Semana de 25 de abril a 1 de maio de 2021 IV Domingo da Páscoa – Ano B
Procurar um local confortável, aconchegado e que se possa estar em silêncio. A Bíblia aberta em João 10, 11-18… e estamos prontos! Acendemos a vela e começamos a nossa oração.
Como ovelhas que conhecem o Pastor e O querem seguir no caminho do amor e da entrega, benzemo-nos…
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui,
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: estamos aqui, Senhor, ao Teu dispor.
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar: e aclamar Deus Trino de Amor.
Em nome do Pai…
Louvemos Jesus, nosso Pastor, em quem confiamos e seguimos.
Confiarei, nessa voz que não se impõe Mas que oiço bem cá dentro no silêncio a segredar Confiarei, ainda que mil outras vozes Corram muito mais velozes para me fazer parar
E avançarei, avançarei no meu caminho Agora eu sei que Tu comigo vens também Aonde fores, aí estarei, em Ti avançarei
O Senhor é meu pastor Sei que nada temerei Ele guia o meu andar Sem medo avançarei
Confiarei na Tua mão que não me prende Mas que aceita cada passo do caminho que eu fizer Confiarei, ainda que o dia escureça Não há mal que me aconteça se Contigo eu estiver
Confiarei por verdes prados me levas E em Teu olhar sossegas a pressa do meu olhar Confiarei a frescura das Tuas fontes Deixa a minha vida cheia, minha taça a transbordar
Deus ama, conhece e tem uma relação pessoal e única com cada uma das suas ovelhas. Em voz alta, agradecemos a Sua bondade, ternura, misericórdia e todas as bênçãos que recebemos d’Ele. Estamos gratos por…
Naquele tempo, disse Jesus. «Eu sou o Bom Pastor. O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas. O mercenário, como não é pastor, nem são suas as ovelhas, logo que vê vir o lobo, deixa as ovelhas e foge, enquanto o lobo as arrebata e dispersa. O mercenário não se preocupa com as ovelhas. Eu sou o Bom Pastor: conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-Me, do mesmo modo que o Pai Me conhece e Eu conheço o Pai; Eu dou a minha vida pelas minhas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil e preciso de as reunir; elas ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só Pastor. Por isso o Pai Me ama: porque dou a minha vida, para poder retomá-la. Ninguém Ma tira, sou Eu que a dou espontaneamente. Tenho o poder de a dar e de a retomar: foi este o mandamento que recebi de meu Pai».
Vamos meditar nas propostas que Jesus nos faz neste Evangelho.
Jesus apresenta-se como o Bom Pastor. Bom não no sentido moral, mas no sentido de autenticidade. Jesus é o pastor autêntico, genuíno e verdadeiro. O que distingue e ao mesmo tempo carateriza o “bom pastor”?
O “bom pastor” carateriza-se pelo sacrifício/entrega. Ao enfatizar “eu sou o bom pastor” por três vezes, Jesus contrasta com os falsos pastores de época que não tinham interesse real nas ovelhas. Por outro lado, o verdadeiro pastor “dá a vida pelas suas ovelhas.” Estas palavras querem fazer alusão à Páscoa que estava para vir. O pastor falso, mercenário, cuida das ovelhas por dinheiro, por fins e motivos simplesmente materiais. Nas suas intenções e disposições o mercenário não é um pastor genuíno porque somente se preocupa consigo mesmo e o seu bem-estar e não o das ovelhas. O pastor autêntico, Jesus Cristo, não somente cuida das ovelhas mas resgatou-as com o seu precioso sangue, como diz S. Pedro. (1Pd 1, 19-20). O que move o Bom Pastor não é o próprio interesse nem o dinheiro. Não procura tratar da sua vida e depois, quando o lobo, a dificuldade ou o perigo espreita, foge. O Bom Pastor não faz cálculos nem deita contas à vida. Ama tanto as ovelhas que dá a sua vida por elas. Talvez nunca entendamos o quanto Jesus sofreu, mas é mais importante saber que o Bom Pastor se entregou por nós. Morreu para que hoje eu tivesse vida. Sigamos o verdadeiro pastor neste exemplo de entrega e doação pelos outros.
O “bom pastor” carateriza-se pelo relacionamento. “Eu sou o bom pastor: eu conheço as minhas ovelhas”. Quando Jesus olha para as suas ovelhas, Ele não vê apenas um amontoado de lã, um monte de patas todas iguais. Ele vê cada uma de uma maneira especial. Cada face é peculiar para Ele. Atrás de cada uma esconde-se uma história diferente com as suas dores, dificuldades, alegrias e sentimentos. Aqueles a quem Jesus se dá não são um número, mas alguém com quem Ele quer caminhar todos os dias até ao final dos tempos. Este conhecer não está ligado somente ao conhecimento intelectual, mas é mais no sentido de relacionar-se, conviver e estar próximo. É interessante o que o texto diz: “Conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-Me, do mesmo modo que o Pai Me conhece e Eu conheço o Pai”. Da mesma forma que Jesus se relaciona com o Pai também se relaciona com as suas ovelhas, isto é, uma relação familiar e de proximidade. É dentro desta familiaridade que acontece o meu relacionamento com o verdadeiro pastor?
Assim como o Bom Pastor nos conhece, procuremos também conhecermos melhor a nossa relação com Ele.
Sinto que Jesus me conhece e eu dou-me a conhecer o suficiente?
O que tenho de fazer para ter uma relação mais próxima com Jesus?
As palavras do Bom Pastor são guia para a minha vida ou deixo-me levar os outros “pastores”?
Que ovelha sou eu neste rebanho?
O Bom Pastor conhece os nossos sofrimentos e dramas. Guarda-nos, protege-nos e jamais nos abandona, quando estamos em perigo. Entreguemos, sem receio, a nossa vida nas Suas mãos e peçamos-lhe aquilo que mais necessitamos para nos mantermos fiéis a Ele e ao rebanho.
De pé, rezemos…
Senhor, que és o Bom Pastor (e não nos abandonas), ajuda-nos a manter um diálogo íntimo Contigo, numa entrega livre, consciente e assumida. Alimenta o Teu rebanho de fé e esperança para que, todos juntos, superemos os lobos do caminho e cheguemos até Ti.
Se não tivermos mais nada a partilhar, benzemo-nos com o coração emocionado pela presença do Bom Pastor