Semana de 15 a 22 de maio de 2022 V Domingo da Páscoa – Ano C
Reservamos um lugar sossegado e silencioso para nos recolhermos em oração. Tenhamos a Bíblia aberta em Jo 13,31-33 a.34-35 e uma vela. Vamos pondo de lado as muitas coisas que nos preocupam e entreguemo-nos confiadamente ao Senhor. Quando estivermos prontos para começar, acendemos a vela.
Chamados a viver no amor, benzemo-nos
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor. Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
Em nome do Pai…
Louvemos a Deus que nos acolhe, guarda e ilumina com o Seu amor
Via de amor, és Tu Jesus O pão do céu que nos transforma em Ti (bis)
Não, não estamos sós sobre esta terra pois Tu ficaste entre nós para nos saciar, és o pão da vida e inflamas com o Teu amor toda a humanidade.
Sim, temos o céu sobre esta terra pois Tu ficaste entre nós, mas nos levas contigo para Tua casa onde viveremos junto a Ti toda a eternidade.
Não, a sombra da morte não nos assusta pois Tu ficaste entre nós; e quem vive de Ti vive para sempre, és Deus connosco, és Deus p’ra nós, és Deus no meio de nós.
Tomados pelo amor de Jesus; o amor que acolhe, que se faz serviço, que respeita a dignidade e a liberdade do outro, que não discrimina nem marginaliza, sejamos capazes de Lhe agradecer, com o coração a transbordar de alegria, por tanta coisa que reconhecemos como Sua manifestação nas nossas vidas.
Renovemos a nossa fé, escutando na voz de um de nós, as palavras de amor que Jesus nos dirige em Jo 13,31-33a.34-35
Quando Judas saiu do cenáculo, disse Jesus aos seus discípulos: «Agora foi glorificado o Filho do homem e Deus glorificado n’Ele. Se Deus foi glorificado n’Ele, Deus também O glorificará em Si mesmo e glorificá-l’O-á sem demora. Meus filhos, é por pouco tempo que ainda estou convosco. Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros. Como Eu vos amei, amai-vos também uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros».
Tentemos compreendermos estas palavras de Jesus e guardemo-las no nosso coração.
Este texto do Evangelho é tirado do discurso de despedida de Jesus na última ceia. O Mestre está consciente da proximidade da sua paixão e morte. Judas saiu para realizar os seus propósitos, Jesus deixa as últimas recomendações aos seus discípulos e deixa-as em forma de testamento dizendo: “dou-vos um mandamento novo”. O mandamento do amor não é novo em termos de tempo. Deus já havia ordenado o amor desde a lei do Antigo Testamento. Jesus aprovou o resumo dos dez mandamentos apresentado pelo escriba ao dizer: “amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com toda a tua força e com todo o teu entendimento; e ao próximo como a ti mesmo” (Lc 10, 27). Como pode ser este mandamento novo?
Pelo seu modelo e padrão “Como Eu vos amei.” Até então o Homem conhecia o amor ao próximo como a si mesmo. Este amor tinha limites e era regulado pelo amor a si mesmo. Jesus, porém, amou-nos mais do que a si mesmo. Jesus proclama o mandamento novo aos discípulos e mostra-lhes “como” este deve ser vivido. O grande exemplo de vivência no amor concentra-se na pessoa de Jesus, um amor que chega ao extremo de dar a própria vida: “ninguém em maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos”. A novidade encontra-se no facto de que a medida e o critério de amor é o próprio Jesus. O amor sem reservas, serviçal, ilimitado, compassivo, misericordioso, incondicional, prático e efetivo que Jesus viveu e ensinou é o modelo e o padrão para todos nós e isto é novo.
Pela reciprocidade “Amai-vos também uns aos outros.” Todos devem amar duma maneira recíproca. Este mandamento abarca a todos e é exigido a todos os seguidores de Jesus. Os discípulos, cultivando o amor uns pelos outros, imitam o mesmo amor que Jesus viveu e a medida dada como exemplo é a de um amor sem limite que deve ser vivido por todos aqueles que O seguem “até ao fim”.
