Semana de 18 a 24 de julho de 2021 XVI Domingo Tempo Comum – Ano B
Preparemos um local tranquilo, onde possamos apreender toda a mensagem que Deus nos transmite hoje. De seguida, folheamos a Bíblia em Mc 6, 30-34 com espírito livre e calmo
Certos que Jesus nos conduz por caminhos seguros e nos oferece a vida e a paz, benzemo-nos
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor.
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
Em nome do Pai…
Com Jesus ao nosso lado, escutemo-lo e dialoguemos com Ele, louvando-O
Agradeçamos ao Senhor pelo cuidado, amor e ternura que dedica às nossas vidas, pelas pessoas que se cruzam no nosso caminho e nos permitem conhecer e seguir Jesus e pelas graças que reconhecemos, com a nossa humilde fé.
Naquele tempo, os Apóstolos voltaram para junto de Jesus e contaram-Lhe tudo o que tinham feito e ensinado. Então Jesus disse-lhes: «Vinde comigo para um lugar isolado e descansai um pouco». De facto, havia sempre tanta gente a chegar e a partir que eles nem tinham tempo de comer. Partiram, então, de barco para um lugar isolado, sem mais ninguém. Vendo-os afastar-se, muitos perceberam para onde iam; e, de todas as cidades, acorreram a pé para aquele lugar e chegaram lá primeiro que eles. Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-Se de toda aquela gente, que eram como ovelhas sem pastor. E começou a ensinar-lhes muitas coisas.
No Evangelho, há dois aspetos que nos dizem que o lugar do discípulo é ao lado do Mestre.
Primeiro: Quando regressam da missão, os Apóstolos “voltaram para junto de Jesus” Os Apóstolos, cujo significado literal é enviado, tendo retornado do envio e da missão, procuram logo estar com Jesus, primeira necessidade e condição do ser discípulo. Como aquela fora a primeira experiência, obviamente, tinham muito a contar sobre o que tinham feito e ensinado. “Voltar para junto de Jesus” é uma necessidade para a comunidade perseverar e manter-se fiel aos seus ensinamentos. Nas idas e vindas da vida e da missão, é necessário parar para estar com Jesus e confrontar com Ele o que se faz. É preciso ter tempo para constantemente confrontarmos a nossa vida com as palavras de Jesus e com o Evangelho. Voltar para junto de Jesus após um trabalho, um desafio, um projeto, uma tarefa, uma missão demonstra sabedoria e desejo da melhor companhia. Voltar para junto de Jesus e partilhar as dificuldades, chorar o que correu mal, agradecer os frutos, bendizer o acompanhamento do Espírito Santo será sempre um sinal de humildade, amizade e compromisso para com Jesus. Muitas vezes desejamos encontrar alguém, amigo ou conhecido, para partilhar as nossas tarefas, missões e trabalhos e isso é importante. Porém, o mais importante como discípulos do Senhor é que voltemos para junto de Jesus e partilhemos com Ele a nossa vida.
Segundo: Jesus convida os apóstolos a descansar com Ele – “Vinde comigo para um lugar isolado e descansai um pouco” Eles vão com Ele no barco. Os apóstolos voltaram cansados e Jesus sentiu a necessidade de descanso. A catequese evangélica pretende ser um aviso contra todo e qualquer tipo de ativismo exagerado. O tema é de grande importância e atualidade. O ritmo de vida adquiriu uma velocidade que supera a nossa capacidade de adaptação. A cena de Charlot, concentrado na linha de montagem em “Tempos Modernos”, é a imagem exata desta situação. O ativismo exagero gera cansaço, rotina, esgotamento e falta de tempo para si mesmo. Esta forma de vida destrói as forças do corpo e do espírito, criando uma sensação de tristeza e de vazio. O discípulo é convidado por Jesus a ir com Ele para um lugar isolado. O discípulo é tão amigo do Mestre que até no seu descanso precisa de estar ao seu lado. Este descanso não é um mero lazer mas um aprofundamento das convicções da vocação e missão. Uma das tentações a que pode sucumbir qualquer cristão é a de querer fazer coisas descuidando do trato com o Senhor. Na hora de fazer oração, um dos maiores perigos é pensar que há outras coisas mais urgentes e, desta forma, acaba-se por descuidar o trato com Deus e não aceitamos o convite de ir com Ele a um lugar isolado e descansar. Jesus convidou os Apóstolos a ir para um lugar isolado e eles aceitaram. Para rezar bem são necessárias, ao menos duas coisas: a primeira é estar com Jesus porque é a pessoa com que vamos falar e por isso temos que ter a certeza de estarmos com Ele. A segunda é a necessidade de solidão. Se queremos falar com alguém, ter uma conversa íntima e profunda, escolhemos um lugar isolado. Aceitemos o convite do Senhor de ir para um lugar isolado, promovendo oração de qualidade na nossa vida.
Pensemos no nosso quotidiano e na forma como o encaramos e reflitamos:
Como apresento ao Senhor na minha oração o que vou fazer, estou a fazer ou fiz?
A minha oração é um tempo de paragem que faço para escutar o Senhor ou algo feito à pressa num tempo livre que tenho?
Sendo o descanso “sagrado”, também faço férias de oração, Missa e leitura da Palavra de Deus?
Na azáfama do meu dia-a-dia, que “coisas”importantes deixo para trás?
A oração feita com coragem e insistência leva-nos a parar e descansar na presença de Jesus, a descobrir o sentido na nossa missão, a ter um olhar sensível ao que se passa à nossa volta e a nos libertarmos da azáfama diária. Aceitemos o desafio do Papa Francisco.
Pai, dá-nos as disposições necessárias para realizarmos bem a missão recebida de Jesus, tendo-O sempre como modelo.
Peçamos a Deus, cada um na sua vez e em voz alta, tudo aquilo que considerarmos ser graça de Deus para a nossa vida.
Desfrutemos da intimidade que cultivamos com o Pai e do consolo das Suas palavras, para restaurarmos as nossas forças
Jesus, contigo nos levantamos e contigo descansamos, reforça a nossa escuta ativa para que, no meio do turbilhão diário, Te possamos ouvir e reencontrar para estar contigo perante qualquer circunstância da vida e da missão de evangelização a que nos enviaste.
Com a certeza que aprendemos sempre que estamos com o Mestre, benzemo-nos