Semana de 4 a 10 de julho de 2021 XIV Domingo Tempo Comum – Ano B
Devemos escolher um local calmo e tranquilo para iniciarmos a oração. Tenhamos uma Bíblia previamente preparada em Mc 6, 1-6 e uma vela que será acesa quando todos estiverem prontos a começar a oração.
Confiantes que Deus nos livra dos perigos que a falta de fé nos traz, atentemos este vídeo do Papa e benzamo-nos quando terminar.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo
Louvemos Deus, pela simplicidade das Suas manifestações na nossa vida.
Agradeçamos a Jesus pela Sua humildade, pela Sua simplicidade, pela Sua sabedoria e pelas circunstâncias que, na nossa pequena fé, reconhecemos como manifestações Suas, na nossa vida.
Naquele tempo, Jesus dirigiu-Se à sua terra e os discípulos acompanharam-n’O. Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Os numerosos ouvintes estavam admirados e diziam: «De onde Lhe vem tudo isto? Que sabedoria é esta que Lhe foi dada e os prodigiosos milagres feitos por suas mãos? Não é ele o carpinteiro, Filho de Maria, e irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? E não estão as suas irmãs aqui entre nós?» E ficavam perplexos a seu respeito. Jesus disse-lhes: «Um profeta só é desprezado na sua terra, entre os seus parentes e em sua casa». E não podia ali fazer qualquer milagre; apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. Estava admirado com a falta de fé daquela gente. E percorria as aldeias dos arredores, ensinando.
É um trecho curto, mas que diz muito. Vamos tentar percebê-lo melhor…
Diz-nos o Evangelho que Jesus “estava admirado com a falta de fé daquela gente”. Quais são os perigos provocados pela incredulidade?
Em primeiro lugar, a incredulidade começa por denegrir o que é óbvio. Quando chegou o sábado, Jesus começou a ensinar na sinagoga e muitos dos que O ouviam ficavam admirados e por isso se perguntavam de onde Lhe vem a sabedoria e os milagres. Os habitantes de Nazaré tinham a cabeça cheia de perguntas e o coração vazio de fé. Será que isto é de Deus? É óbvio que o Espírito do Senhor estava com Ele e que Ele era o Messias prometido. Como não puderam explicá-lo, eles rejeitam. A familiaridade com Jesus produziu preconceito e não fé. Isto parecia-lhes impossível e até revoltante simplesmente porque a incredulidade obscurece o óbvio. Assistimos a tanta gente denegrindo o que é óbvio por causa da incredulidade motivada pela sua tradição religiosa, pelo seu ceticismo filosófico, por causa dos seus pensamentos políticos, da sua posição social, por causa do que pensa da igreja. Fruto das mais diversas influências, não permitimos que o Senhor Jesus entre em nós, que a Sua Palavra arda no nosso coração, não vemos as suas maravilhas na nossa vida, não o vemos como o Filho de Deus que veio até nós e se fez homem para nos salvar.
Em segundo lugar, a incredulidade valoriza o irrelevante. Para justificar o denegrir do óbvio, surge como argumento o que é irrelevante que passa a ser colocado como se fosse o mais relevante. Os nazarenos viram Jesus apenas como filho de Maria e como carpinteiro e não como Filho de Deus. A origem e a profissão de Jesus foram um obstáculo para os seus conterrâneos. Jesus, carpinteiro, não se formou em nenhuma das escolas teológicas da nossa tradição. Será que Deus pode usar alguém assim? Quantas vezes justificamos os nossos afastamentos de Deus, a ausência da comunidade com coisas irrelevantes, como um comportamento do padre, uma ação dum membro da comunidade ou outra desculpa do género. Na verdade, a incredulidade tomou conta do nosso coração e quando isto acontece fazemos de coisas irrelevantes algo extremamente relevante. O mais relevante é que Deus se fez homem e habitou entre nós para que pudéssemos ter vida abundante e eterna. Dar desculpas é valorizar o irrelevante diante da grandeza da graça de Deus.
Em terceiro lugar, a incredulidade fecha as portas do coração à ação de Deus. “Não podia ali fazer qualquer milagre”. A falta de fé produz sentimentos tão nefastos que dificulta Deus abençoar a nossa vida, a nossa família. A falta de fé domina a vida ao ser humano. À medida que se vai alimentando esse sentimento no coração e na mente, Deus fica mais longe, fica ausente e não pode atuar porque eu não quero. A falta de fé tem o poder de nos tirar as melhores bênçãos e isto é de tal ordem que deixa o próprio Deus admirado. Como pode o ser humano recusar bênçãos, a ação e os benefícios de Deus? A incredulidade fecha o nosso coração à ação da graça de Deus. Foi com tristeza que Jesus saiu de Nazaré. Hoje, olha para Jesus e deixe-o fazer o que Ele quer e veio para fazer na tua vida. Não lhe feches as portas do teu coração. Nunca será demais a nossa vigilância contra a incredulidade. Ela leva-nos a rejeitar a mais clara das evidências: ela fecha-nos os olhos diante do mais claro testemunho, os milagres de Jesus, e leva-nos a valorizar o irrelevante e a denegrir o que é óbvio.
Busquemos em Jesus a força para fortalecer a nossa fé, reflectindo nestas pistas:
Tenho capacidade para reforçar a minha fé na minha vivência diária?
Sou elemento motivador de fé na minha família?
Quais são os maiores obstáculos que encontro para viver a fé?
Que lugar ocupa Cristo nos meus projectos, nas minhas decisões, nas minhas opções e nas minhas atitudes?
Senhor Jesus, que escutas e respondes prontamente aos discípulos e à multidão que Te busca, escuta também as preces que cada um de nós Te quer dirigir, pois a nossa fé e esperança estão em Ti.
Digamos juntos, de mãos dadas, com fé e sinceridade, a oração que Jesus nos ensinou e nos dá conforto e encorajamento junto do Pai
Pai, abre a nossa mente e o nosso coração, para que transformados pelo Vosso amor, possamos “tão somente crer” que Cristo ilumina as nossas vidas e a Sua presença nos deixa repletos de paz e esperança, pois nada Lhe é impossível!
Jesus, ajuda-nos a reforçar a nossa experiência de fé, garantindo que esta se mantenha sempre presente na nossa vida.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo
Nem sempre olhamos para trás e menos ainda reparamos nas vezes que o Senhor nos pega ao colo. Quando tivermos um momento para refletir… Aqui fica a sugestão: