MISSÃO IMPERATIVA E URGENTE

As aparições de Jesus ressuscitado terminam com uma missão apostólica.
O Senhor diz a Maria Madalena: “Vai ter com os meus irmãos e diz-lhes: “Subo para o meu Pai, que é vosso Pai, para o meu Deus, que é vosso Deus.”; Às outras mulheres Jesus diz: “Ide anunciar aos meus irmãos que partam para a Galileia. Lá me verão.”. E os discípulos de Emaús, embora não tenham recebido uma ordem deste género, assim que Jesus desaparece, sentem-se impelidos a retomar o caminho de Jerusalém para referir aos onze “o acontecido”. Antes de subir ao céu, no último encontro com os seus discípulos, o Ressuscitado dá esta ordem: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura”. A resposta da comunidade ao retorno de Jesus ao Pai não é a contemplação com espera passiva pela segunda vinda ou ficar a “olhar para o céu”,… mas a missão! Jesus sobe ao céu e os discípulos saem por toda a parte… Cabe agora aos discípulos a missão de levar o Evangelho por todo o mundo. A missão de Jesus não se conclui na Ascensão mas ganha com ela novos aspetos e dimensões. É a hora da verdade. Percebemos que as primeiras gerações de cristãos levaram muito a sério este mandato e entregaram a sua vida pelo anúncio do Evangelho. Cada um de nós é o continuador desta missão, nos dias de hoje, por duas razões:

Em primeiro lugar, o anúncio do Evangelho é uma missão imperativa.
O próprio Jesus ordenou: “Ide…e pregai”. Não precisamos de esperar mais. Uma ordem foi dada e deve ser obedecida. Quem deu a ordem foi o próprio Jesus que morreu pela sua Igreja e ressuscitou. Em alguns casos questionamos a voz de Cristo, adiamos a sua ordem e desobedecemos ao seu mandato. Este não é o nosso papel, nem a nossa obra. A nós cabe-nos obedecer à ordem do Senhor, cabe-nos ir pelo mundo e anunciar a Boa Nova, começando pelos que nos estão mais próximos. Estou pronto a obedecer?

Em segundo lugar, o anúncio do Evangelho é uma missão urgente.
A missão é urgente e não podemos ficar pasmados a olhar para o céu. É necessário ir e anunciar. Não podemos calar a nossa voz, precisamos de ganhar esta geração na nossa geração. No outro dia, um casal dizia que o filho mais novo, que tem quinze anos, não sabe o que é a Quaresma, nem sabe nada da história bíblica. Como é urgente cumprir o mandato do Senhor a começar pela nossa família; como é urgente ligar o elo que se quebrou na transmissão da fé e do amor a Jesus Cristo e à Igreja; como é urgente que cada casa, cada família seja uma Igreja doméstica onde se reza, lê a Palavra de Deus, se promove a participação na Eucaristia e se tem a preocupação por aprofundar a fé. Ao subir aos céus, o Senhor Jesus diz que confia em cada um de nós e deixa-nos o protagonismo da evangelização, do anúncio da Boa Nova. Que eu saiba responder afirmativamente a este mandato.