Semana de 15 a 21 de agosto de 2021 Solenidade da Assunção de Nossa Senhora
Preparemos um lugar e momento de tranquilidade para ficarmos juntos, na presença de Deus, da nossa família amada e disponíveis para este encontro. Encontremos o texto de Lucas 1, 46-56 na Bíblia, procuremos fazer silêncio interior e iniciemos acendendo a vela.
Na presença de Maria, cheia do Espírito Santo, a Bem-aventurada elevada ao céu, benzemo-nos
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor.
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
Em nome do Pai…
Celebremos a assunção de Nossa Senhora, com alegria, saudando e louvando a Divina mãe de Deus, nossa mãe e rainha do céu
Maria disse então: «A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador”. Como Maria, em voz alta, vamos glorificar o Senhor, expressando a nossa gratidão e louvor ao Pai por todos os dons e bênçãos que nos tem concedido.
Maria disse então: «A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da sua serva: de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: Santo é o seu nome. A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem. Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre». Maria ficou junto de Isabel cerca de três meses e depois regressou a sua casa.
Depois de escutar os louvores da sua prima, Isabel, Maria entoa um cântico de admiração, alegria e gratuidade a Deus: o “Magnificat”, que a Igreja tem cantado e rezado de geração em geração. Engana-se quem pensa que Maria deu em “poeta repentista” e duma enfiada compôs este cântico. Na realidade, o “Magnificat” é uma oração de ação de graças composta com citações de vários textos do Antigo Testamento e, sobretudo, inspirado no cântico de Ana, mãe de Samuel (1Sam 2, 1-10). Três ensinamentos que podemos tirar do cântico de Maria.
Primeiro: a abertura para o Outro Deus é o tema do poema de Maria. Ela não fala de si mesma, Ele fala de Deus. As circunstâncias não a impediram de concentrar o seu cântico na pessoa de Deus. Maria não fala dos seus projetos de vida mas agradece a Deus pelo que Ele é. Ela poderia aproveitar a oportunidade para pedir pelo Seu filho ou por si mesma. Nem a responsabilidade pela maternidade desviou o seu olhar de Deus. A religião deve levar-nos para Deus. Quando vamos em direção a Ele, vamos em direção a nós mesmos e em direção ao outro com os olhos de Deus.
Segundo: o louvor como aprendizagem Exultar significa explodir de satisfação. A exultação é algo que vem de dentro mas é inspirada de fora, neste caso do Alto. O louvor do Magnificat decorre do sentimento de Maria diante da escolha. Ela foi escolhida para ser a portadora do Salvador. Maria reconhece a intervenção de Deus na sua vida e por isso louva o Senhor. Saber louvar a Deus com alegria agradecida é uma das principais atitudes cristãs. Maria ensina-nos a verificarmos tantas intervenções de Deus na nossa vida diária e que escapam da nossa atenção e por isso vivemos tristes e insatisfeitos todos os dias. Quando paramos para reconhecer as ações divinas na nossa vida, mesmo que seja num grau bem pequeno, aprenderemos de Maria a louvar a Deus diariamente e renovaremos as nossas forças para continuar a nossa missão, sabendo que Deus nos ama e por isso jamais nos abandonará. Muitas vezes queremos fazer coisas para Deus, queremos sempre amar a Deus com o nosso pobre amor. Se conseguirmos, será sempre pouco. De Maria aprendemos que o primeiro movimento da relação a Deus não é oferecer o que fazemos para Deus mas sim acolher o que Deus faz por nós. Trata-se de passar da oferenda do meu pobre amor para o acolhimento do grande e maravilhoso amor do qual Deus quer me preencher e com o qual Deus me ama incondicionalmente.
Terceiro: a humildade como raiz do louvor Maria representa os humildes de coração de todos os tempos. A humildade de coração é a mãe de todas as virtudes. Nela e dela geram e derivam as demais virtudes e também a gratidão. Santo Agostinho disse: “o único remédio eficaz para combater a soberba é uma dose diária de humildade, que, na maioria dos casos, também é um remédio amargo”. Falta-nos louvor porque nos falta humildade de coração. Quando nos dermos conta que a indiferença, a soberba e a dureza de coração se vai apoderando de nós, peçamos a Maria que nos ajude a pedir um coração humilde capaz de viver em ação de graças e louvor por todas as bênçãos que o Senhor nos concede.
À semelhança de Maria que “guardava e meditava no Seu coração”, meditemos neste texto do Evangelho, à luz do Espírito Santo para avançarmos nos caminhos da verdade:
Reconheço em Maria um caminho para Deus?
Permito que Maria me ensine com o Seu exemplo?
Sou humilde de coração diariamente?
Como reagiria se Deus me escolhesse para ser uma ferramenta nas suas mãos, como escolheu Maria?
Vejamos este vídeo do Papa Francisco que convida a rezar como Maria
Magnificat A minha alma glorifica ao Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. Porque pôs os olhos na humildade da sua serva: de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: Santo é o seu nome. A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem. Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu Israel seu servo, lembrado da sua misericórdia, como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Ámen.
Por intercessão de Maria, elevada ao Céu, peçamos ao Senhor aquilo que desejamos para nós e para os outros
Rezemos juntos a oração que Jesus, filho de Maria, nossa Mãe, nos ensinou para percorrermos o caminho rumo ao Pai e aos irmãos
Senhor Jesus, que na cruz nos ofereceste Maria como nossa Mãe, permite que nela reconheçamos também o exemplo materno para chegar a Ti, que és o caminho que leva até Deus.
Guiados por Nossa Senhora e pelo seu exemplo de fé e humildade, benzemo-nos