Semana de 2 a 8 de maio de 2021 V Domingo da Páscoa – Ano B
Escolhemos um lugar onde nos sentimos bem e deixamo-nos envolver pelo silêncio e tranquilidade. Colocamos a etiqueta de porta (se a tivermos) e escolhemos a leitura de João 15,1-8 na Bíblia. Se tivermos um cacho de uvas ou um ramo podado colocamo-lo junto de nós e acendemos a vela. Vamos começar…
Cientes que daremos fruto se deixarmos correr em nós a seiva que é Cristo, benzemo-nos…
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor.
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
Em nome do Pai…
Louvemos o senhor, porque toda a Vida vem d’Ele.
Porque toda a Vida vem de Ti Em Tua Luz, vejo a Luz. Porque toda a Vida vem de Ti E Tua Luz faz-me ver a Luz.
Que precioso é Teu Amor, Senhor Meu Deus, Mais do que a Vida, sim. E na sombra das Tuas asas Buscarei refúgio e paz.
Na abundância do Amor me prostrarei Ante Teu Trono, oh Deus. Nos Teus átrios com Temor Te louvarei Por Tuas Graças, Senhor.
Na abundância dos Teus átrios Gozarei como o melhor festim. Do Teu rio de delícias Beberei todo o melhor.
Porque toda a vida vem de Deus, como seiva que alimenta os ramos para dar fruto, vamos agradecer-Lhe em voz alta os dons que nos concede.
Um de nós vai dar voz a esta leitura: Jo 15,1-8. Quem é hoje?
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Eu sou a verdadeira vide e meu Pai é o agricultor. Ele corta todo o ramo que está em Mim e não dá fruto e limpa todo aquele que dá fruto, para que dê ainda mais fruto. Vós já estais limpos, por causa da palavra que vos anunciei. Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em Mim. Eu sou a videira, vós sois os ramos. Se alguém permanece em Mim e Eu nele, esse dá muito fruto, porque sem Mim nada podeis fazer. Se alguém não permanece em Mim, será lançado fora, como o ramo, e secará. Esses ramos, apanham-nos, lançam-nos ao fogo e eles ardem. Se permanecerdes em Mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes e ser-vos-á concedido. A glória de meu Pai é que deis muito fruto. Então vos tornareis meus discípulos».
Vamos perceber melhor as palavras da “verdadeira videira”
Na belíssima imagem da videira e dos ramos, Jesus convida-nos a permanecer n’Ele, como os ramos estão ligados à videira. O objetivo do ramo que é cada um de nós é “dar muito fruto”, como diz o Evangelho. Para que este processo de frutificação possa acontecer há três aspetos a considerar para cada ramo:
Primeiro: Vigiar a videira a que estou agarrado. “Eu sou a verdadeira vide”, diz Jesus. A verdadeira videira é Jesus, é ela que nos deve alimentar. É a sua Palavra e a Eucaristia que devem ser a seiva que alimenta cada cristão, cada ramo que é cada um de nós. O alimento que estou a receber manifesta-se no fruto. A seiva da verdadeira videira leva-nos a produzir o fruto do Espírito que é “amor, gozo, paz, benignidade, bondade, mansidão, temperança”, como podemos ler na carta aos Gálatas. Se estou a produzir frutos contrários a isto como contendas, inveja, malicias, ira, divisões… não é o Espírito que produz e não estou ligado à verdadeira videira. Se existe uma videira que é verdadeira está implícito que existe também uma videira que é falsa e, se eu estiver enxertado numa videira errada, tenho de arrepiar caminho e ligar-me à verdadeira videira, Jesus. Qual a videira que me alimenta? A resposta está nos frutos que eu produzo.
O segundo aspeto é: Permanecer ligado à verdadeira videira. O segredo duma vida frutífera e transbordante é permanecer em Jesus, palavra que aparece oito vezes. Permanecer em Jesus é vital para produzir fruto, pois Ele disse: “nenhum ramo pode dar fruto por si mesmo…porque sem Mim nada podeis fazer”. Ao permanecer em Jesus, há um seguimento como dimensão interiorizada, como partilha de vida com Ele, viver juntos. Precisamente, este permanecer em Jesus é condição necessária e absoluta para estar em comunhão com o Pai. Permanecer significa fazê-lo com os outros, não nos sentirmos independentes mas uma comunidade de ramos unidos à verdadeira videira e com a mesma missão: dar fruto abundante. Permanecer é deixar-se alimentar por Jesus sobretudo na eucaristia que é o “sacramento do permanecer”. A minha tarefa é permanecer ligado a Jesus, aos outros ramos e alimentado pela seiva da eucaristia.
O terceiro aspeto é: Ser podado. O Pai agricultor tem duas funções: cortar o ramo que não dá fruto e limpar o ramo para que dê ainda mais fruto. A poda é necessária para que a videira consiga não dispensar a seiva de forma inútil e produza fruto abundante e não folhagem e ramos frondosos. A poda tão necessária é sempre uma operação dolorosa para a videira, muitos ramos são cortados e jogados fora da vinha, secam e são destinados ao fogo. A poda é cortar os ramos supérfluos da videira para que dê mais fruto e com mais vigor. Aplicado à nossa vida quer dizer que devemos eliminar o que nos impede de viver em comunhão com Deus, com Jesus e com os irmãos. A poda é feita com a tesoura da Palavra de Deus que devemos deixar que o Pai agricultor faça em cada um de nós. Se não permito que a poda da Palavra de Deus venha ao meu coração, corro o risco de ter “muita parra e pouca uva”.
Na presença do agricultor que cuida das nossas vidas para darmos bons frutos, reflitamos juntos:
Consigo ser um ramo firme? O que me une ao tronco Jesus Cristo?
Quais são os meus melhores frutos (virtudes, qualidades)?
O que preciso de podar/cortar na minha vida para poder ser melhor?
Quais as maiores dificuldades que tenho para permanecer ligado à verdadeira videira?
A Jesus, “verdadeira videira”, dirigimos as nossas preces, não esquecendo de pedir que a Sua seiva venha até ao coração de todas as pessoas e as leve a produzir frutos de justiça, amor, verdade e paz. Um de nós segura o símbolo (o ramo ou o cacho de uvas), diz as suas preces e passa para a pessoa seguinte continuar…
Celebramos o dia da mãe… O nosso reconhecimento especial é para Maria, mãe das mães, nossa inspiração: “Minha alma glorifica ao Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. Porque pôs os olhos na humildade da sua serva”. Com fé escutemos…
De mãos dadas, rezemos o Pai Nosso…
Senhor, Vós que sois o agricultor que poda e limpa os ramos, limpa as nossas vidas, retirando o pecado e todas as barreiras que nos impedem de dar bons frutos. Mantém-nos unidos a Jesus, a verdadeira vide que sustenta e alimenta os ramos, recebendo vida dele, para crescermos e sermos produtivos.
Benzemo-nos e, se tivermos o cacho de uvas, podemos saborear as uvas que colocámos no nosso altar.
A Comissão Episcopal do Laicado e Família deixou uma mensagem para o dia da Mãe, 2 de maio de 2021. Fica a sugestão: “A arte de ser mãe”.