Semana de 23 a 29 de maio de 2021 Solenidade do Pentecostes – Ano B
O local onde faremos a oração deve ser escolhido e preparado previamente. O importante é ser um local calmo, confortável e sem distrações. Vamos precisar da Bíblia (que pode estar já preparada em At 2, 1-4 e João 20, 19.22-23) e duma vela que se acenderá para dar início à oração.
Invocando a Santíssima Trindade, contemplando o Espírito Santo, benzemo-nos Em nome do Pai, do Filho e do ESPÍRITO SANTO
Revestidos de serenidade, tranquilidade e confiança no Pai, louvemo-Lo, na presença do Espírito Santo
Sentindo Seu fogo de amor, vamos agradecer, em voz alta, as situações concretas que nos aconteceram ultimamente.
Alguém lê as passagens bíblicas, de preferência da própria Bíblia
Quando chegou o dia de Pentecostes, os Apóstolos estavam todos reunidos no mesmo lugar. Subitamente, fez se ouvir, vindo do Céu, um rumor semelhante a forte rajada de vento, que encheu toda a casa onde se encontravam. Viram então aparecer uma espécie de línguas de fogo, que se iam dividindo, e poisou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que se exprimissem.
Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, colocou Se no meio deles e disse lhes: «A paz esteja convosco». (…) Dito isto, soprou sobre eles e disse lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes serão retidos».
O Pentecostes era uma festa judaica, celebrada cinquenta dias depois da Páscoa: comemorava a chegada do povo de Israel ao Monte Sinai. Moisés subiu ao monte, encontrou-se com Deus e recebeu a Lei que transmitiu ao povo. Apesar de ter recebido a Lei, o povo não produziu bons frutos, mas espinhos. Ao afirmar que o Espírito desceu sobre os discípulos no dia de Pentecostes, São Lucas quer ensinar-nos uma coisa: o Espírito substituíra a antiga Lei. Eis a lei do Espírito: quando ficamos inundados pelo Espírito, enchemo-nos do amor de Deus e não precisamos mais de nenhuma lei exterior porque somos animados interiormente pela força e ação do Espírito Santo. Ele é o nosso defensor, guia e orientador. O Evangelista João colocou a efusão do Espírito Santo no dia de Páscoa para mostrar que o Espírito é um dom do Ressuscitado e que nesse dia tem início uma nova criação. O sopro de Jesus sobre os discípulos recorda-nos quando Deus formou o homem do pó da terra e soprou sobre ele o fôlego da vida (Gn 2, 7). No mesmo sentido, Ezequiel profetizou sobre os ossos secos, dizendo: “Espírito, vem dos quatro ventos, sopra sobre estes mortos, para que eles recuperem a vida” (Ez 37, 9). Na medida em que o vento soprava, os ossos secos começaram a reviver, a vida começou a ressurgir. Quando Jesus soprou sobre os discípulos, uma nova vida começou nos seus corações e a sua fé foi restaurada. Os discípulos, cheios de medo, estavam reunidos com as portas e janelas trancadas, estavam como mortos. Com o sopro do Espírito eles saem e começam a sua missão evangelizadora, é uma nova criação que surge no dia de Páscoa, é o início da “renovação da face da terra”, como diz o salmo. A primeira leitura e o Evangelho falam do Espírito Santo a agir como vento quer sob a forma duma forte rajada quer dum sopro. Não há nada que eu possa fazer a respeito do vento. Não há como proibir o vento de soprar onde quer e como quer. O vento tem autonomia, é soberano. Não obedece a critérios humanos e não pede licença para soprar. Sopra onde não sopraríamos. O vento é livre. Ele sopra sobre cada pessoa quer esteja na rua, em casa, na igreja ou no hospital, no trabalho ou no lazer, na azáfama da vida ou no descanso. O Espírito é livre para agir em quem quer, onde quer, da forma que quer. Como entender que tenha soprado sobre Paulo, quando era perseguidor, e o tenha transformado num grande apóstolo? Como compreender que homens tão limitados e covardes como Pedro e os restantes apóstolos, cheios de medo e trancados, possam ser transformados em gigantes no testemunho do Evangelho? Não criemos barreiras à ação do Espírito em nós, porque o Senhor pode querer agir em qualquer momento, como fez com tantos ao longo da história. Surgidos duma nova criação, peçamos ao Senhor, que faça o Seu Espírito soprar dentro no nosso coração, que nos transforme, que reanime a nossa fé, os nossos sentimentos, a nossa alegria de estar na sua presença e não permita que cada um de nós permaneça como um vale de ossos secos.
Chamados a testemunhar com gestos e com palavras o amor de Jesus, deixemo-nos orientar e conduzir pelo Espírito, refletindo nas pistas:
Tenho consciência de que é o Espírito que nos renova, que nos orienta e que nos anima?
Que barreiras tenho colocado à ação do Espírito Santo em mim e na minha família?
O que já fez o Espírito Santo em mim? Que sentimentos e ações se despertaram?
Quando foi a última vez que senti um arrepio pelo corpo todo ao sentir o Espírito Santo?
Em dia de Pentecostes, invocamos o Espírito Santo para cada um de nós e para a nossa família. Comecemos pelo incentivo do Papa Francisco.
Rezemos todos juntos:
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso amor. Enviai, Senhor, o Vosso Espírito, e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Oremos:
Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas e gozemos sempre da sua consolação. Por nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amen.
Peçamos ao Senhor que faça o Seu Espírito soprar dentro no nosso coração, que nos transforme, que reanime a nossa fé, os nossos sentimentos e a alegria de estar na Sua presença, assim como tudo aquilo que mais desejamos para os outros, para a nossa família e para cada um de nós.
Com calma e com atenção, rezemos a oração do Pai Nosso
Espírito Santo, Dom de Deus que dá vida, renova, transforma e constrói comunidade, abriga-Te nos nossos corações e derrama sobre nós as Tuas divinas bênçãos.
Inundados do Espírito Santo em nós, terminamos a nossa oração, benzendo-nos