Semana de 30 de maio a 5 de junho de 2021 Solenidade da Santíssima Trindade – Ano B
É essencial escolher um bom local da oração. Pode ser o local habitual, pode ser um cantinho de oração, pode ser um local diferente, até pode ser à volta da cama ou da mesa de jantar. O importante é ser um local calmo, sem distrações e confortável. Seria bom haver uma Bíblia (já preparada em Romanos 8, 14-16 e Deuteronómio 4, 33-34.39-40) e uma vela. Quando estiver tudo pronto, acende-se a vela.
Neste momento em que, juntos, vamos orar ao Pai, fechemos os olhos para que a Santíssima Trindade nos ilumine e benzemo-nos.
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor.
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
Em nome do Pai…
Celebremos o mistério da Santíssima Trindade, meditando e louvando o Deus de Amor.
Não há maior virtude que a gratidão. Agradeçamos ao Senhor que veio ao nosso encontro, nos amou com amor de pai e nos integrou na Sua família. Mostremos a gratidão por tudo quanto nos dá, nos deu e nos ensina diariamente.
Um de nós pode ler os textos, de preferência da Bíblia
Irmãos: Todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Vós não recebestes um espírito de escravidão para recair no temor, mas o Espírito de adopção filial, pelo qual exclamamos: «Abba, Pai». O próprio Espírito dá testemunho, em união com o nosso espírito, de que somos filhos de Deus.
Moisés falou ao povo, dizendo: «Que povo escutou como tu a voz de Deus a falar do meio do fogo e continuou a viver? Qual foi o deus que formou para si uma nação no seio de outra nação, por meio de provas, sinais, prodígios e combates, com mão forte e braço estendido, juntamente com tremendas maravilhas, como fez por vós o Senhor vosso Deus no Egipto, diante dos vossos olhos? Considera hoje e medita no teu coração que o Senhor é o único Deus, no alto dos céus e cá em baixo na terra, e não há outro. Cumprirás as suas leis e os seus mandamentos, que hoje te prescrevo, para seres feliz, tu e os teus filhos depois de ti, e tenhas longa vida na terra que o Senhor teu Deus te vai dar para sempre».
A Festa da Santíssima Trindade é uma oportunidade para refletir sobre o Deus em quem acreditamos. Não basta dizer que “creio em Deus”, é mais importante saber em que Deus acredito, porque os pagãos também têm o seu deus. Também não se trata do nome com que invocamos a Deus mas do rosto que lhe atribuímos. Posso dizer que adoro o Deus revelado por Jesus? Não assume muitas vezes Deus um rosto de comerciante, polícia, médico, juiz ou matemático? Jesus revelou-nos um Deus que é Pai e nesta linha a segunda leitura diz-nos que todos nós recebemos um espírito de adoção filial que nos leva a chamar a Deus por Pai.
Quais são as atitudes de Deus Pai para connosco?
A primeira leitura, diz-nos que Deus acompanha de perto os acontecimentos da vida do seu povo, interessa-se pelos seus problemas, intervém em seu favor. É um Deus protetor que está próximo do seu povo. Esta proximidade torna-se ainda mais evidente com a encarnação de Jesus, o Emanuel, o Deus connosco. Ao chamar a Deus Pai, o cristão sabe que Deus continua a amá-lo, a abrir os braços para o acolher em situações menos corretas, como acontece na parábola do filho pródigo (Lc 15, 11-32). É próprio do pai ensinar aos seus filhos o caminho da vida. O livro dos Provérbios adota esta forma tão familiar para um pai que exorta os filhos, dizendo: “se aceitares, meu filho, minhas palavras e conservares os meus preceitos…encontrarás o conhecimento de Deus”. O cristão deve contar com Deus que, como qualquer pai, deseja educar os seus filhos, corrigindo-os. O Deuteronómio convida-nos a ler estas provas do deserto: “Reconhecerás, então, no teu coração que, tal como um homem corrige o seu filho, assim o Senhor, teu Deus, te corrige” (Dt 8, 5).
Qual a conduta do cristão ante Deus Pai?
A obediência A um pai deve-se obedecer. Jesus não viu na obediência nada que repugnasse à sua dignidade de filho: “sofrendo, aprendeu a obedecer” (Hb 5, 8). Só a Deus devemos uma obediência incondicional. Às autoridades humanas devemos obedecer segundo a nossa consciência, tendo como referência o próprio Deus e os critérios do Evangelho, como disse Pedro. “é preciso obedecer antes a Deus do que aos homens” (Act 5, 29). A gratidão Cristo foi o primeiro a dar graças ao Pai e nós, cristãos, fazêmo-lo por Ele e n’Ele. S. Paulo, um homem que dava graças sem cessar, repreende os pagãos, porque não souberam manifestar a Deus a gratidão que Ele merece. O amor O primeiro mandamento é amar a Deus com todo o coração, com toda a mente e com todas as forças. Pede que amemos também o próximo como a nós mesmos. O amor aos irmãos é o melhor critério para verificar a autenticidade do nosso amor a Deus. Se alguém diz, amo a Deus, mas aborrece o seu irmão, é mentiroso.
Saibamos corresponder com amor, gratidão e obediência ao nosso Deus que se quis fazer um de nós para nos ensinar o caminho da vida e nos levar até Ele.
Querendo expressar a nossa vontade de intimidade com Deus Pai, numa relação marcada pelo amor, familiaridade, confiança e ternura, reflitamos:
Como tem sido a minha relação filial com Deus que é Pai? Sou um filho grato, obediente ou rebelde?
Sinto-me amado por Deus? Sou capaz de amar Deus?
Quem é Deus (Pai, Filho e Espírito Santo) para mim? Algo transcendente e longínquo ou alguém próximo?
Como Pai, Deus corrige os seus filhos. Há algum aspecto na minha vida que Deus me convida a corrigir?
Porque celebramos a Solenidade da Santíssima Trindade, digamos todos em uníssono esta oração
Glória ao Pai que, por seu poder, me criou à sua imagem e semelhança! Glória ao Filho que, por amor, me libertou de todas as frustrações e me abriu a porta do céu! Glória ao Espírito Santo que, por sua misericórdia, me santificou e, continuamente, realiza esta santificação pelas graças que todos os dias recebo de sua infinita bondade. Glória às três adoráveis pessoas da Trindade, como era no princípio e agora e sempre e por todos os séculos dos séculos! Eu vos adoro, Trindade beatíssima, com devoção e profundo respeito e Vos dou graças por nos haverdes revelado tão glorioso e inefável mistério.
Peçamos à Santíssima Trindade, em voz alta, o que mais desejamos, neste momento, para nós e para os outros. E que, na nossa prece, sejamos envolvidos com a Sua graça, para que a nossa relação com os irmãos seja um reflexo de amor, misericórdia, bondade e perdão.
Ao Pai que nos ama tanto no mundo, cheios do Espirito Santo, rezemos com confiança as mesmas palavras que Jesus Cristo nos ensinou
Senhor nosso Deus, que és Pai, Filho e Espírito Santo, concede-nos os dons da obediência, da gratidão e do amor para que sejamos dignos de ir ao Teu encontro.
Iluminados pela Santíssima Trindade, terminamos a nossa oração, benzendo-nos