Semana de 27 de fevereiro a 5 de março de 2022 VIII Domingo do Tempo Comum – Ano C
Antes de dar início à oração familiar, escolhe-se um local adequado, onde se possa estar concentrado e aproveitar o momento. Prepara-se uma Bíblia em Lc 6, 39-45 e uma vela para se acender ao iniciar a oração.
Firmes e inabaláveis no amor de Deus, benzemo-nos
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor. Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
Em nome do Pai…
Firmes e alegres, confiemo-nos nas mãos de Deus, louvando-O
Com total serenidade e confiança, sabemos que Deus está sempre ao nosso lado, vigiando e oferecendo-nos a plenitude da vida. Expressemos em voz alta a abundância de gratidão do nosso coração, pelas dádivas e bênçãos que d’Ele recebemos.
Aproximemo-nos das palavras que Jesus disse e ensinou, expressos no trecho de Lc 6, 39-45, que um de nós vai ler em voz alta
Naquele tempo, disse Jesus aos discípulos a seguinte parábola: «Poderá um cego guiar outro cego? Não cairão os dois nalguma cova? O discípulo não é superior ao mestre, mas todo o discípulo perfeito deverá ser como o seu mestre. Porque vês o argueiro que o teu irmão tem na vista e não reparas na trave que está na tua? Como podes dizer a teu irmão: ‘Irmão, deixa-me tirar o argueiro que tens na vista’, se tu não vês a trave que está na tua? Hipócrita, tira primeiro a trave da tua vista e então verás bem para tirar o argueiro da vista do teu irmão. Não há árvore boa que dê mau fruto, nem árvore má que dê bom fruto. Cada árvore conhece-se pelo seu fruto: não se colhem figos dos espinheiros, nem se apanham uvas das sarças. O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem: e o homem mau, da sua maldade tira o mal; pois a boca fala do que transborda do coração».
Tentemos perceber as palavras do Mestre por excelência, para podermos ser seus verdadeiros discípulos
Jesus diz que uma árvore boa não pode dar maus frutos assim como uma árvore má não pode dar bons frutos. Basta que conheçamos os frutos para que saibamos de que árvore ele brotou porque uma macieira produzirá frutos mais ou menos saborosos, mais ou menos resistentes, maiores ou menores, com maior ou menor frequência mas em hipótese alguma produzirá peras, pêssegos ou figos. O fruto da macieira é venenoso? Pode um espinheiro dar laranjas? Cada árvore dá o seu fruto conforme a sua espécie. Conforme a árvore assim será o fruto, nem mais nem menos.
Todavia Jesus não está a falar especificamente sobre árvores mas sobre pessoas. Ele fez uma sábia analogia entre frutos das árvores e os frutos comportamentais produzidos por cada um de nós. Jesus diz que “o homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem: e o homem mau, da sua maldade tira o mal”. Se macieira dá maçãs, laranjeira dá laranjas, o homem que tem boas coisas no seu coração vai produzir boas ações e o que tem coisas más no seu coração vai produzir más ações. Ninguém pode dar amor, se não tiver amor; ninguém pode respeitar o próximo, se não tiver respeito; não pode dar o perdão, se está com ódio ou vive amargurado; não pode dar paz, se vive irado e revoltado, não pode falar de esperança, se está sem direção e sem fé.
“A boca fala do que transborda do coração”, diz-nos Jesus. Precisamos de ter cuidado com as coisas que enchem o nosso coração. Se alimentamos o nosso coração com intrigas, mentiras, imoralidades, ira, ódio, violência, desconfiança, orgulho, soberba… estaremos a guardar um mau tesouro nas nossas vidas e, certamente, a nossa boca e as nossas atitudes refletirão isso mesmo. Quando as palavras e atitudes são amargas, grosseiras, maldosas, agressivas, mentirosas, aborrecidas…é porque há isso mesmo dentro do coração e são dos frutos desse mau tesouro.
Se enchemos o coração com a Palavra de Deus, com os ensinamentos de Jesus Cristo, estaremos a aguardar um bom tesouro que produzirá bons frutos, como mansidão, bondade, misericórdia, compaixão amor, perdão, paz, alegria, esperança, perseverança, fé, e é, exatamente, isso o que eu vou falar e refletir no meu estilo de vida.
O critério fundamental para discernir o dia dum cristão será os seus frutos, porque “cada árvore conhece-se pelo seu fruto”. Por isso, jamais tenhamos medo de ser verdadeiros, de ser pessoas de bem, de ser bondosos, de ser justos, de ser honestos, de ser corretos, de ser amáveis, de ser caridosos. Aparentemente, o mal é omnipotente e omnipresente, mas ele não tem futuro pois não conta diante de Deus. Somente o bem e a bondade têm futuro e são investimentos que nunca falham. Aquele que pratica o bem é porque ele é de Deus porque Deus é o bem supremo. Aquele que semeia a maldade não está no caminho de Deus.
Ao chegar o final do sermão da planície, Jesus convoca-nos para sermos uma árvore que dá frutos da melhor qualidade para o Seu Pai em todas as áreas da nossa vida. Que no nosso coração transbordem os frutos do bem e da bondade.
Com o coração cheio da mensagem de Jesus, cultivemos uma permanente atitude pessoal de conversão e de transformação, com verdadeiro empenho em gerar “bons frutos” como a união, fraternidade, partilha, amor, reconciliação… Reflitamos.
Sou tão exigente comigo como sou com os outros?
Tenho consciência da minha necessidade permanente de conversão e de transformação?
Que árvore sou para quem está por perto? Que frutos dou?
Tenho medo da guerra? O que faço pela paz?
Qual é o meu pior fruto? E o melhor?
É fácil repararmos nas falhas dos outros ou enveredar pela crítica que, tantas vezes fere a dignidade das pessoas. Contudo, é difícil utilizar os mesmos critérios de exigência connosco… Peçamos ao Senhor, com fé e em voz alta, aquilo que verdadeiramente desejamos para nós e para os outros.
Com o coração a transbordar de amor, oremos ao Pai
Senhor, atua na conversão das nossas vidas para que sejam habitadas pela bondade, verdade, coerência e humildade, que recebemos do Teu Coração.
Verdadeiros connosco mesmos e com os irmãos, recebamos as bênçãos do amor de Deus, benzendo-nos