Semana de 21 a 27 de novembro de 2021 XXXIV Domingo do Tempo Comum – Ano B Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo
A escolha do local para oração é importante na medida em que a calma, a atenção e a predisposição melhoram a qualidade da oração. Tenhamos uma Bíblia preparada em Jo 18, 33b-37 junto a nós, assim como uma vela. Quando todos estiverem prontos, inicia-se a oração acendendo a vela.
Com esperança e confiantes da presença de Deus no nosso coração, benzemo-nos
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor.
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
Em nome do Pai…
Louvemos a Jesus que com a Sua vida, palavras, gestos de serviço, de doação e a Sua entrega até à morte, testemunhou e mostrou aos homens o rosto do Deus-amor.
Como entregar minha vida por ti Como tu fizeste por mim Como agradecer o sacrifício na cruz Como expressar minha gratidão Tu és o amante da minha vida Tu és a beleza que me conquistou Tu és minha força na minha fraqueza E teu é o sangue que escorreu por mim Como poderei esquecer-me de ti
Tu és Jesus Tu és Jesus E tua é a mão que acolheu meu coração Tão grato estou, tão grato estou Tão grato estou por teres me dado a salvação
Como entregar minha vida por ti Como tu fizeste por mim Como agradecer o sacrifício na cruz E como expressar a minha gratidão Tu és o amante da minha vida Tu és a beleza que me conquistou Tu és minha força na minha fraqueza E teu é o sangue que escorreu por mim Eu como poderei esquecer-me de ti
Tu és Jesus, oh, tu és (Tu és Jesus) oh, tu és Jesus E tua até a mão que acolheu meu coração (Tão grato estou) tão grato estou Jesus Tão grato estou Tão grato estou por teres me dado a salvação
Entreguemos a Jesus, que é expressão do amor sem medida, a nossa gratidão e digamos em voz alta, as bênçãos que reconhecemos como fruto do Seu amor por nós.
A passagem bíblica em Jo 18, 33b-37 é sobejamente conhecida, no entanto há sempre mais qualquer coisa para descobrir, para perceber, para meditar… Quem lê hoje?
Naquele tempo, disse Pilatos a Jesus: «Tu és o Rei dos judeus?» Jesus respondeu-lhe: «É por ti que o dizes, ou foram outros que to disseram de Mim?» Disseram-Lhe Pilatos: «Porventura eu sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes é que Te entregaram a mim. Que fizeste?» Jesus respondeu: «O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que Eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui». Disse-Lhe Pilatos: «Então, Tu és Rei?» Jesus respondeu-lhe: «É como dizes: sou Rei. Para isso nasci e vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz».
Recebamos, com o coração desperto, a Palavra de Deus nas nossas vidas e tentemos compreender esta passagem
É notável que Jesus se tenha declarado abertamente Rei quando é manietado por Pilatos, onde já não havia o perigo de se confundir o seu Reinado com o poder, as armas ou a força. É por isso que Pilatos fica confuso e pergunta: “Tu és o rei dos judeus?” Sem exército, armas, território… que rei é este? A esta pergunta de perplexidade, Jesus responde: “É por ti que o dizes, ou foram outros que to disseram de Mim”. Pode acontecer que façamos uma profissão de fé correta e digamos que Jesus é Rei. Na verdade, na oração do Pai Nosso, dizemos que queremos o Reino de Jesus ao dizer: “venha a nós o vosso Reino”. É essa a minha opinião pessoal? É isso que experimento na minha vida? É Jesus o verdadeiro Senhor, o rei da minha existência? Muitas vezes dizemos que Jesus é Rei e Senhor porque ouvimos e nos ensinaram mas continuamos a ser escravos de outros senhores e de outros valores que são opostos ao Evangelho e nos roubam a dignidade. Olhando a realidade atual, parece que vamos ouvindo: “não queremos que Jesus reine sobre nós”. Vão estorvando as imagens sagradas em lugares públicos, a inspiração das canções não é propriamente a pessoa de Jesus e as ornamentações de Natal passam a ter pouco de cristão. Parece que Jesus não é mais rei nas famílias, nas escolas, no ambiente de trabalho, nos momentos de lazer, nas nossas leis nem dos nossos legisladores e governantes. O mundo grita: “Não! Cristo não é mais o nosso rei! Queremos que reine a nossa ciência, o nosso dinheiro, força, poder, ódio, mentira, que reine a nossa vontade na terra como no céu, que reinemos nós como senhores do bem e do mal, do certo e do errado, da vida e da morte. Quando afirmamos que Jesus é Senhor e Rei, devemos traduzir estas palavras na experiência da nossa vida, ou seja, promover o senhorio e reinado de Cristo na vida concreta. Assim como os súbditos se submetem ao seu rei e seguem as suas leis e ensinamentos, assim deve ser connosco ao proclamarmos Jesus como Rei. A pergunta desta solenidade é esta: quero ser súbdito deste Rei do mesmo modo que Ele quer ser o meu Rei? Estou disposto a lutar pelos valores deste reino como a justiça, a verdade, a vida, a paz, a misericórdia e a santidade? Quero viver numa atitude de serviço, humildade, entrega, gratuidade, partilha, bondade e amor? “O meu reino não é deste mundo”, afirma Jesus. Um reino que não tem de modo algum os critérios dos reinos daqui. Jesus não quer ser rei de espadas, paus, copas ou ouros. Jesus só quer ser Rei do nosso coração, do coração das pessoas de boa vontade, do coração manso e humilde, do coração forte e valente na defesa do bem e na luta contra o mal. Neste sentido, Jesus quer ser nosso Rei, quer dirigir e governar os nossos pensamentos, palavras e obras só com a força do Seu amor. Jesus quer que os seus súbditos sejam pessoas livres e responsáveis, que estejam dispostos a segui-l’O livremente com valentia e entusiasmo, seguindo o seu exemplo. Este é o grande propósito que devemos fazer nesta solenidade: oferecer o nosso coração a Cristo e deixar que Ele reine em cada um de nós para que o seu reino possa ser uma realidade na nossa família, paróquia, escola, trabalho e sociedade.
Com o pensamento renovado e as nossas preocupações pessoais que eclodiram do texto e da reflexão, reflitamos e partilhemos:
Como entender a forma de Jesus ser rei?
É Jesus o meu único rei ou sou escravo de outros “reis”? Que outras coisas me dominam?
Que posso eu fazer para que o mundo reconheça novamente Cristo como rei?
Como estou a contribuir para que Jesus seja rei na minha família?
Aconchegados pelas palavras de Deus no nosso coração, entreguemos-lhe, em voz alta, as nossas preces e as preocupações que nos fragilizam.
Tocados pelo amor de Jesus, encontremos Deus nos nossos corações e rezemos com fé Pai Nosso…
Jesus, Rei e Messias, que nada impões e Te revelas indefeso, prisioneiro, armado apenas com a força do amor e da verdade, aceitamos o Teu convite de acolher nos nossos corações o dom da vida e a Tua verdade de amor, perdão, tolerância, serviço e de obediência a Deus.
Com a esperança que esta oração tenha trazido serenidade e proximidade com o nosso Rei Jesus, benzemo-nos