Pela identidade “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros”. Jesus afirma que o amor revelará a nossa identidade. Seremos reconhecidos como discípulos de Jesus se amarmos os nossos irmãos. A identidade do grupo dos discípulos de Jesus não se alicerça na observância de leis, cultos, dons, conhecimentos ou carismas. O mandamento do amor alicerça a comunidade cristã por isso não basta ser piedoso para ser cristão ou discípulo de Jesus. O amor é o critério para se reconhecer o discípulo de Cristo. Na comunidade dos discípulos de Jesus não pode haver sentimento de superioridade mas todos se devem colocar ao serviço de todos, conforme o carisma e a função de cada um, para o bem comum, onde todos devem “lavar os pés uns aos outros”, a exemplo de Jesus que tomou a iniciativa.
“Dou-vos um mandamento”. Amar não é uma opção mas uma ordem. Não se trata de querer ou sentir vontade de amar mas um ato de obediência. Eu amo o meu irmão porque o Senhor ordena que eu o ame e diz-me que o devo fazer como Ele amou e que isso é uma forma de mostrar que sou seu discípulo. Peçamos ao Senhor que nos dê força para amarmos os nossos irmãos não com palavras mas em obras e em verdade.
Sintamos o amor de Deus pulsar dentro do nosso coração e, na presença do Espírito, reflitamos para nos deixarmos influenciar por Ele.
Para mim, o que significa amar?
Tenho a forma de amar de Jesus (entrega total) como padrão e modelo na minha forma de agir?
Sinto que ao amar os outros estou a imitar Jesus?
Quem são as pessoas que tenho mais dificuldade em amar?
Quais as maiores dificuldades que encontro para viver o “mandamento do amor”?
Escutemos este cântico com atenção e escolhamos uma palavra, uma frase ou uma expressão da letra deste poema cantado para partilhar em família no final do mesmo.
Senhor, eu não quero sentir que o teu mandamento de amor é só uma obrigação, mas que ele venha de dentro. Eu quero ser teu instrumento.
Senhor, quero ser feliz, amando os meus irmãos de uma forma natural. Quero sorrir e quero chorar, com o que me deste para desfrutar.
Amar, eu quero aprender a amar, porque eu nasci p’ra amar. Ao dar-me o Teu sopro divino, marcaste o meu ideal. Amar, eu quero aprender a amar, porque eu nasci p’ra amar, para saber que estou vivo, porque há algo Teu que eu sei dar: o amor.
Senhor, quero descobrir que há algo que me deste que posso partilhar e abraçar, confiando-Te a vida sabendo que vou fazer-Te feliz.
Amar, eu quero aprender a amar, porque eu nasci p’ra amar. Ao dar-me o Teu sopro divino, marcaste o meu ideal. Amar, eu quero aprender a amar, porque eu nasci p’ra amar, para saber que estou vivo, porque há algo Teu que eu sei dar: o amor.
Com a magnificência do Amor que Deus derrama sobre nós, encontramos a coragem para enfrentar as adversidades e a força para aprender a amar como Ele nos ama. Com fé, peçamos ao Pai o que precisamos para nós e para aqueles que não sabem amar.
Plenos do amor incondicional do Pai, rezemos juntos, de mãos dadas
Pai, guiados pelo teu Espírito, nós Te glorificamos, nós Te bendizemos pela Tua presença vivificante e Te pedimos que nos fortaleças, para que possamos viver segundo o mandamento novo que nos deste pela palavra e pela vida do teu Filho Jesus.
Na companhia de Jesus, que nos ama e nos dá o amor infinito do Pai, benzemo-nos
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Cristo ressuscitou. Aleluia, aleluia!
Dia 15 de maio é o dia internacional da família, fica o vídeo proposto pelo Papa Francisco: