Semana de 20 a 26 de junho de 2021 XII Domingo Tempo Comum – Ano B
Escolhemos um local onde sintamos a bonança. Abrimos a Bíblia em Marcos 4, 35-41 e, quando prontos, acendemos uma vela.
Deixemos que Deus venha ao nosso encontro e procuremos ter a alma tranquila e serenamente expectante, deixando-nos tocar pela Sua bondade. Começamos a nossa oração, benzendo-nos
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor.
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
Em nome do Pai…
Celebremos o amor de Deus, louvando-o
Tu me chamas sobre as águas Onde os meus pés podem falhar E ali Te encontro no mistério No mar profundo Aguento em fé
E pelo Teu nome vou chamar Para lá das ondas vou olhar Se a maré subir No Teu abraço vou ficar Pois eu sou Teu E Tu és meu
No mar Tua graça é abundante As Tuas mãos Vão-me guiar O medo acampa à minha volta Contudo Tu não falharás
Guia-me onde a confiança é sem fronteiras Quero andar sobre as águas Até onde me chamares Leva-me para lá do que é o mais profundo Chegar a uma fé sem fundo Mergulhar na Tua presença
Agradeçamos ao Pai por ser nosso abrigo quando as tempestades da vida nos tentam tirar a paz ou abalar a nossa fé e por todas as coisas que Lhe queremos enunciar, em voz alta.
Quem quer ler este trecho do Evangelho, de preferência diretamente da Bíblia?
Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse aos seus discípulos: «Passemos à outra margem do lago». Eles deixaram a multidão e levaram Jesus consigo na barca em que estava sentado. Iam com Ele outras embarcações. Levantou-se então uma grande tormenta e as ondas eram tão altas que enchiam a barca de água. Jesus, à popa, dormia com a cabeça numa almofada. Eles acordaram-n’O e disseram: «Mestre, não Te importas que pereçamos?» Jesus levantou-Se, falou ao vento imperiosamente e disse ao mar: «Cala-te e está quieto». O vento cessou e fez-se grande bonança. Depois disse aos discípulos: «Porque estais tão assustados? Ainda não tendes fé?» Eles ficaram cheios de temor e diziam uns para os outros: «Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?»
Debrucemo-nos, com entusiasmo, nas palavras que escutámos.
As tempestades são pedagógicas. Elas são a escola de Deus para nos ensinar as maiores lições da vida. Aprendemos mais nas tempestade do que nos tempos de bonança. Muitos personagens bíblicos foram testados desta forma: pela dificuldade. A tempestade faz parte do currículo de Jesus para nos fortalecer na fé. No episódio da tempestade, Jesus faz um teste prático de fé aos seus discípulos que clamam: “Mestre, não te importas que pereçamos?”.
Este grito exprime uma sensação de impotência. A maioria dos discípulos era pescador. Eles tinham anos de prática, estavam familiarizados com o mar da Galileia e, certamente, já tinham superado e passado por várias tempestades. Eles acreditavam na sua experiência, força e habilidades para superar aquela tempestade. Nós também colocamos fé na nossa força e habilidades cada vez que tomamos um assunto nas mãos. Mas colocar a fé em nós mesmos pode ser perigoso, como foi com os discípulos, porque começamos a entrar em pânico quando somos confrontados com situações que nos fogem do controle. Perante a sensação de profunda impotência os discípulos clamam por Jesus. Quando o problema é maior do que as nossas forças, quando não temos capacidade nem estratégia, precisamos de olhar para Deus e depender d’Ele. A tempestade pode ser uma ocasião para crescermos na fé e nos voltarmos para o Senhor.
Este grito evidencia alguma fé. Se os discípulos estivessem completamente sem fé, eles não teriam apelado a Jesus, eles não o teriam chamado de Mestre, não teriam pedido a Jesus para os salvar. Naquela noite assombrosa, reluz nos discípulos um lampejo de fé. Quantas vezes, nessas horas sombrias e de tempestade da vida nos voltamos para Deus com forte clamor? Quantas vezes há urgência na nossa voz.? Na hora da tempestade, quando os nossos recursos se esgotam e a nossa força se esvai, precisamos de clamar ao Senhor.
Este grito evidencia uma fé deficiente. Se os discípulos tivessem uma fé madura, eles não entrariam em pânico e desespero. A causa do desespero não era a tempestade mas a falta de fé. O perigo maior que enfrentavam não era a fúria do vento e das ondas, mas a falta de fé dentro deles. Mesmo a dormir, Jesus sabia da tempestade e das necessidades deles. Havia uma deficiência de fé na convicção do cuidado de Jesus, mas Jesus já tinha provado que se importava com eles. Um dos sentimentos que nos assaltam na hora da tempestade é que Deus não se importa connosco. Somos apressados em concluir que Ele está indiferente à nossa dor e sofrimento. No entanto, quando Deus permite a tempestade é porque está desejoso de nos ensinar profundas lições da vida e provar a nossa fé, como fez com os discípulos. Na tempestade, precisamos de confiar na presença do Senhor. As tempestades virão, poderão ser maiores do que as nossas forças, poderão desafiar a nossa capacidade de resistência, poderão tirar leme do barco das nossas mãos, as coisas poderão fugir ao nosso controle mas o Senhor Jesus prometeu estar connosco todos os dias até ao fim dos tempos e por isso vai no mesmo barco connosco, como ia com os seus discípulos.
Entreguemo-nos nas mãos do Pai, com intimidade e confiança, refletindo nas provações do nosso dia-a-dia, como meio de desenvolver o nosso caráter, nos moldar e aperfeiçoar.
Em que situação da minha vida me senti sem forças para lutar, mas encontrei resposta na minha fé?
Agradeço a Deus quando ultrapasso alguma dificuldade?
Alguma vez senti que Deus está a ser injusto comigo quando passo por um determinado sofrimento?
As dificuldades e tempestade que a vida me trouxe ajudaram-me a crescer na fé ou afastaram-me de Deus?
Senhor, perante os desafios da vida que muitas vezes nos tiram a força e a fé, abriga-nos no Teu Sagrado Coração e escuta as preces que Te queremos dirigir para nós e para os outros.
De mãos dadas e confiantes na superação das dificuldades com a ajuda do Pai, cantemos juntos.
Senhor, nosso Deus e nossa bússola, não largues a nossa mão no meio tempestade, e resgata-nos nas adversidades, para que, conTigo e em Ti, possamos chegar ao Porto Seguro que é o Reino dos Céus.
Senhor, porque cremos em Ti, abençoa-nos, guarda-nos e concede-nos a Paz