Semana de 13 a 19 de junho de 2021 XI Domingo Tempo Comum – Ano B
Seria bom termos uma Bíblia junto a nós, preparada em Mc 4, 26-32, e uma vela que podemos acender quando estiver tudo preparado.
Pacifiquemos o nosso interior: preocupações, trabalhos… tudo tem o seu tempo. Agora é o nosso tempo com Deus e o tempo de Deus connosco, por isso, iniciamos benzendo-nos.
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor.
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
Em nome do Pai…
Dêmos permissão a Deus que semeie a Sua Palavra no nosso coração e cuidemos dela, deixando-a crescer com o nosso humilde louvor.
Não sei como louvar-Te, / Nem que dizer Senhor Confio em tua palavra / Que me abre o coração. Toma a minha vida / Que é simples ante a Ti Ela quer ser louvor / Pelo que fazes em mim.
Glória, glória a Deus. Glória, glória a Deus. Glória, glória a Deus. Glória, glória a Deus.
Sinto em mim tua presença / Sou como Tu me vês Toma a minha pobreza / E dá-me a tua paz. Indigno dos teus dons, / Mas por teu grande amor O Espírito me anima / Graças te dou Senhor.
Graças por tua palavra, / Graças pelo amor, Graças por nossa Mãe, / Graças Te dou Senhor. Graças por meus irmãos, / Graças pelo perdão, Graças porque nos queres / Juntos em Ti, Senhor.
Agradeçamos a Deus pela nossa fé do tamanho de um grão de mostarda, por nos dar exatamente o que precisamos, sempre na hora certa e por tudo quanto reconhecemos como fruto da Sua imensa bondade (e que registámos durante a semana anterior). Começa a pessoa mais velha a agradecer em voz alta, quando terminar abraça um elemento da família para que este faça os seus agradecimento e continua até que o último abrace o primeiro.
Quem quer ler este trecho do Evangelho, de preferência diretamente da Bíblia?
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «O reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra. Dorme e levanta-se, noite e dia, enquanto a semente germina e cresce, sem ele saber como. A terra produz por si, primeiro a planta, depois a espiga, por fim o trigo maduro na espiga. E quando o trigo o permite, logo mete a foice, porque já chegou o tempo da colheita». Jesus dizia ainda: «A que havemos de comparar o reino de Deus? Em que parábola o havemos de apresentar? É como um grão de mostarda, que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes que há sobre a terra; mas, depois de semeado, começa a crescer, e torna-se a maior de todas as plantas da horta, estendendo de tal forma os seus ramos que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra».
Primeiro: que a semente é insignificante. O grão de mostarda é a mais pequena das sementes. O Reino de Deus começou com um bebé deitado numa manjedoura, Jesus nasceu numa família pobre, numa cidade insignificante, cresceu como um carpinteiro pobre que “não tinha onde reclinar a cabeça”. Os apóstolos eram homens iletrados. O Messias foi entregue nas mãos dos homens, preso, torturado e crucificado entre dois criminosos. Os seus discípulos abandonaram-n’O. Aos olhos do mundo, o começo do Reino de Deus reveste-se de consumada fraqueza, pequenez e humildade. À semelhança da semente, é nas pequenas realidades do nosso dia-a-dia que este Reino se faz presente: num sorriso ou numa palavra partilhada, no abraço dado, na flor entregue, no acolhimento ao outro, na partilha do seu sofrimento… “quem der um copo de água a alguém não ficará sem recompensa”. As maiores árvores crescem a partir de pequenas sementes. Por mais simples, pequena e insignificante que seja a obra que fizermos pode ser algo de grande importância para o Reino de Deus.
Segundo: que a semente é enterrada. Quando a semente é lançada à terra e enterrada, passa um dia, dois, três e parece que nada acontece, parece que tudo acabou. Se abrirmos a terra vamos encontrar a semente apodrecida e pensar: “acabou mesmo”. Para que brote vida nova é preciso que a semente seja enterrada, apodreça e então, de onde parece que não há esperança, brota uma nova planta com nova vida para produzir muitos frutos. O Senhor Jesus morreu na cruz no calvário. Quando Ele morreu pensou-se que seria o fim mas ao terceiro dia Jesus ressuscitou e estabeleceu o Seu reino para sempre. Num mundo em que toda a gente quer tudo para si mesmo, em que todos querem ser os maiores, Jesus vem e diz: “se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo” (Mt 16, 24). Se queremos participar do reino, temos de estar dispostos a ser enterrados como o grão de mostarda para renascer, para quebrar a crosta da terra e ressurgir para uma nova vida. Temos de estar dispostos a enterrar e a fazer morrer o que em nós não segue os valores do reino de Deus.
Terceiro: que a semente crescerá. O Reino de Deus é como o grão de mostarda: tem de crescer. Estás disposto a crescer? Prepara-te porque todo o processo de crescimento é doloroso e envolve mudança e nem sempre queremos mudar. Será que posso viver e acreditar da forma que sempre acreditei? À luz da Palavra de Deus, tens de avançar. Muitos cristãos não crescem na fé, na sua relação com Deus. Querem viver uma fé que não exija esforço nem mudança de vida. O crescimento na fé exige esforço, dedicação, oração, leitura da Palavra de Deus, celebração dos sacramentos com assiduidade mesmo que não apeteça ou não dê jeito. O Reino de Deus cresce na medida em que cada cristão cresce na sua relação com Deus e se compromete com a causa do Reino, mesmo que seja com coisas que pareçam insignificantes.
Aproveitamos os próximos minutos para pensar em nós, na nossa vida e na nossa relação com Deus.
Dou importância às coisas pequenas da vida e entendo-as como manifestações de Deus? (ligar à tarefa semanal, caso tenha sido realizada)
Em que pequenas coisas sinto que contribuo para implementar o Reino de Deus?
Pelo que estou disposto a sacrificar-me?
De que forma poderia eu contribuir nos trabalhos pastorais paroquiais? E em casa?
Ao Senhor Deus, que nos conhece profundamente e sabe as nossas dificuldades, entreguemos os nossos corações e os nossos pedidos.
Com o olhar na chama da vela que temos acesa, rezemos confiantes
Senhor Jesus que viveste entre os pequenos e os humildes, faz com que a nossa fé germine como o gão de mostarda e se multipliquem em nós os frutos da caridade, da justiça e do compromisso filial com os irmãos.
Reconhecendo que temos muito para melhorar, mas que Deus está sempre presente para nos ajudar, benzemo-nos…
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo
Se tivermos mais uns minutos… senão, podemos voltar amanhã ou depois e vemos este vídeo