdade, ele usou uma expressão que significava: “espere até o meu pai morrer”. Ele respondeu que só poderia seguir Jesus em algum momento no futuro, depois de ter recebido a herança. Não há conciliação entre o reino de Deus e os interesses e ambições pessoais. Jesus, eu quero seguir-Te, mas tenho alguns assuntos que tenho de tratar. O foco da minha vida está no trabalho, no lazer, na minha família, em mim mesmo. Estas coisas são boas em si mesmas mas tornam-se mal quando elas nos impedem de ser verdadeiros discípulos de Jesus.
Terceiro: impedimento da decisão adiada O terceiro homem mostrou a mesma rapidez de se voluntariar como o primeiro mas, assim como o segundo, ele tinha algo que gostaria de fazer primeiro. Ele disse: “Seguir-Te-ei, Senhor; mas deixa-me ir primeiro despedir-me da minha família”. Mais uma vez, devemos admitir que não havia nada de errado neste pedido. Não é errado nem contrário à lei de Deus demonstrar carinho e querer despedir-se da sua família. A resposta de Jesus é clara: não podes seguir-Me, olhando para trás. O coração deste homem estava atado a tudo o que ele terá de deixar para trás para seguir Jesus: a família, amigos, conforto, segurança. Por isso ela adia a decisão. Muitas vezes adiamos a decisão porque ela é limitante, arriscada, porque não queremos abrir mão. Não decidir é decidir e é uma maneira de dizer “não”. Muitas pessoas não decidem contra Jesus como não conseguem decidir por Ele. Trata-se de perder a vida, trata-se de odiar a si mesmo, trata-se de se agarrar a nada e decidir assim é muito difícil. Por isso adiamos.
O Senhor Jesus ainda chama, como sempre chamou, homens e mulheres para segui-l’O de maneira heroica, sacrifical e com abnegação, contudo, ainda aparecem impedimentos e muitas rotas de fuga dizendo: “não vale a pena, afasta-te! Poupa-te”.
Aceitemos o apelo de Jesus a sermos Seus discípulos e reflitemos, com a determinação de querermos fazer um “caminho”, à Sua semelhança, de renúncia a nós mesmos, aos nossos interesses, ao nosso orgulho, e de compromisso com a entrega da vida e do dom de nós próprios.
Sinto que o Senhor me chama a segui-l’O?
Que barreiras me impedem de seguir Jesus?
A minha dedicação a Deus é completa? De que forma me dedico a Jesus?
Coloco a hipótese de dedicar a minha vida a Jesus?
Apoio a ideia de outros (filhos, por exemplo) dedicarem a vida a Jesus?
De que me disponho a abdicar para seguir Jesus inteiramente?
Reconhecendo-nos frágeis e nem sempre atentos ou fiéis ao caminho exigente da entrega total e irrevogável ao Pai, entreguemos-Lhe os nossos humildes corações e digamos, em voz alta, os pedidos que Lhe queremos fazer, sem esquecer todos os que estão em processo de discernimento vocacional para dedicarem as suas vidas a Jesus.
Sem hesitações ou restrições, avançando com passo firme e decidido no encalço de Jesus, rezemos juntos
Deus de bondade, de luz, de vida e de alegria, ao escutar o Teu Filho Jesus, colocamo-nos sob a acção do Espírito Santo, para que nos liberte do peso das nossas culpas, purifique os nossos erros e, assim, possamos seguir o Teu Filho com um coração leve e puro e com a Tua luz a indicar-nos o caminho.
Com o vivo desejo de seguir Jesus e evangelizar, benzemo-nos